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11 anos depois Mitsubishi desliga a ficha ao i-MIEV

O Mitsubishi i-MIEV foi um dos primeiros elétricos para as massas e após uma longa carreira, a marca japonesa desliga-lhe finalmente a ficha.

Mitsubishi i-MIEV

Talvez conheças melhor o Mitsubishi i-MIEV como Peugeot iOn ou Citroën C-Zero, graças ao acordo entre o fabricante japonês e o Groupe PSA. Um acordo que permitiu às marcas francesas entrar no mercado dos veículos elétricos precocemente, em 2010.

Ano que revela o quão veterano já é o pequeno modelo japonês que agora vê a sua produção terminar. Lançado originalmente em 2009 é, no entanto, baseado no Mitsubishi i, um kei car japonês lançado em 2006 e detentor de um packaging excelente.

Um período de vida bastante longo onde apenas sofreu modestas atualizações o que, à luz da evolução pronunciada sofrida pelos veículos elétricos ao longo da década, tornaram o i-MIEV (acrónimo para Mitsubishi Innovative Electric Vehicle) irremediavelmente desatualizado.

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Mitsubishi i-MIEV

Como é possível de constatar pela bateria do i-MIEV com uma capacidade de apenas 16 kWh — reduzida em 2012 para 14,5 kWh nos modelos franceses —, um valor próximo e até inferior de alguns híbridos plug-in atuais.

A autonomia, consequentemente, é também modesta. Os 160 km anunciados inicialmente eram de acordo com o ciclo NEDC que se viram reduzidos para 100 km no mais exigente WLTP.

Mitsubishi i-MIEV

O Mitsubishi i-MIEV tem motor e tração atrás, mas os 67 cv traduzem-se em apenas 15,9s nos 0 aos 100 km/h, para uma velocidade máxima limitada de 130 km/h. Não há dúvidas… as ambições do i-MIEV começavam e terminavam na cidade.

As suas limitações, ausência de evolução e o elevado preço acabou por justificar os números comerciais modestos. Desde 2009 só foram produzidos cerca de 32 000 unidades — compare-se com o maior e mais versátil Nissan Leaf, lançado em 2010, que já vai na segunda geração e já ultrapassou a marca do meio milhão de unidades.

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Substituto? Só para… 2023

Agora integrada na Aliança (de que faz parte desde 2016) juntamente com a Renault e Nissanapesar de um relacionamento difícil nos últimos 2-3 anos, a Aliança parece ter encontrado um rumo —, a Mitsubishi termina a produção do seu pequeno e veterano modelo, mas não significa o fim de um pequeno elétrico para a marca dos três diamantes.

Ao passar a ter acesso a plataformas e componentes dos restantes membros da Aliança, está nos planos da Mitsubishi um novo citadino elétrico, também concebido ao abrigo das rígidas exigências dos kei cars japoneses — dificilmente o veremos na Europa —, que conheceremos, muito provavelmente em 2023.

Mitsubishi i-MIEV