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Primeiras impressões ao volante do novo Toyota C-HR

Fomos até à capital espanhola para pôr à prova o novo Toyota C-HR, o crossover de segmento C que reforça a gama de híbridos da marca japonesa.

Passaram mais de dois anos desde que a Toyota apresentou em Paris o protótipo ambicioso C-HR Concept, um coupé de aspeto musculado e cintura elevada que apontava à liderança de um segmento onde o Nissan Qashqai tem ditado as regras.

Dois anos volvidos, e já com o modelo de produção na estrada, a marca nipónica mantém a ambição de tomar de assalto o segmento C com esta proposta inovadora, e por isso levou-nos até Madrid para podermos conhecer de perto o novo Toyota C-HR.

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Por se tratar do segundo modelo assente na plataforma TNGA (Toyota New Global Architecture), o C-HR beneficia dos mais recentes desenvolvimentos da marca nas áreas do design, motorizações e dinâmica, tal como já tivemos oportunidade constatar ao volante da nova geração do Prius.

Apesar destes dois modelos partilharem a mesma plataforma, o C-HR trata-se de uma abordagem mais jovem e menos conservadora num modelo em que a marca deposita grandes esperanças. Conhece os seus principais argumentos nas próximas linhas.

Design: nascido no Japão, criado na Europa.

Tal como o protótipo que nos despertou atenções há um par de anos, o Toyota C-HR mantém-se relativamente fiel às linhas coupé que o caracterizavam, ou não fosse este um Coupé-High Rider.

Por fora, os esforços foram direcionados de forma a criar uma carroçaria mais radical e aerodinâmica mas ao mesmo tempo compacta. O design em forma de “diamante” – os arcos de rodas projetam de forma proeminente os quatro cantos do veículo – conferem um estilo mais desportivo a este crossover, visto de qualquer ângulo.

Na frente, a grelha superior esguia flui desde o emblema até às extremidades dos grupos óticos. Pelo contrário, na secção traseira as formas cónicas fazem-nos relembrar de que se trata de um modelo nipónico, com destaque para os faróis em forma de “c” bastante proeminentes, disponíveis com tecnologia LED.

Dentro do habitáculo, a Toyota optou por uma mistura de formas, superfícies e acabamentos que acabam por resultar num interior acolhedor e harmonioso, disponível em três esquemas de cores (cinza escuro, azul e castanho). Graças ao desenho assimétrico da consola central – aquilo a que a Toyota chama de ME ZONE – todos os comandos são orientados para o condutor, inclusive o o ecrã tátil de 8 polegadas, que funciona de forma irrepreensível.

Ao dispor de um ecrã tátil destacado e não integrado no painel de bordo, o tablier é consideravelmente mais baixo do que o normal, tudo em função da visibilidade.

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Uma das grandes prioridades para a Toyota foi não só o equipamento mas também a qualidade dos materiais, algo que fica bem patente ao percorrermos os vários componentes no interior, desde os bancos e portas até ao tablier e inclusive os guarda-copos.

Mais uma vez, o tema “diamante” é visível no revestimento do painel das portas, do teto e na forma da grelha dos altifalantes, reforçando a ligação ao design exterior.

Apesar do aspeto compacto, o Toyota C-HR perde apenas 4 cm de comprimento em relação ao líder do segmento, Nissan Qashqai. Isto para dizer que embora um pouco claustrofóbicos (em sacrifício do design), os bancos traseiros acabam por ser mais confortáveis do que à primeira vista poderão parecer. Mais atrás, a capacidade da bagageira fica-se pelos 377 litros.

Motorizações: Diesel, para quê?

O novo Toyota C-HR faz a estreia da quarta geração de motores híbridos da Toyota, uma família de motores que já quase se tornou imagem de marca da Toyota. Por isso, não é de estranhar que a grande aposta seja nesta motorização “amiga do ambiente”. Em Portugal, a Toyota prevê que 90% das unidades vendidas sejam híbridas.

De facto, a Toyota tem-se focado no objetivo de tornar esta nova geração de híbridos mais fácil e intuitiva de conduzir, proporcionando uma resposta natural, imediata e suave às solicitações do «pé direito». Com uma potência de 122 cv, um binário máximo de 142 Nm e consumos anunciados de 3,8 l/100km, a versão 1.8 VVT-I Hybrid apresenta-se como a proposta mais adequada aos percursos urbanos do dia-a-dia.

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Do lado da oferta «somente» a gasolina, encontramos o motor 1.2 turbo que equipa a versão de entrada, com 116 cv e 185 Nm. Neste motor, o sistema VVT-i, conhecido do Aygo e Yaris, foi atualizado e oferece ainda mais flexibilidade na abertura das válvulas – tudo em nome da eficiência.

Impressões ao volante: comportamento e dinâmica irrepreensíveis.

No que ao comportamento e dinâmica diz respeito, os engenheiros da marca nipónica saíram do conforto entre as quatro paredes e fizeram-se à estrada em busca da melhor configuração possível.

Este esforço acabou por resultar num modelo com um baixo centro de gravidade, suspensão traseira multibraços e uma boa rigidez estrutural, fatores que contribuem (bastante) para uma resposta linear e consistente aos inputs do condutor a qualquer velocidade.

Estamos em Madrid. A companhia para hoje? O novo Toyota C-HR / #toyota #toyotachr #hybrid #madrid #razaoautomovel

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Conhecidos os pontos fortes do crossover nipónico, foi a vez de saltarmos para o volante para por à prova todos estes argumentos nas ruas da capital espanhola. E não ficámos desiludidos.

Quer a variante híbrida com caixa automática (CVT), quer a versão 1.2 litros a gasolina com caixa manual de seis velocidades, são ideais para percursos urbanos no dia-a-dia, justificando por isso a inexistência de uma motorização Diesel. Embora seja bastante competente, o 1.8 VVT-I Hybrid exige uma condução mais moderada – quem se deixar levar por uma condução despreocupada irá certamente sentir (e ouvir) o motor de combustão a entrar em cena desnecessariamente.

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Por outro lado, a versão a gasolina é a mais versátil e suave em tiradas mais longas e irregulares, mantendo o conforto e agilidade, quer ao nível da suspensão como que da direção, da versão híbrida. Contudo, peca nos consumos: enquanto que no híbrido é possível fazer registos na casa dos 4l/100km sem grande dificuldade, na versão a gasolina os mais distraídos poderão chegar aos 8l/100km.

Conclusões: mais um sucesso a caminho?

Este primeiro contacto com o Toyota C-HR serviu para confirmar as nossas suspeitas: este é de facto o modelo que faltava na gama Toyota. Se por fora é arrojado e desportivo (mas ainda assim mais contido que o Prius), ao nível das motorizações e dinâmica de condução o C-HR aproveita da melhor forma todas as capacidades da nova plataforma TNGA da marca nipónica. O Toyota C-HR  já está à venda em Portugal.

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