Autopédia Halogéneo, Xénon, LED, Laser… What the f**k?

Iluminação

Halogéneo, Xénon, LED, Laser… What the f**k?

O que são, como funcionam e quais as vantagens de cada uma destas tecnologias? Todas as respostas neste artigo.

Nas últimas décadas, muita coisa mudou na indústria automóvel, e a iluminação não esteve imune a esta revolução. As lâmpadas de halogéneo, que em tempos equipavam grande parte dos novos modelos saídos da fábrica, deram lugar a soluções tecnologicamente mais avançadas e eficientes, como as luzes xénon, LED ou até laser. No entanto, nem sempre é fácil de distinguir entre estes quatro tipos de iluminação. Comecemos pelo princípio.

Halogéneo

Se neste preciso momento olhares pela janela e escolheres um carro à sorte, ainda é bastante provável que ele esteja equipado com lâmpadas de halogéneo. Na verdade, esta solução remonta ao início do século passado, tendo durado até aos nossos dias.

Semelhantes às lâmpadas domésticas, estas lâmpadas incandescentes contêm um filamento de tungsténio dentro de uma bolha de gás (halogéneo). Nos anos 90, o revestimento dos faróis passou a ser feito em policarbonato – apesar da sua tendência para ficar baço e/ou amarelado, este material é mais leve e resistente que o vidro e permite redirecionar a luz através de refletores.

Embora não seja a solução mais eficiente hoje em dia, não é por acaso que as lâmpadas de halogéneo têm durado este tempo todo – além de ser uma solução barata e de fácil manutenção/substituição, tem uma vida útil de 500 a 1000 horas. A principal desvantagem são as perdas energéticas, maioritariamente sob forma de calor.

Xénon

Em relação às lâmpadas de halogéneo, a iluminação xénon distingue-se por produzir um brilho mais claro e intenso, que é resultado do aquecimento de uma mistura de gases, alguns presentes inclusivamente na atmosfera em pouca quantidade.

Estreado pelo BMW Série 7 em 1991, este tipo de iluminação xénon democratizou-se na indústria automóvel no início deste século, deixando de ser um opcional para fazer parte do equipamento de série em modelos de produção mais recentes. Além de ser mais duradoura (pode chegar às 2000 horas) e eficiente a nível energético, a iluminação xénon é também mais cara.

LED

Acrónimo para Light Emitting Diode, as luzes LED são o tipo de iluminação mais em voga nos dias que correm – e não só na indústria automóvel. Por duas razões principais: a elevada eficiência energética e a as dimensões reduzidas.

Por se tratarem de pequenos diodos semicondutores que emitem luz quando é aplicada tensão elétrica, as luzes LED são extremamente controláveis. É possível usá-las nos faróis dianteiros, luzes de travão, piscas, luzes de nevoeiro ou em qualquer outra parte do carro; é possível alterar a sua cor ou desenho; é também possível iluminar áreas individuais de uma forma segmentada, para não encandear o trânsito em sentido contrário, por exemplo. Enfim… o sonho de qualquer departamento de design.

Inicialmente exclusivos aos modelos de luxo, poucos são os modelos atuais que não oferecem iluminação LED como opcional – até mesmo no segmento B. Mas nem tudo é perfeito: as principais desvantagens apontadas às luzes LED são o preço e o facto de poderem produzirem calor desnecessário em torno dos componentes adjacentes.

Laser

O sonho de qualquer fã incondicional da saga Star Wars: ter um carro com luzes laser. Felizmente, aqui os feixes laser não são usados para destruir os stormtroopers nem os carros da frente, mas sim para obter uma intensidade e alcance de iluminação muito superiores às lâmpadas tradicionais. E nesta «guerra das luzes», foi a Audi que saiu vitoriosa.

A BMW foi a primeira a anunciar esta solução num modelo de produção, neste caso, o BMW i8, mas a Audi antecipou-se à marca bávara ao ter disponibilizado esta tecnologia no R8 LMX, de produção limitada.

Esta tecnologia resulta de feixes laser apontados para um conjunto de espelhos, responsáveis por reverter a direção da luz e enviá-la através de uma nuvem de gás amarelado fosforescente. Resultado: uma luz de cor branca bastante mais forte (no BMW i8 pode iluminar até uma distância de 600 metros, segundo a marca), igualmente eficiente e que reduz a fadiga visual.

A grande desvantagem é o… preço. É uma opção que pode ascender aos 10.000 euros.

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