Obra de arte para conduzir a céu aberto. A última Utopia da Pagani

O seu nome remete-nos para uma realidade imaginária, onde tudo é perfeito, mas ele existe e é bem real. Falamos do Pagani Utopia, que agora tem uma versão Roadster, para quem quiser ouvir a sinfonia do V12 biturbo a céu aberto.

Cerca de dois anos depois do Coupé, a marca sediada em San Cesario sul Panaro, na região italiana da Emília-Romanha, seguiu a ordem natural das coisas e revelou a versão aberta, que sucede ao Zonda e ao Huayra.

As linhas exteriores não sofreram alterações, à exceção do topo deste hipercarro. Por isso mesmo, elementos como as quatro saídas de escape em titânio em posição central, os farolins circulares e os espelhos retrovisores laterais esculpidos continuam a destacar-se.

A maior diferença prende-se naturalmente com o tejadilho, ou melhor, com a ausência dele. E aqui, bem ao seu estilo, a Pagani resolveu não seguir o caminho mais fácil e adotar três soluções distintas: tejadilho rígido montado, capota de lona fechada ou cockpit a céu aberto.

Quando não está a ser usado, o tejadilho rígido pode ser colocado num suporte e transformado “numa peça de arte que se pode ver e admirar”, até porque conta com um acabamento em fibra de carbono exposta, com uma secção transparente ao centro. Já a capota em lona pode ser arrumada numa mala que surge atrás dos bancos dianteiros.

Nem mais 1 kg

Igualmente impressionante é o facto do Pagani Utopia Roadster não pesar nem mais 1 kg face à versão fechada. Continua a acusar 1280 kg (a seco) na balança, menos 70 kg do que o Huayra original. É uma cifra notável se tivermos em conta o motor que o alimenta: um V12 biturbo. Mas já lá vamos.

Parte da explicação reside no recurso a novos materiais compósitos, como o carbo-titânio e carbo-triax usados pela monocoque. Além disso, conta com uma liga de alumínio especial, bem como com uma carroçaria em fibra de carbono.

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Italiano com coração germânico

Debaixo do fato de gala italiano está um coração germânico. Isto porque, tal como o Utopia Coupé, também o Roadster monta um V12 biturbo de seis litros de capacidade assinado pela Mercedes-AMG.

Este bloco entrega 864 cv de potência às 6000 rpm e uns notáveis 1100 Nm de binário máximo entre as 2800 e as 5900 rpm, que podem ser geridos por uma caixa de velocidades manual ou por uma caixa semi-automática, ambas desenvolvidas pela Xtrac e com sete velocidades.

A Pagani não revela o tempo alcançado no exercício de aceleração dos 0 aos 100 km/h, mas confirma que a velocidade máxima está limitada aos 350 km/h, um número pouco vulgar para uma proposta que pode circular sem capota/tejadilho.

Quanto às restantes soluções também transitam do coupé que já conhecíamos, sobretudo no que diz respeito aos travões, direção e suspensão — saiba mais detalhes no artigo do Utopia coupé.

Quanto custa?

A primeira aparição pública do novo Pagani Utopia Roadster está marcada para a Monterey Car Week, na Califórnia, que este ano se realiza entre os próximos dias 9 e 18 de agosto.

Ao contrário do que aconteceu com o Coupé, que estava limitado a apenas 99 unidades, a Pagani vai construir 130 exemplares do Utopia Roadster, cada um a custar 3,1 milhões de euros, antes de impostos.

Miguel Dias

Futebol e automóveis, duas paixões que o perseguem. Começou por trabalhar na primeira mas acabou a perceber que aquilo que o fazia mesmo feliz era a segunda.

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