Ensaio Testámos o Hyundai i30 1.6 CRDi N Line. Diesel, mas também é eletrificado

Desde 35 175 euros

Testámos o Hyundai i30 1.6 CRDi N Line. Diesel, mas também é eletrificado

O Hyundai i30 1.6 CRDi «eletrificou-se» com um sistema mild-hybrid de 48 V. Ainda é uma proposta competitiva no segmento?

Hyundai i30 N Line
© Thom V. Esveld / Razão Automóvel

Lançado em 2017 e renovado em 2020, o Hyundai i30 viu a versão mais potente do 1.6 CRDi, o seu motor Diesel, «render-se» parcialmente à eletrificação.

O 1.6 CRDi passou a estar, assim, associado a um sistema mild-hybrid de 48 V, que promete menos consumo de gasóleo e umas gramas de CO2.

Será que lhe trouxe mais argumentos para manter o i30 competitivo num segmento em constante renovação? Altura de colocá-lo à prova.

A NÃO PERDER: Volkswagen Golf 2.0 TDI testado. Mais do mesmo? Olhe que não, olhe que não…
Hyundai i30 N Line
Nesta versão N Line o Hyundai i30 ganha um visual mais desportivo e apelativo. © Thom V. Esveld / Razão Automóvel

«Vitamina N» ajuda-o a destacar-se

A unidade do Hyundai i30 que testei apresentava-se com o nível de equipamento N Line e a verdade é que este faz mesmo a diferença.

A aparência é muito mais mais desportiva (cortesia da grelha distinta e para-choques específicos) e apelativa fazendo com que o i30 se destaque mais.

E no interior a grande mais valia deste nível de equipamento são os bancos dianteiros desportivos, que combinam um bom nível de conforto com um excelente apoio lateral.

De resto, a montagem revela-se robusta, a ergonomia é boa e o estilo continua atual. Contudo o uso de cores escuras dá um aspeto algo soturno a um interior onde os materiais são, maioritariamente, duros.

Descubra o seu próximo carro:

Quanto ao espaço, sem ser referencial neste capítulo, o i30 transporta quatro adultos com conforto.

A bagageira com 395 l de capacidade é um pouco melhor do que a de muitos dos seus rivais, mas ainda está longe dos 440 l do Fiat Tipo ou dos 467 l do Skoda Scala, ambos propostas mais focadas nas «tarefas familiares».

Eletrificar para quê?

Na versão N Line o Hyundai i30 só está disponível nas motorizações mais potentes: o 1.5 T-GDi com 160 cv a gasolina ou o 1.6 CRDi com 136 cv que testei.

Associado à caixa automática de dupla embraiagem de sete velocidades (há também com caixa manual de seis velocidades inteligente ou iMT), o 1.6 CRDi a frio não esconde a sua natureza Diesel, «presenteando-nos» com o tradicional matraquear deste tipo de motores que se torna mais discreto conforme vai aquecendo.

Já em andamento, destaca-se a sua disponibilidade desde os baixos regimes e o «casamento» com a caixa automática que permite explorar muito bem os 136 cv e os 320 Nm de binário.

Nas ultrapassagens, a caixa revelou-se rápida q.b. na resposta à solicitação do pé direito e nas consequentes reduções, mas o seu ponto forte acaba por ser a suavidade do funcionamento.

Já as duas últimas relações, a sexta e a sétima, são particularmente longas, tudo para reduzir os consumos quando vamos a «velocidades de cruzeiro».

Hyundai i30 N Line
© Thom V. Esveld / Razão Automóvel

Os efeitos do sistema mild-hybrid até se podem fazem sentir um pouco nos consumos em meio urbano, mas nem sempre é assim. Por exemplo, o sistema start-stop, um dos principais beneficiados pela adoção do sistema mild-hybrid, por vezes «esquece-se» de desligar o carro, mesmo em paragens mais prolongadas.

Por fim, os consumos do Hyundai i30 relembra-nos porque é que os Diesel eram, não há muito tempo assim, a escolha de muitos consumidores.

Quando devolvi o i30 o computador de bordo anunciava uma média de 5 l/100 km. Chegou a registar em alguns percursos, num andamento mais calmo, 4,6 l/100 km, e mesmo quando «puxei» por ele, as médias ficaram-se pelos 6,9 l/100 km.

Por falar em «puxar» pelo i30, a verdade é que mesmo nesta versão com motor Diesel a proposta sul-coreana continua a impressionar no capítulo dinâmico. A direção é precisa e direta, a suspensão consegue um bom compromisso entre conforto e comportamento e o chassis faz-nos querer seguir sempre pelo caminho mais sinuoso.

Hyundai i30 N Line
A direção é precisa, direta e tem um bom peso, fazendo justiça aos pergaminhos dinâmicos que a Hyundai tem vindo a «escrever» nos últimos anos. © Thom V. Esveld / Razão Automóvel

Aliás, neste campo o modelo da Hyundai continua a ser um dos mais interessantes de conduzir no segmento.

Pena é que os pneus de baixo perfil que surgem nas jantes especiais de 17” se façam ouvir tanto a bordo, algo que se torna mais notório quando circulamos em autoestrada.

VEJAM TAMBÉM: 1.5 TSI 130 cv Xcellence. Será este o SEAT Leon mais equilibrado?

É o carro certo para si?

Mesmo que tímida, a eletrificação está a chegar a «todo o lado» e nem os motores Diesel escapam. No caso do Hyundai i30 1.6 CRDi a verdade é que o sistema mild-hybrid de 48 V veio melhorar uns consumos que eram, por si só, já bastante bons.

Sem o apelo tecnológico de rivais mais recentes, o i30 não deixa de conseguir cativar tanto por motivos racionais como emocionais.

Por um lado é económico, discreto q.b. e os sete anos de garantia sempre oferecem alguma «paz de espírito»; já do lado emocional temos um comportamento dinâmico que continua a estar entre os melhores do segmento.

Testámos o Hyundai i30 1.6 CRDi N Line. Diesel, mas também é eletrificado

Hyundai i30 1.6 CRDi 48V 136cv N-Line DCT

7/10

Às qualidades intrínsecas do i30, esta versão N Line «casa» o visual mais desportivo a um motor que, além de não desiludir no campo das prestações, é económico, com a eletrificação suave a dar-lhe uma «mãozinha» neste capítulo. Apesar de já não ser o mais recente no segmento, o Hyundai i30 continua a ser uma proposta tão válida como antes.

Prós

  • Relação conforto/comportamento
  • Comportamento
  • Consumos
  • Desempenho do motor

Contras

  • Interior algo soturno
  • Alguns materiais da consola central
  • Lentidão do sistema start-stop

Versão base:€35.175

IUC: €147

Classificação Euro NCAP: 5/5

€35.605

Preço unidade ensaiada

  • Arquitectura:4 cilindros em linha
  • Capacidade: 1598 cm3 cm³
  • Posição:Dianteira transversal
  • Carregamento: Injeção direta common-rail + Turbo de Geometria Variável + Intercooler
  • Distribuição: 2 a.c.c. / 4 válvulas por cilindros
  • Potência: 136 cv às 4000 rpm
  • Binário: 320 Nm entre as 2000 às 2250 rpm

  • Tracção: Dianteira
  • Caixa de velocidades:  Automática de sete relações

  • Comprimento: 4340 mm
  • Largura: 1795 mm
  • Altura: 1455 mm
  • Distância entre os eixos: 2650 mm
  • Bagageira: 395 litros
  • Peso: 1343 kg

  • Média de consumo: 5,3 l/100 km
  • Emissões CO2: 137 g/km
  • Velocidade máxima: 200 km/h
  • Aceleração máxima: >10,2s

    Tem:

    • Ecrã touchscreen de 10,25''
    • Computador de bordo com ecrã "Supervision Cluster" de 7'' policromático
    • Chave Inteligente com botão de ignição
    • Jantes em liga leve de 17''
    • Faróis Full LED
    • Pedais em alumínio
    • Sistema de Navegação
    • Banco do condutor com ajuste elétrico do apoio lombar
    • Banco do condutor com extensão do assento
    • Sensor de chuva (limpa para-brisas de ativação automática)
    • Ar condicionado automático 2 zonas com sistema de desembaciamento automático
    • Alerta de arranque do veículo dianteiro
    • Sistema de alerta de fadiga do condutor
    • Sistema de controlo automático dos máximos
    • Sistema de manutenção à faixa de rodagem
    • Travagem autónoma de emergência
    • Faróis de nevoeiro dianteiros
    • Integração de smartphone Apple Carplay e Android Auto

Pintura metalizada — 430€.

Sabe esta resposta?
Em que ano foi lançado o Hyundai S Coupe?
Oops, não acertou!

Pode encontrar a resposta aqui:

Ainda te lembras dos pequenos coupé dos anos 90?
Parabéns, acertou!
Vai para a próxima pergunta

ou lê o artigo sobre este tema:

Ainda te lembras dos pequenos coupé dos anos 90?