Vendem-se mais Ferrari que Citroën na Austrália

Com mais de um século de presença na Austrália, a Citroën é a marca de automóveis com atividade contínua há mais tempo no país.

No entanto, a presença da Citroën na Austrália vai terminar, já no próximo mês de novembro. O motivo está relacionado com as vendas muito baixas que tem tido. Por exemplo, no primeiro semestre deste ano não chegaram sequer às 100 unidades.

Isso significa que se venderam menos Citroën na Austrália na primeira metade do ano do que Ferrari, de acordo com a CarExpert. Também a Maserati, a Lotus e a Bentley venderam mais que a marca francesa.

O valor de vendas mais elevado pela Citroën foi o registado em 2007, com um total de 3803 unidades matriculadas. Mas em 2021, este valor caiu para apenas 175 encomendas. Em 2023 chegou a entregar 228 carros, mas estão outra vez em queda este ano.

Aliás, a estratégia da Stellantis para a Citroën, concentrando-a nas gamas de modelos mais compactos e acessíveis, foi considerada desajustada para o mercado australiano. E foi também um dos tópicos que contribuiu para esta decisão que, segundo David Owen, o responsável pela marca na Austrália, “não foi tomada de ânimo leve”.

O universo Stellantis fica sem a Citroën na Austrália, mas há outras que permanecem: da Peugeot à Alfa Romeo, passando pela Jeep e Ram.

Clientes atuais em consideração

As encomendas de automóveis novos deixarão de estar disponíveis a partir do início de novembro, mas os 35 centros de assistência atuais vão-se manter em funcionamento.

Afinal, mantém-se em circulação muitos modelos da marca no continente australiano, pelo que será necessário continuar a assegurar a sua assistência e manutenção.

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Jornalista automóvel desde o final dos anos 90. Assistiu às grandes transformações do setor e acredita que o melhor ainda está para vir.

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