O Lexus LS TMG Sports 650 poderia ter sido o primeiro modelo de produção da Toyota Motorsport GmbH. Podia, mas não foi.
Com mais de 25 anos de existência, a Lexus, divisão de veículos de luxo da Toyota, conseguiu por várias vezes provar que poderia rivalizar com as melhores propostas desportivas alemãs, quer a nível mecânico, quer a nível estético. Um desses momentos foi com o lançamento do Lexus LFA em 2010, um superdesportivo de dois lugares com motor V10 de produção limitada – e com um plano de manutenção sui generis.
O sucesso foi tal que a marca nipónica decidiu aventurar-se num dos projetos mais ambiciosos da sua história: desenvolver um carro capaz não de igualar, mas sim superar a concorrência germânica. Para isso, a Lexus pediu ajuda à Toyota Motorsport GmbH (TMG), que fez uso do seu know-how no desporto motorizado para produzir aquele que poderia ser o seu primeiro modelo de produção.
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A tarefa não era fácil: o objetivo era desenvolver uma berlina de luxo capaz de baixar dos 4 segundos no sprint dos 0 aos 100 km/h, que tivesse um bom comportamento dinâmico e consumos (não muito) exagerados.
Em 2011, a TMG desenvolveu um primeiro protótipo “de competição para a estrada” com base no Lexus LS 460 e levou-o para o circuito do costume, o Nürburgring, para uma bateria de testes intensivos, além de outros ensaios à aerodinâmica em túneis de vento. Todo este esforço resultou no Lexus LS TMG Sports 650, apresentado no Salão de Essen do ano seguinte, uma «superberlina» com mais de 5 metros de comprimento e 2050 kg de peso.
Em termos mecânicos, a TMG foi «roubar» o motor V8 de 5.0 litros ao Lexus IS F, ao qual acrescentou um par de turbocompressores, entre outras pequenas modificações. No final, tal como o nome indica, o LS TMG Sports 650 ficou a debitar 650 cv de potência, dirigida às rodas traseiras através de uma caixa de oito velocidades, e 765 Nm de binário máximo. Além da suspensão multi-link com amortecedores Sachs, a TMG acrescentou ainda um diferencial Torsen, travões de cerâmica Brembo e pneus Michelin Super Sport.
Quanto às prestações, o sprint dos 0 aos 100 km/h cumpria-se em 3.9 segundos, enquanto que a velocidade máxima chegava aos 320 km/h. Ao que parece, o próprio Akio Toyoda, CEO da Toyota, chegou a conduzir o LS TMG Sports 650. Toyoda terá ficado de tal forma agradado com o carro que encomendou à TMG dez exemplares.
Infelizmente, o projeto acabou por não se concretizar numa versão de produção, servindo principalmente como um esboço para os próximos modelos de produção da marca, no que toca à engenharia e tecnologia. A Lexus garante que “tirou notas” – para quando um novo ataque às propostas alemãs?
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Lexus LS TMG Sports 650: a «superberlina» nipónica que poucos conhecem
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