Notícias Uma visita ao museu da SEAT: os principais modelos da história da marca

Uma visita ao museu da SEAT: os principais modelos da história da marca

A propósito da apresentação do Museu Digital da Seat, que decorreu na mítica nave A-122, tivemos a oportunidade de conhecer os modelos mais importantes da marca espanhola.

Começando nos primeiros familiares, passando pelos protótipos e terminando nos desportivos de competição, a nave A-122 em Barcelona guarda cerca de 300 modelos da Seat, todos restaurados e cada um com uma história especial, nesta que é descrita pela marca como uma “união entre o passado e o futuro”.

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Neste espaço, os engenheiros da marca trabalham diariamente na recuperação de veículos históricos. Estes são alguns dos mais importantes:

Seat 1400 (1953)

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Três anos depois da fundação da Sociedad Española de Automóviles de Turismo, a marca espanhola lançou finalmente o seu primeiro modelo de produção, numa estreia absoluta da nova fábrica na Zona Franca – uma conhecida área industrial em Barcelona. Fruto do contrato de parceria entre a Fiat, o governo e a banca espanhola, o modelo de quatro portas baseava-se no Fiat 1400.

A primeira versão do Seat 1400 surgiu equipada com um motor de 4 cilindros em linha com 44 cv às 4.400 rpm, enquanto que a potência era transmitida às rodas traseiras com uma caixa manual de quatro velocidades. Durante os 11 anos de produção, o Seat 1400 serviu maioritariamente para fornecer as frotas dos ministérios e serviços públicos de Espanha.

Seat 600 (1957)

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Em 1957, a Seat lançava o seu segundo carro, que tal como grande parte dos modelos espanhóis produzidos até 1982, foi desenvolvido sob alçada da Fiat. A principal diferença em relação ao modelo italiano – Fiat 600 – era o motor em posição traseira e tração à retaguarda.

Além de ser um modelo compacto, minimalista e utilitário, o Seat 600 tinha um preço bastante acessível (65 mil pesetas), factor que contribuiu para a sua enorme popularidade. De facto, o sucesso foi tal que há quem diga que o Seat 600 foi determinante no processo de recuperação da economia espanhola (“el milagro español”) – Isidre Lopez Badenas, responsável pela Seat Historical Cars, apelidou-o de “o Carocha dos espanhóis”… Está tudo dito, não está?

Seat 850 (1966)

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Originalmente disponível apenas na versão de duas portas, a importância do Seat 850 na história da marca espanhola prende-se pelo facto de ter inaugurado a primeira família de veículos na marca. Em 1967, a Seat lançou a versão de quatro portas e uma versão coupé, o primeiro Seat com travões de disco dianteiros.

Dois anos depois, chega ao mercado o muito especial 850 Sport Spider, um descapotável de dois lugares desenhado pela Carrozeria Bertone que abriu caminho para as futuras variantes desportivas dos modelos da Seat.

Seat 124 Sport (1970)

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Baseado no seu homónimo italiano lançado três anos antes, o Seat 124 Sport destacou-se por ser o primeiro Seat com caixa de cinco velocidades e motores de 1608 cc com 110 cv. Por isso, não é de estranhar que o 124 Sport tenha sido também o primeiro modelo espanhol a atingir os 160 km/h de velocidade máxima, além de ter uma dinâmica invulgar e uma boa distribuição de peso.

Seat Papamóvil (1982)

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Em 1982, o líder mundial da Igreja Católica João Paulo II realizou uma visita oficial a Espanha. Devido às elevadas dimensões do veículo oficial do Vaticano da época, a organização solicitou à Seat que produzisse um carro compacto, capaz de entrar na portas do estádio Camp Nou (em Barcelona), mas sem comprometer a segurança.

Como seria de esperar, a marca espanhola correspondeu à chamada e desenvolveu o seu próprio “papamobile” em apenas 15 dias, com base no Seat Panda.

Seat Ronda (1982)

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Porque motivo um pequeno compacto familiar, cuja produção durou apenas entre 1982 e 1986, atingiu tanta importância na colecção de clássicos da Seat? De facto, este não foi propriamente o modelo mais valioso a nível comercial, mas o seu contributo para a projecção da Seat para a Europa foi determinante.

O Seat Ronda foi o primeiro veículo produzido pela marca espanhola sem o envolvimento da Fiat. Contudo, este modelo era uma versão redesenhada do Fiat Ritmo, o que levou a que a marca italiana instaurasse uma acção judicial contra a Seat. Para clarificar a situação, Juan Miguel Antoñanzas, presidente da Seat, exibiu à imprensa uma versão do Ronda com os componentes que o diferenciavam do Fiat Ritmo pintados a amarelo.

Seat Ibiza (1984)

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No Salão de Paris de 1984, a Seat revelou ao mundo o modelo que iria marcar para sempre a sua história. Robusto, com um interior espaçoso e linhas retas, o Seat Ibiza surgia equipado com um motor de 4 cilindros em linha, carburador Weber e mecânica com assinatura da Porsche – características que desde logo fizeram furor junto do público.

A primeira geração do Seat Ibiza tinha a difícil tarefa de seduzir os consumidores além das fronteiras espanholas. Difícil, mas não impossível, e como tal, este modelo fez disparar a internacionalização da marca. Com 32 anos, quatro gerações e cinco milhões de unidades vendidas, o Seat Ibiza ganhou (merecidamente) o estatuto de cartão de visita da marca espanhola.

Seat Toledo Podium (1992)

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No verão de 1992, o mundo inteiro esteve de olhos postos em Barcelona, para a realização dos Jogos Olímpicos. Como principal (e única) marca automóvel do país anfitrião, a Seat associou-se ao evento, e por isso, a grande maioria dos táxis que circularam na cidade durante as Olimpíadas foram modelos SEAT Toledo, o primeiro modelo que a marca lançou como parte do grupo Volkswagen.

Mas o envolvimento da Seat nos Jogos Olímpicos não se ficou por aí. O SEAT Toledo Podium, uma variante luxuosa da berlina espanhola, foi oferecida a cada um dos 22 atletas espanhóis medalhados nos Jogos Olímpicos. Além disso, a marca desenvolveu igualmente uma versão elétrica – SEAT Toledo Olímpico – que ficou responsável por escoltar a tocha olímpica até ao estádio Montjuïc e de acompanhar os atletas participantes na prova da maratona.

Seat Léon (2012)

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Mais recentemente, a Seat deu um passo importante para o futuro, não só com o lançamento da 3ª geração do Seat León – modelo que surgiu em 1999 como uma evolução da 2ª geração do Toledo – mas também com a introdução do novo logótipo da marca.

O Seat León (Mk3) marca um novo capítulo na marca espanhola, aliando o espírito dos modelos clássicos que marcaram a sua história a uma visão moderna com os olhos postos no futuro. De 5 carros por dia, a Seat passou a fabricar 1200 unidades diárias, estabelecendo-se como um das maiores fabricantes da indústria automóvel.

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