Primeiro Contacto É o último a combustão e está mais potente. Conduzimos o renovado Porsche Macan

Desde 82 526 euros

É o último a combustão e está mais potente. Conduzimos o renovado Porsche Macan

Novamente renovado, o Porsche Macan ganhou potência, viu o interior e o exterior serem revistos, mas perdeu a versão Turbo.

Porsche Macan na estrada, frente 3/4
© Porsche

Lançado em 2014, o Porsche Macan é um caso sério de sucesso na marca de Estugarda. Com 600 mil unidades vendidas desde o seu lançamento, o Macan representa a «porta de entrada» no universo Porsche para 80% dos novos clientes da marca de Estugarda.

Talvez por isso, e tendo em conta que o Macan atual, com motor de combustão, vai «conviver» com a futura geração que vai ser exclusivamente elétrica, a Porsche renovou o seu mais pequeno SUV e nós já tivemos oportunidade de o ver e conduzir em solo nacional.

A primeira novidade surge logo na organização da gama, com o desaparecimento do Macan Turbo e o papel de «topo de gama» a ser entregue ao Macan GTS. Além disso, todos os Macan foram atualizados visualmente e receberam um considerável ganho de potência, mas já lá vamos.

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Porsche Macan GTS

Evoluções discretas

Não é particularmente fácil detetar as diferenças visuais entre o novo Macan e o seu antecessor, apesar de a dianteira ser totalmente nova. Destacam-se os faróis em LED de série, as novas entradas de ar e ainda os acabamentos na cor da carroçaria (exceto no GTS)  que, segundo a Porsche, ajudam a realçar a largura do seu SUV.

Na traseira as novidades são o difusor com novos elementos 3D e as luzes com grafismo tridimensional. Ainda no exterior há a destacar as três novas cores da carroçaria, a adoção de série de jantes de 19”, de 20” no Macan S e 21” no Macan GTS e ainda as sete novas jantes.

No interior as novidades são mais evidentes, começando logo pela consola central, onde os comandos físicos deram lugar a comandos táteis. Também novos são o volante herdado do 911, o seletor da caixa de velocidades mais curto e o ecrã tátil full-HD de 10,9”, onde controlamos o sistema Porsche Communication Management (PCM).

Por fim, o relógio analógico integrado no topo do tabliê também passou a ser oferecido de série.

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Mais potência para todos

No capítulo da mecânica a principal novidade ficou reservada para a versão intermédia da gama, o Macan S. No lugar do anterior 3.0 V6 passou a estar um 2.9 V6 biturbo com 380 cv (+20 cv) e 520 Nm (+40 Nm) disponíveis entre as 1850 e as 5000 rpm.

Tudo isto permitiu ao Macan S subir um «patamar de performance», mais próximo do anterior Macan GTS, com os 0 aos 100 km/h a serem cumpridos em 4,8s (4,6s com o pacote Sport Chrono) e a velocidade máxima a fixar-se nos 259 km/h.

Tendo isto em conta, é sem grande surpresa que o Macan GTS também tenha «subido a parada». Assim, o novo Macan topo de gama viu o seu 2.9 l biturbo passar a debitar 440 cv (+60 cv do que até agora) e 550 Nm (+30 Nm) — coincidência ou não, são exatamente os mesmos valores de potência e binário do extinto Macan Turbo.

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Números que permitem ao Macan GTS acelerar até aos 100 km/h em 4,5s e alcançar os 272 km/h de velocidade máxima, mais uma vez valores equivalentes ao anterior Macan Turbo.

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Por fim, a versão de entrada na gama Macan também recebeu novidades no capítulo mecânico. Com um novo motor de quatro cilindros em linha, este apresenta-se com 265 cv (+20 cv) e 400 Nm (+30 Nm), números que lhe permitem acelerar dos 0 aos 100 km/h em 6,4s e alcançar os 232 km/h.

Dinâmica apurada

Como seria de esperar, nesta renovação a Porsche não esqueceu os argumentos dinâmicos do Macan e não só reviu a afinação do chassis como ofereceu ao seu SUV barras estabilizadoras mais rígidas e uma direção mais sensível.

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O Porsche Macan GTS foi o modelo que mais beneficiou das revisões, oferecendo de série uma suspensão pneumática desportiva com ajuste da altura (-10 mm) e o sistema de controlo adaptativo dos amortecedores Porsche Active Suspension Management (PASM).

Quanto aos Macan e Macan S, opcionalmente estes também podem ser equipados com a suspensão pneumática adaptativa, incluindo o sistema PASM.

Ao volante do renovado Macan

Neste primeiro e breve contacto com o revisto Porsche Macan tive a oportunidade de conduzir os dois extremos da gama do SUV de Estugarda: a versão base e o «todo poderoso» GTS.

Começando pelo Porsche Macan, relembrei-me da última vez que conduzi a variante de entrada no «universo Macan». E a verdade é que o motor de facto se sente um pouco mais solícito. A disponibilidade de binário entre as 1800 rpm e as 4500 rpm facilita as manobras de ultrapassagem e tanto permite uma condução relaxada como mais empenhada.

Porsche Macan
Os farolins traseiros também foram revistos.

Nessas circunstâncias o comportamento do Macan continua a merecer elogios, com o sistema de tração integral a ser bastante rápido no envio de força para as rodas com mais aderência por forma a conseguir «curvar sobre carris».

Quanto aos novos comandos táteis da consola central, apesar de conferirem, sem dúvida, um visual mais moderno ao interior do SUV alemão, devo admitir que acabam por exigir um maior período de habituação ao utilizador.

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Passando para o Macan GTS, o sistema PASM não deixa os seus «créditos por mãos alheias» e mesmo quando se depara com depressões no piso consegue assegurar um exemplar controlo dos movimentos da carroçaria.

Quanto ao motor, os 60 cv extra permitem ao mais superlativo dos Macan «despachar» ultrapassagens e sair de curvas a uma velocidade impressionante.

Porsche Macan

A eficácia dinâmica do modelo da Porsche é tal que não precisamos de «suar» ou ter dotes de condução de piloto para conseguir velocidades impressionantes de passagem em curva (afinal trata-se de um SUV), sendo tudo feito de forma natural e, acima de tudo, segura.

Quanto custa?

O renovado Porsche Macan já está disponível e vê o seu preço arrancar nos 82 526 euros para a versão mais acessível, passando para os 108 037 euros do Macan S e subindo até aos 125 627 euros do Porsche Macan GTS.

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Primeiras impressões

8/10
A Porsche até pode estar a preparar um futuro elétrico para o Macan, contudo não se esqueceu da bem sucedida versão de combustão e ainda bem. O Porsche Macan vê-se novamente renovado e foi melhorado onde faltava melhorar: no campo tecnológico e mecânico. Até pode ser o último Macan com motor de combustão, mas essa é uma «missão» que cumpre melhor que nunca, o que lhe deve garantir argumentos para os próximos anos, mesmo quando já estiver acompanhado do Macan 100% elétrico.

Data de comercialização: Novembro 2021

Prós

  • Qualidade de montagem
  • Comportamento dinâmico
  • Desempenho do Macan GTS
  • Melhoria do desempenho da versão base

Contras

  • Comandos táteis mais difíceis de usar
  • Alterações estéticas discretas
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