Notícias FCA. As promessas não cumpridas do plano 2014-2018. Será o plano 2018-2022 diferente?

Plano 2018-2022

FCA. As promessas não cumpridas do plano 2014-2018. Será o plano 2018-2022 diferente?

A poucos dias de conhecermos o plano da FCA (Fiat Chrysler Automobiles) para os próximos quatro anos, recordamos o que foi prometido e não cumprido no plano anterior 2014-2018.

FCA. Foto de família com Alfa Romeo, Fiat e Jeep

Sergio Marchionne, o diretor executivo da FCA, apresenta, de quatro em quatro anos, um plano onde define os traços gerais da estratégia do grupo para os quatro anos seguintes e também levanta o véu sobre os novos modelos que conheceremos nesse intervalo de tempo. A próxima apresentação decorrerá já no próximo dia 1 de junho, pelo que as expetativas são grandes.

Convém, no entanto, refrear os ânimos. O, talvez, excessivamente vocal Marchionne, é conhecido por alterar frequentemente os planos anunciados, adiando datas, cancelando projetos, adicionado outros. O exemplo mais claro? O SUV Ferrari — de “só por cima do meu cadáver” a uma certeza de que será feito, não foram precisos mais do que 18 meses.

Hoje em dia a Ferrari é uma marca independente, fora da estrutura da FCA — mas Marchionne continua à frente das duas empresas. O “spinoff” da marca italiana foi uma das promessas cumpridas, anunciadas na apresentação do plano 2014-2018.

Sergio Marchionne — FCA CEO

Mas muitas outras, sobretudo aquelas relativas ao lançamento de novos produtos ficaram por cumprir, alguns deles há muito esperados — fica um lembrete, marca por marca.

Fiat

Começando pela marca “mãe”, a Fiat, e focando apenas na Europa, a família Tipo foi a única promessa cumprida, e o 124 Spider acabou por ser uma adição de última hora. De acordo com o plano de 2014-2018, o Punto (lançado em 2005), deveria ter tido um sucessor em 2016, um crossover para o segmento C era para ter chegado em 2017, e este ano conheceríamos o sucessor do Panda.

Alfa Romeo

Em 2014 foram anunciados o lançamento de oito modelos até 2018, todos eles derivados da nova plataforma Giorgio de tração traseira. A data de conclusão do plano foi empurrada, dois anos depois, para 2020. De momento, já ninguém faz previsões de quando é que o plano será concluído.

Dos oito iniciais prometidos, apenas dois chegaram ao mercado: o Giulia e o Stelvio. A Alfa Romeo e a Jeep têm sido as apostas mais fortes da FCA, mas no caso da histórica marca italiana, continua a faltar produto.

Maserati

Atualmente a marca mais exclusiva do grupo, também tem conhecido dificuldades na implementação dos seus objetivos, tanto a nível do produto, como do ponto de vista comercial. Apenas o Levante, o primeiro SUV da marca, foi entregue.

Maserati Alfieri

Ficou a faltar a versão de produção do Alfieri, prometida para 2016 e uma nova geração do GranTurismo para este ano.

Jeep

É, definitivamente, a marca mais valiosa do grupo, tendo crescido de forma quase exponencial no planeta, desde 2014. Mas mesmo a Jeep, que concentrou grande parte do investimento — ganhou novo Compass, Wrangler e um extenso restyling no Cherokee —, não cumpriu tudo o que estava prometido.

O Grand Cherokee era para ter um sucessor em 2017 e dele derivaria um maior e mais luxuoso Grand Wagoneer em 2018. Ainda continuam nos planos, apesar de ninguém avançar com datas concretas e tudo aponta para que o Grand Wagoneer derive da RAM 1500, a pick-up.

Chrysler, Dodge e RAM

Do outro lado do Atlântico, exceptuando a lucrativa RAM, que parece ser a única que tem cumprido o seu plano à risca, a Chrysler e Dodge estão excessivamente carentes de produto. Após o fim prematuro das berlinas Dart e 200 — uma medida que na altura gerou muito polémica e foi muito contestada, mas recorde-se a decisão recente da Ford no mesmo sentido —, o único produto realmente novo foi a chegada do MPV Chrysler Pacifica.

Na Chrysler, havia promessas de um modelo mais pequeno que o 200, um novo 300 e dois crossover — um médio e outro de grandes dimensões. A Dodge tem sobrevivido com atualizações dos seus modelos e variantes mediáticas — Hellcat e Demon —, mas no plano 2014-18, novas gerações para o Charger e Challenger, um novo Journey (comercializado na Europa como Fiat Freemont), e até um novo seg. B estavam nos planos.

O que esperar no dia 1 de junho?

Os rumores têm andado em alta sobre a próxima apresentação de 1 de junho. Será significativo por várias razões, a começar por ser a última presidida por Sergio Marchionne, que sairá do cargo de diretor executivo durante o próximo ano, pelo que se espera que também haja novidades sobre o seu sucessor.

Além dessa questão, as contas e saúde financeira do grupo serão certamente discutidas, mas, mais uma vez, o interesse reside sobre os futuros modelos, e também sobre o destino de algumas marcas, onde se inclui a Chrysler, Dodge, a moribunda Lancia e até a Fiat.

Também é de esperar medidas concretas para a eletrificação do grupo — os primeiros passos estão a ser dados. O Chrysler Pacifica PHEV já se encontra em comercialização, com o Maserati Levante a ser o próximo convertido a híbrido plug-in. Entretanto, semi-híbridos para todos os gostos: Jeep Wrangler e RAM 1500 já estão em comercialização, os Alfa Romeo estão quase a chegar.

Alguns dos modelos visados no plano 2014-18 transitam para este. O sucessor do Panda, mais modelos Alfa Romeo — novo SUV e Giulia coupé são os mais discutidos — e o Jeep Wagoneer são as certezas.

No entanto, como aconteceu anteriormente, convém moderar as expetativas sobre o que for anunciado. Com Marchionne de saída em 2019, o seu sucessor poderá ter uma visão distinta para o rumo do grupo.

Sabe esta resposta?
O Fiat Coupé 2.0 20v Turbo tinha quantas válvulas por cilindro?
Oops, não acertou!

Pode encontrar a resposta aqui:

Glórias do Passado. Fiat Coupé 2.0 20v Turbo, o fim da linhagem