Motorista e mecânica de camiões. O lado «esquecido» da Rainha Isabel II

A Rainha Isabel II de Inglaterra é, de longe, uma das personalidades mais marcantes dos últimos dois séculos.

Subiu ao trono do Reino Unido — e de 14 outros Estados independentes (Commonwealth) — numa altura em que o mundo ainda sarava as feridas da 2.ª Guerra Mundial. Corria o ano de 1952, há precisamente 70 anos.

Desde então, o mundo mudou mais do que em qualquer outro momento da história da humanidade. A Rainha Isabel II foi uma das poucas constantes ao longo deste período. Hoje o mundo chora a sua morte (1926-2022).

O que provavelmente poucos sabem é que antes de ter sido coroada Rainha, a então Princesa Isabel — menina das melhores famílias e de educação rígida — foi mecânica de camiões e motorista do Exército Real, exercendo funções militares durante a II Guerra Mundial.

Neste curto filme podemos testemunhar precisamente esse período. A Rainha que sempre fez questão de recordar que o seu papel «não era governar, mas servir o povo», fê-lo durante toda a sua vida. Nos períodos de paz e de guerra, como princesa, como rainha e até como mecânica.

Num artigo de jornal em 1947, lia-se que Princesa Isabel «adorava chocar os amigos da realeza com as suas marcas nas mãos e as unhas com restos de óleo, que orgulhosamente colecionava enquanto mecânica do exército».

Para quem gosta de automóveis, ficará também na memória coletiva o gosto da Rainha Isabel II pelos automóveis e pelos passeios todo o terreno, onde fazia questão de assumir o lugar do condutor.

Naturalmente, uma faceta secundária — perante uma vida repleta de acontecimentos e momentos da história onde foi protagonista — mas que ajudam a definir uma personalidade única, irrepetível e incontornável do Séc. XX e XXI.

Guilherme Costa

Desde muito cedo trocou a companhia dos brinquedos pelas revistas de automóveis. Alimentado por essa paixão em 2012 fundou a Razão Automóvel.

Óbito, Rainha Isabel II