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Adeus, Alfa Romeo 4C e futuros GTV e 8C

O fim do Alfa Romeo 4C segue no sentido dos novos planos para o futuro da marca onde a palavra de ordem é racionalizar. Adeus, desportivos… olá, SUV.

Alfa Romeo 4C e Alfa Romeo 4C Spider

O fim do Alfa Romeo 4C estava previsto desde a conferência de Sergio Marchionne em junho de 2018, quando divulgou os planos para a marca do scudetto para os anos seguintes — nada era referido sobre o futuro do 4C.

Só faltava mesmo apontar uma data no calendário, e se o ano passado vimos o 4C sair do mercado norte-americano, agora é mesmo o fim, com a produção a terminar este ano.

Para os ainda eventuais interessados no desportivo italiano, existem unidades novas em stock, pelo que deverá ser possível adquirir um Alfa Romeo 4C “novinho em folha” durante os próximos meses.

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Alfa Romeo 4C Spider
© Guilherme Costa / Razão Automóvel

É o fim do manifesto rolante surgido originalmente sobre a forma de concept em 2011 e introduzido no mercado em 2013, com a adição do Spider em 2015.

Demarcou-se pela sua construção exótica, uma célula central em fibra de carbono e sub-estruturas em alumínio que lhe garantia um peso pluma (895 kg a seco). Resultado, não era necessário um motor enorme (1.75 l) ou um número excessivo de cavalos (240 cv) para prestações de desportivo (4,5s dos 0 aos 100 km/h e mais de 250 km/h).

Adeus, desportivos… e Giulietta

O anúncio do fim de produção do Alfa Romeo 4C surge pouco tempo depois de Mike Manley, o atual CEO da FCA, ter apresentado novos planos para o futuro da marca, e as notícias não são boas para os que esperavam ver mais desportivos da marca italiana.

Isto porque, os desportivos anunciados por Marchionne há quase 18 meses para a Alfa Romeo, ou seja, o GTV (coupé com base Giulia) e um novo 8C (superdesportivo híbrido) caíram por terra.

As razões por trás desta decisão prendem-se, sobretudo, com a fraca performance comercial da marca italiana, onde o Giulia e Stelvio não têm trazido os números esperados pelos responsáveis da Alfa Romeo.

A palavra de ordem agora é racionalizar, o que implica um foco em modelos com um potencial superior de vendas/rentabilidade, ao mesmo tempo em que reduzem o capital de investimento.

No novo plano, 2020 promete ser um ano a seco para a marca, mas em 2021 conheceremos os renovados Giulia e Stelvio e também a versão de produção do Tonale, o futuro C-SUV da Alfa Romeo. A vinda do Tonale poderá significar também o fim do Giulietta, outro modelo ausente nos planos apresentados por Manley.

Alfa Romeo Tonale

A grande novidade neste novo plano é a introdução de… mais um SUV. Em 2022, se tudo correr como o planeado — na FCA, não costuma ser regra, basta ver a quantidade de planos apresentados desde 2014 —, veremos um novo B-SUV, posicionado abaixo do Tonale, tomando o lugar de modelo de acesso à gama, antes ocupado pelo MiTo.

E a fusão FCA-PSA?

Tal como aconteceu com o anúncio de que a Fiat pondera abandonar o segmento dos citadinos focando-se no segmento acima, as notícias sobre o futuro da Alfa Romeo surgiram no mesmo dia em que foi confirmada a fusão entre a FCA e PSA.

Ou seja, isto significa que, com o avançar das negociações e delinear de futuras estratégias para a dezena e meia de marcas automóveis que passam a fazer parte deste novo grupo automóvel, os planos agora apresentados por Manley poderão sofrer alterações a médio prazo.

Caso os planos sigam para a frente inalterados, em 2022 teremos uma Alfa Romeo “irreconhecível”, com a gama a ser composta por três SUV e uma berlina.

 

 

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