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CUPRA vai para os EUA mas plano de ataque teve de mudar

A CUPRA tem andado a expandir-se pelo mundo e agora ambiciona entrar nos EUA. Em que moldes? Saiba o que o CEO, Wayne Griffiths, tem a dizer.

Cupra Tavascan, detalhe frente
© CUPRA

Na apresentação de resultados de 2024 do Grupo Volkswagen, Oliver Blume, diretor executivo, acabou por criar, inadvertidamente, alguma controvérsia com declarações que pareciam colocar em causa a expansão da CUPRA para os Estados Unidos da América, que já tinha sido mencionada antes.

Wayne Griffiths, diretor executivo da SEAT S.A. (SEAT e CUPRA) veio «pôr os pontos no i’s» durante a apresentação dos resultados da empresa, dois dias depois.

Griffiths foi bastante claro: “Nós mantemos os nossos planos de ir para os EUA até ao final da década”. Durante a apresentação de resultados da empresa espanhola, o diretor executivo reforçou que “Oliver Blume confirmou que ir para o mercado norte-americano era o caminho certo para a CUPRA e para o Grupo”.

Cupra Terramar
© Cupra CUPRA Terramar.

O diretor executivo da SEAT S.A. desvalorizou a controvérsia sobre as declarações de Blume: “Não creio que as declarações de Oliver Blume fossem para pôr em causa a nossa expansão, mas sim um aviso para o facto de termos de ter cuidado com os nossos planos e adaptá-los à realidade”.

“O mais importante não são as tarifas, o mais importante é dar aos clientes dos EUA aquilo que eles querem.”

Wayne Griffiths, diretor executivo da SEAT S.A.

Mudança de planos?

A ideia de levar a CUPRA para os EUA não é nova, mas o plano inicial poderá sofrer ajustes. Inicialmente, o construtor espanhol pretendia simplesmente exportar os seus modelos para os EUA.

No entanto, as novas tarifas de importação impostas por Donald Trump ao Canadá, México e China levaram a empresa a repensar a sua estratégia — veremos modelos da CUPRA a serem produzidos nos EUA?

Griffiths também planeava entrar nos EUA apenas com carros 100% elétricos, mas também esses planos parecem já ter mudado: “se, atualmente, tomássemos essa decisão acho que iríamos ficar muito desiludidos. 90% do mercado norte-americano ainda é a combustão. Nós temos de ouvir os consumidores”.

“Não podemos apostar apenas num cavalo. Temos de nos manter flexíveis. Vender elétricos e a combustão. Temos muitos fatores em jogo: a regulação, o cliente e as tarifas. Não há uma solução certa.”

Wayne Griffiths, CEO da SEAT S.A.

O que já está decidido?

Apesar das incertezas, Grittiths confirmou um ponto fundamental: a CUPRA terá de produzir na região (América do Norte), o que também inclui o México.

A grande questão que se põe agora é onde exatamente será feita essa produção e quais os modelos que serão fabricados localmente.

Não é de esperar que a gama atual da CUPRA chegue ao mercado norte-americano, dado as preferências específicas deste mercado. A exceção poderia ser o Terramar ou o Tavascan que, fecham uma das extremidades da gama CUPRA.

No entanto, para a maioria das marcas nos EUA, modelos como o Terramar são o ponto de entrada nas suas gamas.

Ainda não há uma decisão final, mas o diretor executivo deixou claro que o tempo está a contar: “É difícil tomar uma decisão num mercado em constante mudança, contudo, se pretendemos expandir-nos para os EUA até 2030, vamos ter de tomar uma decisão até ao final do primeiro semestre deste ano”.

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SEAT 1400. Este foi o primeiro automóvel da marca espanhola