Clássicos As máquinas de sonho dos anos 90

Máquinas de Sonho

As máquinas de sonho dos anos 90

Especialmente para os nossos leitores mais saudosistas reunimos alguns dos mais raros e exclusivos superdesportivos da última década do século passado.

Mercedes-Benz CLK GTR

Não há dúvida que os superdesportivos atuais são mais seguros, mais potentes, mais performances e dispõem de um compêndio tecnológico inigualável. Contudo, e apesar da ficha técnica mais modesta, há algo nos superdesportivos da década de 90 que os mantém tão (ou mais!) desejáveis do que há 20 anos.

São mais difíceis de guiar, perdoam menos e são pouco práticos face aos atuais. Mas caramba… como nós gostamos deles! E nem é preciso conduzi-los para nutrir este tipo de sentimento. Em alguns casos basta admirar as suas linhas. Enfim… a eterna dialéctica entre o passado, presente e futuro.

Daí termos decidido reunir algumas das máquinas que há mais de 20 anos figuravam nas paredes do quarto de muitos de nós. Foi há 20 anos e ainda parece que foi ontem….

Os desportivos dos anos 90. Parte 1: Cinco notáveis: um alemão, dois franceses e dois italianos

Bugatti EB110

Bugatti EB110

Desvendado em 1991, este supercarro de 2 portas e motor central fez as delícias dos amantes de máquinas de sonho. Foi o primeiro e único modelo produzido sob a chancela de Romano Artioli, um empreendedor italiano que tentou trazer a Bugatti de volta à ribalta antes desta ser adquirida pela Volkswagen em 1998.

A nível técnico, o Bugatti EB110 era engenharia pura. Volvidos todos estes anos, a sua ficha técnica continua a impressionar: motor V12 de 60 válvulas (5 válvulas por cilindro), 3.5 litros de cilindrada, caixa manual de seis velocidades e quatro turbos, 542 cv de potência e sistema de tração integral. Estas especificações ofereciam performances de cortar a respiração: aceleração dos 0 aos 100 km/h em 3,4 segundos e uma velocidade máxima de 343 km/h.

Queres conhecer o local onde era fabricado o Bugatti EB110? Clica aqui. O local que outrora fervilhava de atividade hoje está ao abandono.

Dauer 962 Le Mans

Dauer

Tal como o nome deixa adivinhar, o Dauer 962 Le Mans era um desportivo inspirado no Porsche 962 que correu em Le Mans – muito mais do que mais do que uma simples réplica, este modelo foi construído pela empresa alemã Dauer Racing com o apoio da marca de Estugarda.

Graças a um motor flat-six de 3.0 litros com dois turbocompressores, que debitava 730 cv de potência, o Dauer 962 Le Mans acelerava dos 0 aos 100 km/h em 0 a 100 Km/h em apenas 2,8 segundos. A versão de competição venceu as 24 Horas de Le Mans em 1994.

Em suma: um verdadeiro automóvel de competição com licença para circular na via pública! Nem é preciso dizer mais nada.

Ferrari F50

Ferrari F50 (1)

O Ferrari F50 foi introduzido no Salão de Genebra de 1995 para celebrar o quinquagésimo aniversário da marca italiana. À época, o F50 representava o pináculo tecnológico da casa de Maranello. Na “casa das máquinas” encontramos um motor atmosférico V12 de 4.7 litros com 520cv às 8000 rpm, capaz de acelerar o desportivo italiano dos 0 aos 100km/h em apenas 3.7 segundos. A velocidade máxima era de 325 km/h.

Apesar das especificações técnicas de abrir o olho, o Ferrari F50 não foi muito bem recebido pela crítica – talvez por ter sido sucessor de um dos maiores ícones da indústria automóvel, o Ferrari F40. Agora, mais de 21 anos depois do seu surgimento, todos são unânimes em reconhecer as qualidade do F50. Mais vale tarde que nunca…

Mercedes-Benz CLK GTR

mercedes gtr

Desenhado pela Mercedes-AMG para o FIA GT Championship, o CLK GTR alcançou um palmarés invejável na categoria GT1, vencendo 17 das 22 corridas disputadas. Diziam os regulamentos da FIA que para ser possível inscrever um modelo no campeonato era preciso produzir as respectivas versões de homologação.

Como tal, a Mercedes lançou nesse ano uma versão “road legal” – 20 modelos coupé e 6 roadsters – que mantinha grande parte dos componentes da versão de competição, incluindo o motor V12 de 6.0 litros. Um autêntico “carro de competição para a estrada”.

Jaguar XJ220

Jaguar XJ220

Para além do majestoso Jaguar E-Type – sem dúvida, um dos maiores ícones de design da história automóvel – o Jaguar XJ220 é descrito como um dos mais belos exemplares produzidos pela marca britânica.

Com um motor V6 bi-turbo de 3.5 litros com 550 cv de potência e tracção traseira, o Jaguar XJ220 alcançou o recorde de velocidade para um veículo de produção com a marca de 343km/h! Tudo isto em 1992. Um automóvel que já naquela altura adoptava soluções que só hoje começam a ser recorrentes nos automóveis atuais. Um recorde que foi batido dois anos mais tarde pelo Mclaren F1 (já lá vamos…).

Porsche 911 GT1 Straßenversion

Porsche 911 GT1

Tal como o Mercedes-Benz CLK GTR, o Porsche 911 GT1 Straßenversion foi um desportivo transplantado das pistas para as estradas. Com um bloco bi-turbo de 6 cilindros opostos e 3.2 litros de capacidade – semelhante ao do protótipo de competição – conseguia acelerações dos 0 aos 100km/h em apenas 3,6 segundos nesta versão «domesticada».

Cada unidade Porsche 911 GT1 Straßenversion está atualmente avaliado em mais de dois milhões de euros.

McLaren F1

McLaren F1

Durante mais de uma década, o McLaren F1 foi considerado o carro de produção mais rápido do planeta, com uma velocidade recorde de 390.7 km/h. De facto, o modelo britânico destacava-se pelo conjunto de tecnologias pioneiras na indústria automóvel – foi o primeiro carro de estrada a recorrer a um chassi em fibra de carbono – e pelo motor atmosférico V12 de 6.1 litros, capaz de debitar 640cv de potência máxima.

Dodge Viper GTS

Dodge Viper GTS

Quatro anos após o lançamento do Dodge Viper, a marca americana lançou a versão GTS do modelo – um upgrade que elevou o desportivo americano para outro nível.

O bloco V10 proveniente de um camião viu a sua potência ser aumentada (462 cv), chassis redesenhado, aerodinâmica melhorada, suspensão revista e uma redução de peso significativa, o que fez desta versão coupé – apelidada de double bubble – uma versão bastante mais rápida em relação ao modelo base. Problema? Esqueceram-se de fazer um upgrade aos travões.

Pela loucura de todo o projeto e pelo magnifico design, achámos por bem colocar nesta lista um representante da escola americana. America yeah!