Ensaio Ao volante do Opel Insignia Grand Sport 2.0 Turbo D

Desde 49 080 euros

Ao volante do Opel Insignia Grand Sport 2.0 Turbo D

Chassis muito competente, design feliz e interior condizente. A versão em teste é uma das mais equipadas e potentes da gama Opel Insignia Grand Sport mas não é a minha preferida... estranho, não é? Já vão entender porquê.

Ver vídeo

Carro do Ano 2008 (na Europa), Carro do Ano 2009 (em Portugal) e Carro Frota do Ano em 2015 (pela Fleet Magazine). Estas são apenas algumas das distinções que o substituto do histórico Opel Vectra conseguiu alcançar na sua primeira geração.

Daí que não se afigurasse uma tarefa nada fácil para o novo Opel Insignia 2ª geração, lançada em 2017. A boa notícia é que o novo Opel Insignia é melhor do que o seu antecessor em todos os aspetos. Todos.

Opel Insignia Grand Sport
Em termos de design, é dos Opel mais bem conseguidos dos últimos tempos.

A Opel soube escutar as críticas que foram dirigidas à primeira geração do Opel Insignia — lançada no já longínquo ano de 2008 — e reduziu substancialmente o peso do conjunto (ganharam os consumos, o comportamento e as performances), reduziu a complexidade da consola central (tinha demasiados botões) e optou por um design mais apaixonante (inspirado no concept Monza).

O restantes ganhos foram consequências naturais da passagem do tempo e da evolução da técnica. Nomeadamente ao nível dos conteúdos tecnológicos: faróis Matrix LED, head-up display, hot-spot wifi 4G, bancos AGR (certificação ergonómica), assistente de manutenção na faixa de rodagem, cruise-control adaptativo e muito mais…

O melhor representante da gama Opel Insignia?

Normalmente, as versões mais potentes e equipadas são as mais desejadas de todas. São também aquelas que, normalmente, melhor realçam as potencialidades da gama.

Foi por isso que no meu primeiro contacto com o Opel Insignia quis testar a versão mais potente que estava disponível para ensaio.

Este Opel Insignia Grand Sport 2.0 Turbo D, cheio de extras e equipamento, é a excepção à regra. Não é, quanto a mim, aquela que melhor exprime o potencial da gama Opel Insignia.

Opel Insignia Grand Sport
Como mencionei no vídeo em destaque, esta versão estava equipada com o pack OPC Line.

Há um culpado. O motor 2.0 Turbo D da Opel, com 170 cv (às 3 750 rpm) e 400 Nm de binário máximo (desde as 1 750 rpm), é despachado e relativamente poupado. Mas não está ao nível dos motores 2.0 litros da concorrência ao nível da suavidade de funcionamento. Seja essa concorrência um Volkswagen Passat, um Mazda6 ou BMW Série 3.

A NÃO PERDER: Opel Insignia GSi. A sigla que nos fez sonhar está de volta

Quando se entra no campeonato dos 50 000 euros — acabei de inventar um campeonato…— a concorrência não perdoa a mínima falha. E esta motorização peca nesse aspeto, não comprometendo nos restantes itens em análise (prestações e consumos). Dito de outra forma, não é um mau motor mas exigia-se mais.

Opel Insignia Grand Sport
Já subscreveram o nosso Canal de YouTube? Há um link no final do artigo.

Então qual é o melhor representante?

Depois deste ensaio — gravado no final de 2018 para o nosso Canal de YouTube — tive oportunidade de testar as versões 1.5 Turbo com 165 cv a gasolina (que será publicado brevemente) e 1.6 Turbo D de 136 cv do Opel Insignia. Versões que quanto a mim, exprimem o melhor da gama Opel Insignia. Ou seja, mantêm as boas qualidade deste modelo (conforto, equipamento e comportamento dinâmico) e despedem-se do elevado preço da versão 2.0 Turbo D, cujos preços se iniciam nos 49 080 euros — com caixa automática de 8 velocidades.

Espero que tenham gostado deste ensaio com suporte em vídeo, e se ainda não o fizeram subscrevam o nosso Canal de YouTube.

Ao volante do Opel Insignia Grand Sport 2.0 Turbo D

Insignia Grand Sport 2.0 Turbo D

6/10

A menos que os 170 cv de potência sejam muito importantes para o tipo de utilização que dás ao carro, nada mais justificará a opção por esta motorização. Na «vida real» onde as acelerações dos 0-100 km/h não contam para nada, e aquilo que mais importa é a elasticidade do motor, o 1.6 Turbo D com 136 cv (parecem mais...) é muito mais aliciante. E se estão mesmo convencidos quanto à opção pelo Opel Insignia — que quanto a mim é dos melhores modelos do segmento — não fechem negócio sem dar uma volta na versão 1.5 Turbo a gasolina. Vale a pena! Depois é fazer as contas...

Prós

  • Equipamento disponível
  • Bancos AGR
  • Comportamento dinâmico

Contras

  • Grafismo do sistema de infotainment
  • Motor 2.0 Turbo D pouco refinado
  • Preço desta versão

Versão base:€49.080

Classificação Euro NCAP: 5/5

€59.600

Preço unidade ensaiada

  • Arquitectura:4 Cilindros Diesel
  • Capacidade: 1956 cc cm³
  • Carregamento: Turbo + Intercooler
  • Potência: 170 cv
  • Binário: 400 Nm

  • Tracção: Dianteira
  • Caixa de velocidades:  8 velocidades (automática)

  • Comprimento: 4897 mm
  • Largura: 2093 mm
  • Altura: 1455 mm
  • Distância entre os eixos: 2829 mm
  • Bagageira: 490 litros
  • Peso: 1440

  • Média de consumo: 5.5 l/100km
  • Emissões CO2: 145 g/km
  • Velocidade máxima: 223 km/h
  • Aceleração máxima: >8.9 s

    Tem:

    • Mostrador gráfico a cores 8,0" (Painel Instrumentos)
    • Ar condicionado de comando eletrónico bizona
    • Câmara de estacionamento traseira
    • Bancos AGR
    • GPS
    • Sistema de infotainment com Wifi
    • Ar condicionado de comando eletrónico bizona
    • Faróis Full-Led Matrix