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Mercedes-Benz vai dizer adeus ao 1.5 dCi da Renault

A confirmação está para breve. O motor Diesel 1.5 dCi da Renault vai deixar de equipar os Mercedes-Benz Classe A, Classe B e CLA.

Mercedes-Benz CLA 180 d
© Raul Mártires / Razão Automóvel

A parceria entre a Renault e a Daimler, que garantia o fornecimento do 1.5 dCi da primeira à segunda deverá terminar ainda este mês, avançam os franceses da L’Argus, quando conhecermos a gama 2021 (MY2021) dos Classe A, Classe B e CLA.

O popular 1.5 dCi da Renault vai deixar de equipar as versões 180 d dos Mercedes-Benz Classe A, Classe B e CLA, mas continuará a marcar presença em vários Renault, Dacia e Nissan.

No lugar do tetracilíndrico gaulês teremos uma versão do Diesel OM 654q, o bloco de quatro cilindros em linha da Mercedes-Benz, com 2.0 l de capacidade, que já conhecemos das versões 200 d e 220 d.

TENS DE VER: OM 654 M. O Diesel de quatro cilindros MAIS POTENTE do mundo
Mercedes-Benz CLA Coupé 180 d
O CLA é um dos modelos que deixará de recorrer ao motor Diesel de origem francesa. © Raul Mártires / Razão Automóvel

Uma mudança que já se adivinhava há algum tempo. O GLB, que recorre à mesma base MFA dos Classe A, Classe B e CLA, foi o primeiro a prescindir do 1.5 dCi, com a sua versão 180 d a já ser servida pelo bloco de 2.0 l, o OM 654q. E o mesmo voltou a acontecer com o novo GLA.

Coincidentemente, esta nova versão do 2.0 Diesel debita os mesmos 116 cv do 1.5 dCi nos GLB e GLA, mas por ter mais 500 cm3 promete maior disponibilidade.

Ainda de acordo com a publicação francesa, com o fim do 1.5 dCi na Mercedes-Benz — ou OM 608 em linguagem Mercedes-Benz — também a caixa de dupla embraiagem de sete velocidades da Getrag associada ao 1.5 dCi deverá ser preterida por uma nova de oito velocidades (8G-DCT) da própria Daimler.

VÊ TAMBÉM: Mercedes-Benz. O adeus às caixas manuais e redução do número de motores de combustão

Já não os podes configurar

Como que a confirmar esta mudança, as versões 180 d dos Classe A, Classe B e CLA já não se encontram disponíveis no website da marca para configuração.

Há uma exceção, de acordo com a L’Argus. O futuro Mercedes-Benz Citan, que continuará a derivar da Renault Kangoo, e a versão de passageiros já anunciada como Classe T (2022), deverão continuar a usufruir dos serviços do 1.5 dCi.

No entanto, em relação aos veículos de passageiros podemos dizer que é o fim de uma (pequena) era.

E o 1.33 a gasolina, também será abandonado?

Não. E o porquê é simples de entender. Ao contrário do 1.5 dCi, que é um motor Renault, o 1.33 Turbo foi um motor desenvolvido de raiz entre a Daimler e a Renault e Nissan (parceiros na Aliança), pelo que o motor é de… todos.