Este é mesmo o último. O adeus à Renault Sport vai-se fazer com o Mégane R.S. Ultime

Depois de em 2021 a Renault Sport ter «saído de cena» para dar lugar à Alpine, o Renault Mégane R.S. Ultime apresenta-se como a «balada da despedida» da divisão que nos deu alguns dos Renault mais emocionantes de sempre.

O Mégane R.S. Ultime será, como o nome deixa adivinhar, o último a receber a designação “R.S.” e vai estar limitado a 1976 unidades. Um número que não é fruto do «acaso», mas sim uma referência ao ano de fundação da Renault Sport.

Noutra referência ao passado glorioso da Renault Sport todas as unidades do Mégane R.S. Ultime serão assinadas por Laurent Hurgon, o piloto de testes responsável por muitos dos recordes que o Mégane R.S. acumulou ao longo dos anos.

As referências ao passado nesta série limitada não se ficam por aqui. Por exemplo, a revelação do Mégane R.S. Ultime no Tokyo Auto Salon assinala também os 20 anos do lançamento do primeiro Mégane R.S.

Visual à altura

No capítulo visual dificilmente alguém vai confundir os 1976 Mégane R.S. Ultime com os Mégane R.S. e R.S. Trophy.

Os gráficos em preto mate no capô, tejadilho, na lateral e no para-choques traseiro são inspirados pelo novo símbolo da Renault. A estes juntam-se o lettering  “1976” na porta dianteira direita e o lettering “Ultime” no para-choques dianteiro.

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Disponível em quatro cores diferentes, o Mégane R.S. Ultime conta sempre com as jantes “Fuji Light” de 19” pintadas de preto, envolvidas pelos mesmos semi-slicks Bridgestone Potenza S007 que foram desenvolvidos para o radical Mégane R.S. Trophy-R.

A completar o «aparato visual» temos o kit de carroçaria típico dos Mégane R.S. que o torna mais largo (60 mm à frente e 45 mm atrás) e traz consigo detalhes como a asa traseira, o difusor traseiro ou o escape central.

Estreia

A minha primeira vez no Estoril (e logo ao volante de um Renault Mégane R.S. Trophy)

Quis o destino que a minha estreia no Estoril fosse aos comandos de um Mégane R.S. Trophy e debaixo de chuva torrencial. Receita para o desastre?

João Delfim Tomé

Quanto ao interior, enquanto o Mégane R.S. Trophy-R apostava no «espartanismo», o Ultime não abdica de alguns luxos.

Assim, temos bancos dianteiros Recaro forrados a Alcantara, um ecrã central de 9,3”, painel de instrumentos digital de 10”, sistema de som da Bose e ainda cruise control adaptativo e câmara de 360º.

Mecânica inalterada

Debaixo do capô do Mégane R.S. Ultime encontramos o mesmo 1,8 l de quatro cilindros, turbo, com 300 cv e 420 Nm já usado pelo R.S. Trophy.

Na Europa o binário é enviado às rodas dianteiras exclusivamente por intermédio de uma caixa de dupla embraiagem EDC com seis relações, mas haverá unidades com caixa manual noutros mercados.

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Equipado com um diferencial Torsen no eixo dianteiro, o chassis Cup rebaixado, sistema de quatro rodas direcionais 4CONTROL e ainda os travões Brembo, o Mégane R.S. Ultime cumpre os tradicionais 0 aos 100 km/h em apenas 5,7s.

O Renault Mégane R.S. Ultime deverá ser lançado na primavera e ainda não se sabe qual será o seu preço nem quantas unidades se destinam ao mercado nacional.

João Delfim Tomé

Apaixonado por automóveis desde sempre, o João divide os seus dias entre as teclas da Razão Automóvel e a chave de parafusos do Lada Niva que está a recuperar.

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