Notícias Oficial. Comissão Europeia quer fim dos motores de combustão em 2035

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Oficial. Comissão Europeia quer fim dos motores de combustão em 2035

A Comissão Europeia quer que a partir de 2035 todos os automóveis sejam elétricos (a bateria ou pilha de combustível) e que a rede de postos de carregamento aumente nos próximos anos.

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A Comissão Europeia acaba de apresentar um conjunto de propostas de redução de emissões de CO2 para automóveis novos que se for aprovado — como tudo indica que seja… — vai ditar o fim dos motores de combustão interna já em 2035.

O objetivo é reduzir os níveis de emissões de dióxido de carbono para automóveis novos em 55% em 2030 (contrariamente aos 37,5% anunciados em 2018) e em 100% em 2035, o que significa que a partir desse ano todos os automóveis terão de ser obrigatoriamente elétricos (sejam a bateria ou pilha de combustível).

Esta medida, que também implica o desaparecimento dos híbridos plug-in, está inserida num pacote legislativo — denominado “Fit for 55” — que visa assegurar uma redução das emissões da União Europeia de 55% até 2030, relativamente aos níveis de 1990. Por cima de tudo isto, é mais um passo determinante rumo à neutralidade carbónica até 2050.

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Motor de combustão interna, uma espécie em vias de extinção.

De acordo com a proposta da Comissão, “todos os automóveis novos registados a partir de 2035 deverão ser de emissões zero”, sendo que para suportar isso o executivo exige que os Estados-membros da União Europeia aumentem a sua capacidade de carregamento em função das vendas de automóveis com emissões zero.

Rede de carregamento tem de ser reforçada

Dessa forma, este pacote de propostas obriga os governos a reforçar a rede de postos de carregamento e de abastecimento de hidrogénio, que nas principais autoestradas terão de estar instalados a cada 60 km no caso dos carregadores elétricos e a cada 150 km para o reabastecimento de hidrogénio.

Posto IONITY em Almodovar A2
Posto IONITY em Almodôvar, na A2

“Normas mais rigorosas de CO2 não só são benéficas do ponto de vista da descarbonização, como também proporcionarão benefícios para os cidadãos, através de uma maior poupança de energia e uma melhor qualidade do ar”, pode ler-se na proposta do executivo.

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“Ao mesmo tempo, fornecem um sinal claro e a longo prazo para orientar tanto os investimentos do setor automóvel em tecnologias inovadoras de emissões zero, como a implantação de infraestruturas de recarga e reabastecimento”, argumenta Bruxelas.

E o setor da aviação?

Este pacote de propostas da Comissão Europeia vai muito além dos automóveis (e dos motores de combustão interna) e propõe também um novo regulamento que suporta uma transição mais rápida dos combustíveis fósseis para os combustíveis sustentáveis no setor da aviação, com o objetivo de tornar as viagens de avião menos poluentes.

Avião

De acordo com a Comissão, é importante assegurar que “níveis crescentes de combustíveis sustentáveis para a aviação estejam disponíveis nos aeroportos da União Europeia”, sendo que todas as companhias aéreas serão obrigadas a usar esses combustíveis.

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Esta proposta “concentra-se nos combustíveis mais inovadores e sustentáveis para a aviação, nomeadamente os combustíveis sintéticos, que podem atingir uma poupança de emissões de até 80% ou 100% em comparação com os combustíveis fosseis”.

E os transportes marítimos?

A Comissão Europeia também avançou com uma proposta para incentivar a adoção de combustíveis marítimos sustentáveis e tecnologias de propulsão marítima com emissões zero.

Navio

Para isso, o executivo propõe um limite máximo para o teor de gases com efeito de estufa presente na energia utilizada pelos navios que fazem escala em portos europeus.

No total, as emissões de CO2 do setor dos transportes “representam atualmente até um quarto das emissões totais da UE e, ao contrário de outros setores, ainda estão a aumentar”. Desta forma, “até 2050, as emissões provenientes dos transportes têm de diminuir em 90%”.

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Dentro do setor dos transportes são os automóveis os que mais poluem: o transporte rodoviário é atualmente responsável por 20,4% das emissões de CO2, a aviação por 3,8% e o transporte marítimo por 4%.

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