Notícias Até 785 km de autonomia. Já nos sentámos no Mercedes-Benz EQS e sabemos quanto vai custar

Apresentação

Até 785 km de autonomia. Já nos sentámos no Mercedes-Benz EQS e sabemos quanto vai custar

Fomos conhecer o Mercedes-Benz EQS, o novo porta-estandarte elétrico da marca alemã e já explorámos — em primeira mão — o inédito sistema MBUX Hyperscreen.

Mercedes-Benz EQS
© Miguel Dias / Razão Automóvel

Mercedes-Benz EQS é o novo porta-estandarte elétrico da marca alemã e acaba de ser apresentado em Portugal, antes da chegada ao mercado, que está marcada para outubro.

A marca de Estugarda descreve-o como o primeiro automóvel elétrico de luxo e anuncia-o como o primeiro modelo da submarca EQ a ter sido construído de raíz para ser elétrico. Importa lembrar que quer o EQC quer o EQA assentam em plataformas adaptadas para receberem sistemas motrizes elétricos.

Com uma silhueta que vimos pela primeira vez no Salão de Frankfurt de 2019, sob a forma de protótipo (Vision EQS), o EQS apresenta-se com linhas fluídas, superfícies esculpidas, transições suaves e projeções dianteira e traseira reduzidas.

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Mercedes_Benz_EQS

Com 5126 mm de comprimento, o EQS fica a meio caminho entre o Mercedes-Benz Classe S “normal” — mede 5179 mm — e o Classe S Longo, que tem 5289 mm de comprimento. E acreditem, esta presença faz-se sentir ao vivo.

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O mais aerodinâmico do mercado…

Com uma dianteira marcada por uma faixa luminosa que une os faróis e pela ausência de grelha, o EQS distingue-se, de perfil, por apresentar um visual distinto, sem vincos e… aerodinâmico. Com um Cx de apenas 0,20, é o modelo de produção mais aerodinâmico da atualidade — a Tesla anuncia 0,208 para o Model S Plaid.

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Linhas contínuas e sem vincos. Esta foi a premissa para o desenho do EQS.

Para se perceber o nível de detalhe que a Mercedes-Benz aplicou no desenvolvimento deste carro, basta dizer que para chegar à forma final dos espelhos retrovisores laterais foram necessárias 300 horas de trabalho no túnel de vento.

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Mais espaçoso que um Classe S

As “rodas” foram empurradas para as extremidades e isso tem um impacto muito positivo na forma geral do veículo e permitiu maximizar o espaço disponível no habitáculo e na bagageira: oferece 610 litros de capacidade, que podem ser “esticados” até aos 1770 litros com os bancos traseiros rebatidos.

Mercedes-Benz EQS interior
© Miguel Dias / Razão Automóvel

Atrás, e por se tratar de uma plataforma dedicada a elétricos, a EVA, não existe túnel de transmissão e isso faz maravilhas para quem viaja no lugar central. O espaço disponível é, por isso, muito generoso (ainda mais do que no Classe S), mesmo com o banco dianteiro quase todo puxado atrás.

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Essa foi, de resto, uma das coisas que mais me impressionou no interior do EQS, que apresenta um nível de requinte e de qualidade em linha com o que encontramos no novo Mercedes-Benz Classe S.

Mercedes-Benz EQS interior
© Miguel Dias / Razão Automóvel

MBUX Hyperscreen “rouba” todas as atenções

Mas foi quando começámos a mexer no sistema MBUX Hyperscreen que percebemos que a oferta tecnológica do EQS chega para “desarmar” todas as outras propostas de luxo da marca da estrela, ou não estivéssemos nós a falar de um painel em vidro ininterrupto com 141 cm de largura composto por três ecrãs OLED.

Neste primeiro (muito breve!) contacto, uma das funcionalidades do sistema MBUX que mais me chamou a atenção foi a possibilidade de emparelhar um conjunto de fones Bluetooth ao sistema do carro, permitindo que um dos passageiros possa ouvir algo totalmente diferente do que está a “sair” pelo sistema de som do carro.

Mercedes-Benz EQS interior
© Miguel Dias / Razão Automóvel

Não menos interessante é a solução encontrada para as portas, que podem ser abertas de forma automática a partir do ecrã central. Quando nos sentamos “ao volante” e pressionamos o pedal do travão, a porta do condutor também fecha de forma automática.

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Como se vai organizar a gama?

Quando chegar a Portugal, em outubro, o EQS estará disponível com duas versões: 450+ e 580 4MATIC+. Para mais tarde está prevista a chegada de uma versão desportiva ainda mais potente, com cunho da AMG, e uma variante mais luxuosa com a assinatura da Maybach.

A primeira, a 450+, conta com um motor elétrico — montado na traseira — que produz 245 kW (333 cv) e 568 Nm de binário máximo, números que lhe permitem acelerar dos 0 aos 100 km/h em 6,2s e chegar aos 210 km/h de velocidade máxima.

Mercedes-Benz EQS 580
© Miguel Dias / Razão Automóvel

Já a segunda, a 580 4MATIC+, é animada por dois motores elétricos (um por eixo, para tração integral), que produzem uma potência máxima combinada de 385 kW (523 cv) e 855 Nm de binário máximo. Nesta versão, a aceleração dos 0 aos 100 km/h é feita em 4,3s, mas a velocidade máxima mantém-se limitada nos 210 km/h.

Em qualquer uma das versões o pacote de baterias tem 107,8 kWh de capacidade, sendo que a autonomia combinada (ciclo WLTP) para a versão 450+ é de 785 km e para a 580 4MATIC+ é de 685 km.

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Um ano de carregamentos grátis

Quem comprar um Mercedes-EQS passa a ter acesso a carregamentos ilimitados durante um ano na rede IONITY.

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Nos postos de carregamentos rápidos DC (corrente direta) o topo de gama alemão será capaz de carregar até uma potência de 200 kW.

Em corrente alternada o EQS suporta cargas até um máximo de 22 kW, o que lhe permite recarregar a totalidade da bateria em cinco horas, número que sobe para as 10 horas em carregamentos a um máximo de 11 kW.

Já em corrente contínua, suporta cargas até um máximo de 200 kW, o que possibilita que uma recarga dos 0 aos 80% seja feita em apenas 31 minutos.

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E o preço?

O preço estimado para a versão 450+ é de 120 000 euros e de 146 000 para a variante 580 4MATIC+. Contudo, só a 580 4MATIC+ vem equipada de série com o MBUX Hyperscreen, que na versão 450+ é um opcional pago com um custo que ronda os 8000 euros.

Mercedes-Benz EQS interior
141 cm de largura, processador de 8 núcleos, 24 GB de RAM e a uma aparência saída de um filme de ficção científica é o que o MBUX Hyperscreen tem para oferecer, juntamente com uma prometida usabilidade melhorada.

Igualmente opcional — em qualquer uma destas versões — é a maior amplitude (10º) das rodas direcionais traseiras. De série, todos os carros contam com um raio de apenas 4,5º.

Quem quiser usufruir dos 10º (máximo disponível) pode fazer a encomenda de fábrica, por um preço que ronda os 1300 euros, e o carro ficará para sempre com esta funcionalidade. Ou então, através da loja online de serviços da Mercedes, disponível através do sistema de infoentretenimento, é possível subscrever esta funcionalidade por 489 euros por ano.

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