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Antevisão

Será que haverá futuro para o Audi TT?

O que fazer com os sucessores do coupé e roadster alemão? Será que há um futuro para o Audi TT? As pistas possíveis nas palavras do CEO da Audi.

Audi TT RS

Os rumores são vários e contraditórios. Basta recordar o por várias vezes discutido tópico sobre o futuro do Audi TT (onde nos incluímos). Primeiro o sucessor do TT seria uma berlina de quatro portas (ou “coupé” de quatro portas); pouco tempo depois a própria Audi negava essa possibilidade, afirmando que se manteriam como coupé e roadster.

Não foi preciso esperar muitos meses para o próprio diretor executivo (CEO) da Audi, Bram Schot, anunciar o fim do TT, para no seu lugar surgir um desportivo… elétrico. Só que, entretanto, Bram Schot saiu de cena e no seu lugar temos agora Markus Duesmann, em funções desde abril deste ano — será que os planos de eletrificar o TT são para manter?

Tão recentemente como agosto, as declarações de Duesmann apontavam para um cenário mais fatalista. Era (e continua a ser) imperativo reduzir custos na marca dos quatro anéis, pelo que modelos de nicho, como o TT e o R8, estavam em sério risco de desaparecer.

TENS DE VER: Objetivo: reduzir custos. Audi R8 e TT em risco de desaparecer?
Audi TT RS

Mas agora, em entrevista à publicação alemã Auto Motor und Sport, Duesmann dá novas pistas sobre o futuro possível… ou impossível do Audi TT.

Quando questionado sobre o futuro da gama de modelos da Audi, e se dispensariam modelos em detrimento da necessidade de ter outros para um mercado em mudança, Duesmann foi claro: “Estamos a afinar a gama de modelos (…). O Grupo (Volkswagen) e a Audi fizeram um enorme compromisso com os veículos elétricos a bateria. O número de derivações manter-se-á mais ou menos o mesmo. Mas como estamos a adicionar modelos elétricos, estamos a eliminar modelos convencionais. O que também magoa, em parte.”

Sentença que nos leva ao futuro do Audi TT. Será que é um dos modelos a ser eliminado? Duesmann responde:

"O segmento está a contrair e está sob grande pressão. Claro que temos de pensar por quanto tempo queremos oferecer algo nesse segmento — e se não temos ideias mais interessantes para outros. Eu diria que o TT, muito provavelmente, não deverá ter um sucessor direto."

Markus Duesmann, diretor executivo da Audi

O que significa isto?

O Audi TT, tal e qual o conhecemos, poderá muito bem ser o último da linhagem iniciada em 1998. Duesmann dá a entender que haverá espaço, no futuro, para modelos Audi de caráter mais emocional, mas isso não significa que assumam os formatos clássicos de um coupé e roadster.

As vendas destas tipologias, sobretudo aquelas ao nível dos preços praticados pelo TT, nunca recuperaram verdadeiramente da crise financeira de há uma década — torna-se difícil justificar a aposta continuada neste tipo de modelos.

Que futuro para o Audi TT? Ao que parece, mais curto que longo.

Fonte: Auto Motor und Sport.

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