O governo norte-coreano deve cerca de 300 milhões de euros à Volvo – sabe aqui porquê.
A história remonta ao final década de 60, numa altura em que a Coreia do Norte vivia uma fase de acentuado crescimento económico, o que abriu portas ao comércio externo. Por motivos políticos e económicos – diz-se que uma aliança entre grupos socialistas e capitalistas procurou afirmar teorias marxistas e lucrar com a indústria mineira escandinava – as ligações entre Estocolmo e Pyongyang estreitaram-se no início dos anos 70.
Como tal, a Volvo foi uma das primeiras empresas a aproveitar esta oportunidade de negócio ao exportar para a terra de Kim Il-Sung um milhar de modelos Volvo 144, tendo sido entregues em 1974. Mas como já puderam perceber, apenas a marca sueca cumpriu com a sua parte do negócio, visto que o governo norte-coreano nunca chegou a saldar a sua dívida.
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De acordo com informações divulgadas pelo jornal sueco Dagens Nyheter em 1976, a Coreia do Norte pretendia pagar o valor em falta com a distribuição de cobre e zinco, o que acabou por não acontecer. Devido aos juros e ajustes de inflação, hoje a dívida alcança os 300 milhões de euros: “o governo norte-coreano é notificado de seis em seis meses mas, como se sabe, recusa-se a cumprir a sua parte do acordo”, conta Stefan Karlsson, director financeiro da marca.
Por mais caricato que pareça, a maioria dos modelos continuam até hoje em circulação, servindo principalmente como táxis na capital Pyongyang. Dada a escassez de veículos na Coreia do Norte, não é de estranhar que grande parte deles se encontre em excelente estado de conservação, como podes comprovar pelo modelo em baixo:
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Os Volvos 144 que a Coreia do Norte nunca pagou
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