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Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi vai lançar 35 novos elétricos até 2030

O plano da Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi inclui o lançamento de 35 novos modelos elétricos até 2030 e é conhecido como «Aliança 2030».

Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi

Um ano e meio depois da Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi ter anunciado o seu novo modelo de cooperação, ficamos a conhecer agora, mais em concreto, os seus planos até 2030.

Representando um investimento de 23 mil milhões de euros nos próximos cinco anos, o plano “Aliança 2030” centra-se em dois «pilares»: os automóveis elétricos e a mobilidade conectada.

O maior destaque deste plano tem de ser dado à «enxurrada» de novos modelos que as três marcas se preparam para lançar e por isso, comecemos por aí.

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Aliança 2030

35 novos elétricos até 2030

No total a Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi tem como meta lançar 35 novos modelos elétricos até 2030. Tendo em conta que estamos a oito anos de distância, o plano passa por lançar uma média superior a quatro modelos novos/ano.

Na base de 90% destes modelos estarão cinco plataformas dedicadas:

  • CMF-AEV: a mais acessível, já na base do Dacia Spring;
  • KEI-EV: pensada para modelos elétricos ultra-compactos, especialmente para os kei car vendidos no mercado japonês;
  • LCV-EV: destinada a modelos ligeiros de mercadorias, servirá de base às Renault Kangoo e Nissan Townstar;
  • CMF-EV: uma plataforma global e flexível, é já a base do Nissan Ariya e Renault Mégane E-Tech Electric. Em 2030, mais de 15 modelos deverão estar baseados nesta plataforma, o que equivale a 1,5 milhões de carros por ano.
  • CMF-BEV: a plataforma que vai servir de base ao novo Renault 5, ao sucessor do Nissan Micra e a outros modelos do segmento B.

A Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi planeia ainda reforçar o uso de plataformas comuns nos próximos anos. Enquanto atualmente a partilha se encontra nos 60%, em 2026 a meta é de que seja superior a 80%.

Um exemplo desta política é o futuro Mitsubishi ASX que vai partilhar a plataforma com o Renault Captur.

Partilhar para ganhar

Além das plataformas, a Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi definiu igualmente uma estratégia comum de baterias.

Um dos primeiros exemplos dessa estratégia a escolha de um fornecedor comum de baterias para a Renault e a Nissan nos mercados centrais.

Mas há mais. Segundo a Aliança, a adoção de parceiros comuns permitirá reduzir os custos das baterias em 50% até 2026 e em 65% até 2028.

Ao mesmo tempo, segundo a Aliança, esta abordagem deverá assegurar um total de 220 GWh de capacidade de produção global de baterias.

Quanto às baterias em estado sólido, e seguindo a estratégia de cooperação leader-follower, caberá à Nissan liderar as inovações nesta área. O objetivo passa por produzir estas baterias em massa já em 2028.

Segundo as contas da Aliança, estas baterias permitirão reduzir os custos para 65 dólares por kWh, o que permitirá alcançar a paridade de custos com os automóveis com motor de combustão.

Software, a próxima aposta

Como nem só de baterias são feitos os automóveis, o plano «Aliança 2030» aposta bastante na área da mobilidade inteligente e conectada.

Usufruindo da partilha de plataformas, até 2026 os membros da Aliança planeiam ter 45 modelos da Aliança equipados com sistemas de condução autónoma, equivalendo a um total de 10 milhões de automóveis nas estradas.

Já no campo da conetividade, se, atualmente, três milhões de automóveis já estão ligados à Alliance Cloud, até 2026 a meta passa por incrementar esse número para 25 milhões de automóveis.

A Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi será o primeiro construtor, de escala global, a introduzir o ecossistema da Google nos seus automóveis.

Já seguindo o princípio leader-follower caberá à Renault desenvolver uma arquitetura elétrica e eletrónica centralizada comum, convergindo aplicações de hardware e software.

Infoentretenimento Mégane E-Tech Electric

Por fim, nos planos da Aliança está ainda o lançamento, até 2025, do seu primeiro automóvel definido completamente por software até 2025.

Com este modelo, a Aliança pretende melhorar o desempenho dos seus automóveis com atualizações “Over The Air”, ao longo do seu ciclo de vida.

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