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Apresentação

Novo BMW M5 é agora um híbrido mas não dispensa o motor V8

A mais recente geração do BMW M5 é a primeira a receber um sistema híbrido plug-in. No entanto, é um dos que soma quase 730 cv de potência.

BMW M5 - 3/4 de frente estático
© BMW

Desejado há já uns meses e já com alguns teasers pelo caminho, a BMW acaba de apresentar a sétima geração de um dos seus desportivos mais cobiçados de sempre, o BMW M5.

Este foi um dos principais modelos a demonstrar que era possível combinar um automóvel familiar com um verdadeiro desportivo, já em meados dos anos 80, sendo que a receita tem vindo sempre a evoluir.

Ao longo destes 40 anos, no entanto, as mudanças foram significativas e com esta nova geração passa também a estar presente o resultado de uma nova era de automóveis eletrificados.

O novo BMW M5 é um híbrido plug-in. No entanto, mais ou menos a par do que já acontece com o BMW XM, este sistema inclui um motor V8 de 4,4 l, a gasolina, com dupla sobrealimentação. Além deste, está também presente um motor elétrico, integrado na caixa de velocidades M Steptronic de oito relações.

Em termos de potência, o motor de combustão contribui com 423 kW (585 cv) e o elétrico com 146 kW (197 cv). Porém, quando combinados oferecem um valor máximo de 535 kW (727 cv) e um binário máximo de 1000 Nm.

Traduzido para prestações, estes valores fazem com que o novo BMW M5 — agora com um peso total de 2510 kg — consiga acelerar dos 0 aos 100 km/h em apenas 3,5s. Dos 0 aos 200 km/h são necessários 10,9s e a velocidade máxima, como habitual, está limitada a 250 km/h. No entanto, também sem fugir à regra, este valor pode passar para os 305 km/h com a adição do M Driver’s Package, disponível em opção.

BMW M5 híbrido. Melhor ou pior?

Os mais puristas já estão a apanhar pedras do chão para começar a atirar, mas antes disso, é necessário ter em conta alguns pontos. A adoção da eletrificação no novo BMW M5 pode ter desvantagens, mas também algumas vantagens.

Vamos começar a colocar pesos nos pratos da balança. Por um lado, a presença de um sistema elétrico traz sempre um «bónus» em termos de peso, com o M5 a pesar agora 2,5 toneladas. No entanto, a potência é mais elevada e permite prestações semelhantes às do seu antecessor.

No prato contrário está a possibilidade de o novo BMW M5 poder ser utilizado mais facilmente no dia-a-dia. Com este sistema, o M5 permite uma condução em modo puramente elétrico durante quase 70 km e até uma velocidade máxima de 140 km/h.

Tecnologia ao serviço da dinâmica

Ainda que não seja uma novidade, o BMW M5 mantém a presença do sistema de tração integral M xDrive. Com este, o M5 pode ser conduzido com quatro rodas motrizes — com a maior percentagem de potência a ser enviada para o eixo posterior — ou com apenas as duas traseiras, para os momentos mais «empenhados», que desafiam o desempenho do diferencial traseiro ativo.

No equipamento de série, o novo BMW M5 também inclui a suspensão adaptativa com amortecedores ajustáveis eletronicamente e o sistema de direção integral ativa, com quatro rodas direcionais.

As jantes — com 20” de diâmetro no eixo dianteiro e 21” no eixo posterior — incluem pneus mais desportivos e escondem um sistema de travagem mais evoluído, desenvolvido pela M. Sendo que este, em opção, poderá receber um conjunto de discos cerâmicos.

Visual ainda mais arrojado no M5

Se a nova geração do BMW Série 5 já se destaca pela grande diferença face ao seu antecessor, no M5 isso fica ainda mais evidente. Agora, a carroçaria está ainda mais larga, com os arcos das rodas a denunciarem a maior largura das vias dianteira e traseira.

Na frente, o para-choques é mais desportivo e inclui entradas de ar de tamanho mais generoso. Um pouco mais acima, o painel negro que relembra o antigo formato de duplo rim, esconde diversos sensores e radares. A servir de moldura, está também presente uma nova decoração em LED, que realça o formato da «grelha» frontal.

A secção traseira é quase dominada pela presença de um enorme difusor de ar de duas partes e que integra as quatro imponentes saídas de escape. Além disso, em opção, tanto o tejadilho como as capas dos espelhos e até o pequeno defletor de ar traseiro podem ser em fibra de carbono.

O «toque» da BMW M no habitáculo

A par do que já acontece com os outros modelos assinados pela divisão desportiva da BMW, o habitáculo não inclui diferenças radicais, mas sim diversos detalhes mais exclusivos. Os mais visíveis são, obviamente, os assentos mais desportivos, com um maior apoio lateral, mas ainda com um grande foco no conforto.

O painel curvo frontal que integra o painel de instrumentos totalmente digital e o ecrã tátil do sistema de infoentretenimento, contam com o visual mais exclusivo dos modelos da M, com funções específicas.

Isto, além de também estar presente a mais recente atualização do sistema operativo (BMW OS 8.5), com todas as novas funções, tais como a loja de aplicações, por exemplo, ou o acesso a sistemas e funções em modo de assinatura.

Além de tudo isto, o novo BMW M5 também inclui os novos volantes com a base plana e os habituais botões vermelhos da M, com as configurações previamente personalizadas dos modos de condução e os comandos da caixa de velocidades.

Quando chega o novo BMW M5?

Ainda não chegou, mas está a caminho e até já pode ser configurado na página da BMW Portugal. No entanto, a apresentação oficial está marcada apenas para a próxima edição do Festival de Goodwood, que realiza em junho.

© BMW

Será também nessa altura que a produção do BMW M5 terá início, na fábrica alemã de Dingolfing. Já a chegada ao mercado está definida apenas para o mês de novembro, mas já com a companhia da BMW M5 Touring.

Quanto a preços, os da versão Touring ainda não estão definidos, mas os da carroçaria de quatro portas têm um valor base de 168 mil euros.

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Pode encontrar a resposta aqui:

As carrinhas desportivas mais radicais de sempre: BMW M5 Touring (E61)