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Não estão em saldos mas a Renault baixou os preços a quatro modelos

Renault Captur, Arkana, Austral e Espace agora estão mais baratos. Mas não espere 5000 euros de desconto como no Megane E-Tech.

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© Renault

Numa altura em que o preço dos automóveis novos, na generalidade, continua a subir, a Renault — pela segunda vez este ano — voltou a contrariar a tendência e desceu os preços de quase todos os seus SUV.

O quarteto de modelos Captur, Arkana, Austral, Espace ficaram inclusivamente com preços mais baixos do que em 2023. De fora ficaram apenas três modelos, o Symbioz, o Rafale e o Scenic uma vez que só agora estão a chegar a Portugal.

Recorde-se que no início deste ano a Renault já tinha decidido «esmagar» o preço do Megane E-Tech 100% elétrico, cuja versão de entrada desceu dos 38 350 euros (preço em 2023) para 32 990 euros.

Esta é a nova composição de preços da marca francesa:

ModelosPreço Anterior*Preço Atual
Captur23 870 €23 200 €
Arkana34 290 €31 290 €
Austral36 490 €34 490 €
Espace45 580 €43 580 €
*valor aproximado

Esmagar margens ou esmagar custos?

Num evento realizado no Alandroal, no Alentejo, a marca gaulesa explicou-nos de que forma conseguiu reduzir os preços dos seus modelos.

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© Thom V. Esveld / Razão Automóvel Renault Austral

De acordo com André Ferreira, diretor de operações e marketing da Renault, “este reposicionamento de preço iniciou-se há cerca de dois anos em conjunto com a nossa rede de concessionários”.

Questionado sobre se esta redução de preços teria sido motivada por uma redução das margens, André Ferreira reforçou a ideia de que foi um “trabalho conjunto, que não passa apenas pela questão das margens”.

Relembrando que houve “ganhos evidentes que a empresa está a conseguir trazer, pela especialização da eletrificação da Ampere”. “O novo Renault 5, por exemplo, é mais barato de produzir do que o Zoe em cerca de 30%. É um ganho industrial significativo e que nós queremos partilhar com os nossos clientes”.

Recorde-se que a Ampere é uma das novas unidades de negócio do Grupo Renault, inteiramente dedicada ao desenvolvimento e à produção de veículos 100% elétricos.

A Ampere já funciona de forma independente desde novembro e, segundo a Renault, terá receitas em torno dos 2,8 mil milhões de euros ainda este ano.

Reforço industrial em curso

Hugo Barbosa, diretor de comunicação, destacou também que outro dos fatores em causa é a “otimização dos recursos produzidos e as economias de escala: A plataforma CMF-B, comum ao Arkana e ao Captur, espera-se, que em 2030, tenha mais de três milhões de unidades, o que permite que os preços reflitam essa realidade”.

Esta mesma ideia também foi reforçada por José Pedro Neves, diretor geral da Renault em Portugal:

Não há segredos para ninguém, a redução passa por diminuir os custos de produção quer por efeitos de escala, quer por plataformas comuns, quer por parcerias com outras marcas da Aliança e não só.

José Pedro Neves, diretor geral da Renault

Em Portugal, a Renault está presente não só através dos seus modelos, mas também da unidade de produção em Cacia, onde são produzidos, entre outros componentes, caixas de velocidades que equipam modelos do Grupo Renault em todo o mundo.