Clássicos Volkswagen Golf. Vencedor do troféu Carro do Ano 2004 em Portugal

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Volkswagen Golf. Vencedor do troféu Carro do Ano 2004 em Portugal

Considerado a bitola do segmento C, mas só em 2004 é que o Volkswagen Golf conquistou o primeiro troféu do Carro do Ano em Portugal.

Volkswagen Golf

Falar do segmento C é falar acerca do Volkswagen Golf. Contudo, o icónico modelo alemão teve de esperar pelo ano de 2004 para inscrever o seu nome, pela primeira vez, na lista de vencedores do troféu do Carro do Ano em Portugal.

Depois do Renault Mégane em 2003, coube ao Golf manter o troféu num segmento que então tinha particular destaque nas tabelas de vendas nacionais.

Revelado em 2003, no Salão de Frankfurt, o Golf V não tinha uma tarefa fácil pela frente. Afinal, tinha de substituir o Golf IV, uma das referências do segmento e apelidado por muitos como “o melhor Volkswagen Golf de sempre”.

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Volkswagen Golf
Ainda hoje o Golf V é uma visão relativamente comum nas nossas estradas.

Para o conseguir fazer, a quinta geração do Volkswagen Golf começou por fugir à máxima de «evolução na continuidade» que esteve na base das excelentes linhas do seu antecessor, assumindo um estilo mais dinâmico e menos conservador, sem no entanto perder a identidade Golf.

Evoluir «à séria»

Se as linhas do Volkswagen Golf V já antecipavam uma considerável evolução, «debaixo da pele» do familiar germânico escondia-se uma revolução.

Desenvolvido com base na plataforma PQ35, o Golf V tornou-se no primeiro Golf a adotar uma suspensão traseira independente de série em todas as versões.

O objetivo? Fazer frente ao primeiro Ford Focus que, alguns anos antes, trouxe para o segmento competências dinâmicas excecionais, mesmo nas suas versões mais modestas, tornando-se (desde então) o alvo a abater nesse departamento.

Volkswagen Golf

Contudo, nem todas as novidades trazidas pelo Golf V acabariam por dar bons resultados e estariam na base da sua algo curta carreira (apenas cinco anos).

Referimo-nos, por exemplo, às suas portas. Estas eram compostas por duas peças (se não contarmos com a forra interior) ao invés de uma, onde a «pele» exterior (chapa) era aparafusada à porta em si (estrutura).

Se em teoria prometia reduzir os custos e complexidade de as produzir (ao mesmo tempo que facilitava as reparações de componentes como os elevadores dos vidros), na prática tornou-se numa fonte de atrasos na linha de produção, obrigando a vários processos de retificação o que fez subir os custos. O sucessor Golf VI regressou a uma solução mais convencional.

No vídeo abaixo vemos uma das pouco convencionais portas do Golf V em que o painel exterior é removido, ilustrando como estas eram feitas:

Outra área na qual o Golf V não se conseguiu superiorizar ao antecessor foi no campo da qualidade de montagem no habitáculo, com os testes na época a relatarem que, apesar de se manter elevada, não conseguia superiorizar-se à do antecessor Golf IV.

Um Golf, vários formatos

Inicialmente apenas disponível nas versões de três e cinco portas, o Volkswagen Golf V viu a sua gama crescer com o passar do tempo.

 

A primeira variação foi o Golf Plus, um monovolume de apenas cinco lugares que visava «ajudar» o Touran num segmento então em franco crescimento.

Já a carrinha, conhecida como Golf Variant, só surgiu em 2007 aquando do restyling de que esta geração foi alvo. Elogiada pela capacidade da bagageira e acrescida versatilidade, a carrinha alemã não convenceu, no entanto, no plano estético, com o novo volume traseiro a ser alvo de opiniões pouco favoráveis.

Volkswagen Golf Variant
A carrinha tardou a chegar, algo curioso numa época em que as carrinhas tinham muitos fãs.

TDI em força, mas com o TSI «à espreita»

No campo das motorizações, os motores Diesel continuavam a ter particular destaque na gama do Golf. Na base estava um 2.0 SDI que, sem turbo, debitava apenas 75 cv e nem a Portugal chegou.

Acima deste encontrávamos os já bem conhecidos 1.9 TDI e 2.0 TDI em vários níveis de potência. O primeiro oferecia entre 90 cv e 105 cv enquanto o segundo disponibilizava 140 cv ou 170 cv.

Contudo, era na oferta a gasolina que estavam algumas das mais interessantes novidades. Além dos tradicionais motores naturalmente aspirados, com 1.4 l, 1.6 l e 2.0 l, foi nesta geração do Golf que se estrearam os motores TSI sob a forma do 1.4 TSI que se apresentava com 122 cv, 140 cv e 170 cv.

Volkswagen Golf
Na quinta geração do Golf os motores TDI continuavam a reunir as preferências.

Já no topo da oferta estavam o 2.0 TFSI com 200 cv e 280 Nm usado pelo GTI e o «todo-poderoso» 3.2 VR6 que debitava 250 cv e 320 Nm. Também em estreia nesta geração estavam as caixas automáticas DSG, de dupla embraiagem, já com seis ou sete relações.

GTI de regresso à boa forma

Depois de não ter deixado grandes memórias na quarta geração do Golf, nesta quinta geração a versão GTI voltou «à boa forma».

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Com um visual marcadamente desportivo e um comportamento digno de elogios, o Volkswagen Golf V GTI começou por se apresentar com 200 cv e 280 Nm extraídos do 2.0 TFSI. A transmissão estava a cargo de uma caixa manual ou da opcional DSG, ambas com seis relações.

Mais tarde, em 2006, a versão GTI Edition 30 viu a potência subir para os 230 cv e o binário para os 300 Nm, sendo que a escalada só terminaria nos 240 cv e 330 Nm debitados no Golf GTI Limited Edition 240.

Por fim, no topo da gama encontrávamos o Golf R32.

Nascido na geração anterior, o novo e mais potente dos Golf continuava a recorrer aos préstimos do 3.2 VR6, mas viu-o ganhar 10 cv, passando a debitar 250 cv e 320 Nm que eram enviados às quatro rodas através do sistema de tração integral 4Motion.

Vida curta

Apesar de se ter demarcado positivamente do seu antecessor em vários aspetos, a quinta geração do Volkswagen Golf não conseguiu replicar o sucesso da quarta.

Para mais, os problemas encontrados na linha de produção que faziam subir os custos, acabou por motivar a decisão de o substituir prematuramente pelo Golf VI, volvidos cinco anos no mercado (pelo menos 12 meses antes do previsto).

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Com um visual mais sóbrio, a sexta geração mais não era do que um profundo restyling da anterior geração, mantendo a plataforma e muitas das soluções mecânicas. Mas adotou um novo interior e exterior,… e portas convencionais.

Curiosamente, teria ainda uma carreira mais curta no mercado, de apenas quatro anos, até à chegada do Golf VII e da “super-plataforma” MQB… mas essa história fica para outra altura.

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