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Elétricos chineses batem recordes na Europa. Sucesso em risco com as novas tarifas?

Com a implementação das tarifas de importação aos elétricos "made in China", fica agora a dúvida se esta crescimento irá ou não manter-se.

MG4 na estrada, frente
© MG

Em junho, os elétricos das marcas chinesas representaram 11% do total da venda de elétricos na Europa, sendo um novo recorde, de acordo com os dados da DataForce.

No entanto, junho foi o último mês antes da implementação de tarifas provisórias (que aconteceu a 4 de julho) aos elétricos importados da China, o que deixa dúvidas se estes resultados irão ou não manter-se.

As marcas chinesas registaram mais de 23 mil automóveis elétricos durante o mês passado no «velho continente», o maior número de sempre de acordo com a consultora. Este resultado representa um aumento de 72% face ao mês de maio.

BYD Seal U dianteira
© BYD BYD Seal U

Segundo a ACEA (Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis), junho foi o terceiro mês com mais vendas de elétricos na Europa, com 208 872 unidades registadas.

Para lá dos números

O grupo chinês SAIC Motor, detentor da marca MG, foi o responsável pela maior parte deste sucesso dos elétricos “made in China” na Europa, graças a modelos como o MG4.

Recorde que os fabricantes chineses não são os únicos afetados pelas novas tarifas de importação. Também afeta os elétricos de marcas europeias que são produzidos na China. As tarifas também variam de fabricante para fabricante. Fique a conhecer todas as marcas e modelos afetados:

Porém, apesar destes números muito positivos verificados em junho, não foi um “crescimento muito saudável”, como refere Gabriel Juha, analista da Dataforce.

No caso do MG4, por exemplo, 40% dos exemplares matriculados foram registados em nome dos próprios concessionários. Autovendas são uma prática comum na indústria automóvel, mas não costumam atingir valores destes.

Para além disto, a MG ofereceu condições de leasing generosas, incluindo uma promoção “dois por um” para este modelo na Alemanha.

A BYD foi outra das marcas que mostrou crescimento, o que de acordo com Julian Litzinger, analista da Dataforce, se pode justificar com o patrocínio do Campeonato Europeu de Futebol.

Qual o impacto das tarifas?

O impacto das novas de tarifas de importação, apesar de já estar em vigor, só deverá ser sentido dentro de alguns meses. Por enquanto, ainda há stocks pré-julho por escoar e foram vários os fabricantes que afirmaram que iriam manter os preços dos seus elétricos feitos na China, absorvendo este primeiro impacto.

MINI Aceman dianteira 3/4
© MINI O novo MINI Aceman é um dos modelos afetados pelas tarifas.

Recorde que as tarifas são, por enquanto, provisórias. A investigação da União Europeia (UE) das subvenções à indústria automóvel chinesa por parte do seu governo só termina em novembro. Só depois serão anunciadas as tarifas definitivas. Além disso, decorrem conversações entre as duas partes para mitigar ou até eliminar o impacto destas tarifas.

As relações entre a China e a Europa passam, assim, por um período mais tenso. O país asiático em resposta ameaçou a UE também com tarifas sobre vários produtos.

Quanto aos construtores automóveis em si, sejam chineses ou europeus, a implementação das tarifas parece ter despoletado uma «corrida» para trazer a produção de alguns desses modelos para o continente europeu.

Fonte: Bloomberg

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