O logótipo da Volvo não é aquilo que parece

O primeiro logótipo oficial da Volvo foi registado em 1927, pouco antes do lançamento do primeiro modelo da marca sueca, o Volvo ÖV 4. Além do circulo azul com o nome da marca no centro, o ÖV 4 continha uma faixa diagonal de metal que atravessava a toda a sua grelha dianteira.

Três anos mais tarde, em 1930, a Volvo acabou por colocar este símbolo em forma de seta apontada para “nordeste” no próprio emblema.

Carne ou peixe? Nenhum

O logótipo da Volvo acabou por ser algo polémico — sendo que chegou a ser contestado pelos movimentos feministas europeus —, tendo em conta a sua semelhança com o símbolo que representa o género masculino. No entanto, ao contrário do que possa parecer, este desenho nada tem a ver com géneros.

Como é sabido, a Suécia é conhecida pela excelente qualidade do seu ferro. Assim, para aproveitar esse reconhecimento centenário a Volvo decidiu utilizar o símbolo químico do ferro (um circulo como uma seta), em analogia à qualidade do aço empregue nos seus modelos.

A ideia da marca sueca era transmitir uma imagem estável e resistente dos seus automóveis, ao mesmo tempo que associava a sua imagem de marca a um símbolo químico já reconhecido, facilitando assim a transmissão da sua mensagem.

Infelizmente, ou felizmente, a sua parecença com o símbolo utilizado para identificar o sexo masculino não passou despercebida, porém não é nada mais nada menos do que uma “coincidência”.

Ao longo dos anos, o logótipo foi sendo modernizado — efeito cromado, a três dimensões, a cor azul —, sem nunca perder a sua identidade nem os elementos principais. De resto, tal como o símbolo, os modelos da marca continuam a primar pela imagem de segurança e durabilidade.

Manuel Mascarenhas

Trocou as planícies do Litoral Alentejano pelo asfalto da capital. Para se sentir realizado, apenas precisa de um modesto Bentley Continental.

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