Novo motor Wankel da Mazda vai ser do tamanho de uma caixa de sapatos

A Mazda nunca desistiu do motor Wankel. Após anos e anos de investimento, parece que o regresso desta arquitetura de motores vai mesmo acontecer.

Mais do que um regresso ao passado, a Mazda preparou o seu «amado» motor Wankel (ou motor de rotores, se preferirem) para o futuro. Um futuro mais preocupado com o meio ambiente e onde a eletrificação do automóvel é um dado adquirido. Por isso esqueçam o regresso do som quase ensurdecedor e igualmente entusiasmante da arquitetura Wankel, o objetivo é outro…

Reinventar o motor Wankel

O conceito original criado pelo Felix Wankel mantém-se, mas foi reinventado pelos engenheiros da Mazda. Tendo em consideração as imagens usadas para registo da patente (em destaque), há muitas novidades no conceito.

A mais óbvia é a posição do rotor. Ao invés da posição vertical que conhecíamos até agora, a Mazda decidiu colocá-lo numa posição horizontal.

Porquê em posição horizontal?

Com esta questão vamos ao ponto essencial. Este novo motor Wankel não servirá de unidade motriz, mas sim como extensor de autonomia para as baterias. Funcionará como um pequeno gerador de energia.

O objetivo da Mazda é colocar este motor Wankel na zona posterior do automóvel, debaixo do fundo da bagageira. O local que garante melhor isolamento, menor perda de espaço e melhor refrigeração. Daí a opção pela posição horizontal.

E a fiabilidade do motor?

Um dos problemas do conceito dos motores Wankel diz respeito à lubrificação das arestas do rotor. Para resolver este problema, a Mazda vai montar um pequeno injetor de óleo em forma de L (imagens 31, 31a, 81 e 82) para lubrificar as paredes da câmara de combustão.

Este formato em L permite que o sistema de lubrificação seja montado na lateral do motor, contribuindo assim para um formato mais compacto. Martin ten Brink, um dos responsáveis da marca, revelou este ano que o novo motor Wankel da Mazda vai ter a dimensão de uma «caixa de sapatos».

Onde é que vamos ver este motor? E quando.

Uma das possibilidades mais prováveis é encontrarmos este motor num futuro elétrico, que deverá basear-se na próxima geração do Mazda2. Sobre essa possibilidade já escrevemos um extenso artigo que poderás ler aqui.

Guilherme Costa

Desde muito cedo trocou a companhia dos brinquedos pelas revistas de automóveis. Alimentado por essa paixão em 2012 fundou a Razão Automóvel.

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