Autopédia 5 razões pelas quais as caixas automáticas são melhores que as manuais

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5 razões pelas quais as caixas automáticas são melhores que as manuais

Calma, não mudámos para o campo inimigo. Mas sejamos objetivos, damos-te cinco razões onde as caixas automáticas atuais superiorizam-se às caixas manuais.

Caixa automática

Para se poder realmente gostar de algo é preciso às vezes saber reconhecer-lhe os seus defeitos. Por isso decidimos enumerar cinco pontos em que as caixas manuais são piores que as caixas automáticas.

Mas queremos deixar bem claro: apesar de lhes reconhecermos defeitos defendemos que as caixas de velocidades manuais são a escolha certa. Mais que não seja porque nos permitem sentir como o Dominic Toretto da saga “Fast and Furious” quando arrancamos de um semáforo no qual estivemos parados muito tempo.

Honestamente estas parecem-nos mesmo ser as únicas cinco razões que existem, por isso a lista de prós e contras continua a pender para o movimento #savethemanuals.

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Arranques

Dominar o arranque “a fundo” com uma manual exige destreza, um controlo delicado entre o pé da direita e da esquerda para conseguir atingir aqueles números que parecem impossíveis de alcançar nas folhas de especificações. Com as caixas automáticas atuais é mais fácil, e muitos desportivos trazem até Launch Control, capazes de repetir uma e outra vez arranques perfeitos, verificando-se melhores acelerações do que com uma manual.

Isto porque ao prepararmo-nos para um arranque com uma automática (com conversor de binário), acelerando o motor (em D), mas mantendo-nos estacionários, o que acontece é que graças ao diferencial de velocidade entre o motor e a transmissão (que está parada), verifica-se uma multiplicação do binário devido à presença do conversor de binário, por onde passa o fluído hidráulico. Numa manual, essa ligação é puramente mecânica, efetuada através da embraiagem, logo não permitindo a tal multiplicação de binário, o que significa menos força (binário) aplicada no arranque.

A outra questão refere-se ao tratamento dado à embraiagem num arranque a fundo — não dá mesmo muita saúde… Não significa que uma automática seja imune a falhas catastróficas, mas o choque na transmissão será sempre inferior, mais uma vez graças à acoplagem hidráulica entre motor e caixa de velocidades.

Numa manual, num arranque, se largarmos repentinamente o pedal da embraiagem, o choque no prato de pressão e disco de embraiagem será violento, tendo de suportar, quase instantaneamente, toda a força do motor. Podemos aliviar o pedal da embraiagem de forma mais progressiva, mas será sempre um choque elevado e estamos a contribuir para o desgaste prematuro da embraiagem.

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Andar depressa

Mas não é só a andar muito devagar que as caixas de velocidades manuais perdem para as caixas automáticas. Quando o ritmo aumenta, e por muito bons reflexos que tenhas, é praticamente impossível mudares de mudança à mesma velocidade que uma caixa automática moderna.

Para além disso as caixas automáticas conseguem ser muito mais suaves nas mudanças de relação de caixa do que a maioria de nós.

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Andar (muito) devagar

Quem nunca se viu na necessidade de andar mesmo muito devagar? Seja no pára-arranca ou numa situação de piso escorregadio ou off road, de certeza que já te deparaste com situações em que vais tão devagar que é impossível tirar o pé da embraiagem sem que o carro “vá abaixo”.

Nestas situações a caixa automática é uma melhor opção, pois o conversor de binário (que usa fluído hidráulico) suporta melhor situações de circulação a muito baixa velocidade do que a embraiagem, que pode provocar desgaste excessivo no material de fricção.

Mas há exceções. Em carros manuais com a primeira velocidade muito curta ou com redutoras — como no pequeno Jimny — é possível andar muito devagar sem martirizar a embraiagem. Mas honestamente não estamos a ver ninguém acionar as redutoras enquanto está a andar a passo de caracol no IC19 ou na VCI.

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Não poder usufruir de todos os sistemas de ajuda à condução

Numa era em que os carros têm cada vez mais sistemas de ajuda à condução as caixas manuais têm dificuldades em ser conjugadas com alguns desses sistemas. Por exemplo, um carro com caixa de velocidades manual não pode usufruir na totalidade dos préstimos do sistema de cruise control adaptativo, uma vez que o sistema não é capaz de parar por completo o carro (senão este iria abaixo).

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Não “vão abaixo”

Quantos de nós nas primeiras aulas de condução não pensámos: “quem me dera que fosse automático, assim não o deixava ir abaixo”. A verdade é que dominar a arte do ponto de embraiagem é, para algumas pessoas, como conseguir fazer magia.

Para além disso, arrancar em algumas subidas com um carro de caixa manual que não conte com nenhum sistema de apoio (como o hill start assist) pode revelar-se uma valente dor de cabeça e causar até suores frios a alguns condutores.

Nestas situações as caixas automáticas voltam a ter vantagem. É que basta pôr a caixa em “Drive” e depois só temos de nos preocupar em travar e acelerar, sendo virtualmente impossível deixar “ir abaixo” um carro automático. Com caixa automática não tens de preocupar com coisas como o curso da embraiagem, se estás a acelerar pouco ou se levantaste demasiado depressa o pé da embraiagem, limitas-te a guiar e pronto.

Não se preocupem… Apesar destes factos ainda continuamos a preferir as caixas manuais, a ter o terceiro pedal para não deixar o carro “ir abaixo” ou tentar imitar a velocidade de passagem de caixa de um qualquer piloto. É que apesar dos seus defeitos — ou será carácter? — estas permitem um maior nível de interação e maior ligação homem-máquina… e isso nós não trocamos por nada. #savethemanuals

Fonte: Engineering Explained

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