Notícias COP26. Portugal não assinou declaração para eliminar veículos a combustão

COP26

COP26. Portugal não assinou declaração para eliminar veículos a combustão

Na COP26, Portugal, juntamente com outros países e alguns grupos automóveis não assinou a Declaração para as Zero Emissões de automóveis e veículos de mercadorias.

Ponte 25 de Abril Lisboa
hoch3media

Na Conferência do Clima COP26, Portugal não assinou a Declaração para as Zero Emissões de automóveis e veículos de mercadorias, juntando-se a países como a França, Alemanha e Espanha, ou os Estados Unidos da América e a China, alguns dos principais produtores de automóveis do planeta.

Recordamos que essa declaração assinala o compromisso de governos e indústrias em eliminar a venda de veículos a combustíveis fósseis até 2035 dos principais mercados e até 2040 em todo o mundo.

Portugal comprometeu-se, por outro lado, apenas a proibir veículos exclusivamente movidos com combustíveis fósseis até 2035, deixando de fora os automóveis híbridos, como foi aprovado na Lei de Bases do Clima, no último dia 5 de novembro.

VEJAM TAMBÉM: COP26. Volvo assina Declaração para Zero Emissões, mas tem metas mais ambiciosas
Mazda MX-30 carregador

Também foram vários os grupos automóveis que ficaram de fora desta declaração: entre eles, gigantes como o Grupo Volkswagen, Toyota, Stellantis, Grupo BMW ou o Grupo Renault.

Por outro lado, Volvo Cars, General MotorsFordJaguar Land Rover ou Mercedes-Benz, assinaram a Declaração para as Zero Emissões de automóveis e veículos comerciais, assim como vários países: Reino Unido, Áustria, Canadá, México, Marrocos, Países Baixos, Suécia ou Noruega.

Curiosamente, apesar de países como Espanha ou os EUA não se terem comprometido, não foi impedimento para regiões ou cidades desses mesmos países assinarem, como a Catalunha ou Nova Iorque e Los Angeles.

Também outras empresas, que não são construtoras automóveis, assinaram esta declaração, como a UBER, Astra Zeneca, Unilever, IKEA e até a «nossa» EDP.

A 26ª Conferência do Clima das Nações Unidas, que decorre em Glasgow, acontece seis anos após o Acordo de Paris, onde se estabeleceu como meta limitar a subida da temperatura média global do planeta entre 1,5 ºC e 2 ºC relativamente à época pré-industrial.

O setor dos transportes rodoviários tem sido um dos mais pressionados para reduzirem as suas emissões, que se está a manifestar na maior transformação de sempre da indústria automóvel, que segue o caminho para a mobilidade elétrica. O transporte rodoviário é responsável por 15% das emissões globais de gases com efeitos de estufa (dados de 2018).