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Criminalidade

Roubo de catalisadores em Portugal continua em alta

Apesar dos esforços das autoridades e até das detenções efetuadas, o roubo de catalisadores não mostra sinais de abrandamento em Portugal.

Catalisador mira

Os dados mais recentes divulgados pela PSP e GNR não deixam margem para dúvidas: o roubo de catalisadores continua a aumentar em Portugal.

Foi durante o ano passado que vimos este tipo de criminalidade «disparar», mas os números registados nos primeiros meses de 2022 não mostram sinais de abrandamento, mantendo-se em níveis elevados, registando-se mesmo um aumento.

São poucos os locais onde o nosso veículo «está seguro». Como referimos noutros artigos, têm sido registados furtos de catalisadores em veículos estacionados em locais movimentados, em plena luz do dia e até nos estacionamentos das praias.

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Catalisador cortado
O resultado do furto de um catalisador. © Seth Sawyers/Flickr

Números a crescer

Os números da GNR deixam bem patente o crescimento deste tipo de crime. Se em 2020 foram roubados 173 catalisadores, em 2021 esse número subiu para 2035 catalisadores.

Os números de 2022 até agora conhecidos, referentes ao período entre janeiro e maio, a perspetiva não parece ser favorável. Só nos primeiros cinco meses do ano foram roubados 651 catalisadores nas áreas de atuação da GNR.

Os números divulgados pela PSP revelam igualmente a tendência de crescimento deste tipo de crime.

Segundo a PSP, não só se confirma que em 2021 que o roubo de catalisadores «disparou», como se verifica ainda um aumento nos primeiros cinco meses de 2022 em comparação com o período homólogo de 2021.

Entre janeiro e maio de 2022, a PSP registou uma média mensal à volta de 500 ocorrências relacionadas com o furto de catalisadores. No acumulado de março de 2020 até maio de 2022, o número total de ocorrências registadas é de 7883.

A resposta das autoridades

Para responder ao aumento deste tipo de criminalidade, a PSP criou em 2020 equipas especializadas na investigação criminal para análise deste tipo de ocorrências.

As Equipas Regionais de Investigação à Criminalidade Automóvel (SRICA) identificaram 637 suspeitos que levaram à identificação de grupos de autores responsáveis por estes furtos.

Catalisadores apreendidos numa operação da GNR
Apesar do esforço das forças de segurança, o roubo de catalisadores continua a crescer em Portugal.

Além disso, têm sido várias as operações de investigação e desmantelamento de redes relacionadas com o furto e venda de catalisadores levadas a cabo pela PSP e pela GNR.

Contudo, não bastam estas ações para reduzir o roubo de catalisadores em Portugal.

Por exemplo, aquele que é conhecido como o “Rei dos Catalisadores” — suspeito de mais de 70 furtos de catalisadores — voltou a ser libertado recentemente após ter sido ouvido por um juiz no Tribunal de Instrução Criminal do Porto.

Detido quatro vezes no mês de julho — e sempre libertado — o suspeito de 30 anos ficou sujeito à medida de coação de termo de identidade e residência. No total está envolvido em 140 processos judiciais e estava já a ser julgado por crimes de furto.

As causas dos roubos e o que fazer para os evitar

Como já referimos noutras ocasiões, o crescimento do roubo de catalisadores está diretamente relacionado com os materiais com que são feitos — metais raros como o ródio, o paládio ou a platina — e o preço desses materiais nos mercados internacionais que tem subido nos últimos tempos.

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Para evitar o roubo de catalisadores as autoridades já divulgaram alguns conselhos que relembramos aqui:

  1. Os cidadãos que sejam alvo deste crime, mesmo que seja apenas uma mera tentativa, deverão sempre apresentar queixa pois assim inicia-se de imediato a investigação;
  2. Deve-se evitar estacionar metade no passeio e metade na estrada, pois isso pode tornar o furto do catalisador mais fácil (deixa de ser necessário elevar o carro com o macaco);
  3. Caso se detete alguma pessoa debaixo de uma viatura, deve-se chamar de imediato a PSP ou a GNR. Ao mesmo tempo deve-se recolher o máximo de informações possível como, por exemplo, a matrícula de algum carro envolvido;
  4. Entre os indícios do furto de catalisadores encontram-se: viaturas levantadas no estacionamento com o macaco; e/ou som de perfuração ou corte enquanto uma pessoa se encontra deitada debaixo do carro;
  5. Por fim, para combater este tipo de furtos, é também importante que não se recorra ao mercado paralelo para adquirir catalisadores.

Fontes: CNN Portugal, Nascer do Sol

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