Branded Content Híbrido plug-in ou elétrico? A escolha é mais difícil do que parece

Elétricos vs híbridos plug-in

Híbrido plug-in ou elétrico? A escolha é mais difícil do que parece

Elétrico ou híbrido plug-in, qual a tecnologia que devo escolher? Recorremos aos exemplos do BYD Seal U nas versões EV e DM-i para encontrar uma resposta.

BYD SEAL U com Guilherme costa
© Razão Automóvel

Os veículos 100% elétricos já são, em muitos casos, a escolha que faz mais sentido. No caso das empresas e ENI (empresários em nome individual), a matemática fiscal não deixa margem para muitas dúvidas — muito provavelmente o seu contabilista dirá o mesmo.

Porém, seja por uma questão de utilização, seja por uma questão fiscal, esta solução de mobilidade pode não ser a indicada. Para esses, os híbridos plug-in (PHEV) são cada vez mais uma solução de compromisso, oferecendo uma versatilidade superior aos 100% elétricos sem comprometer as vantagens da eletrificação.

Para o ajudar a escolher, colocámos estas duas tecnologias frente a frente: 100% elétrico e híbrido plug-in. Assista ao vídeo:

Para esta comparação de vantagens e desvantagens, utilizámos dois modelos da BYD. O BYD Seal U na versão 100% elétrica e o novo BYD Seal U DM-i (DualMode-Intelligence), que recorre à tecnologia híbrida plug-in.

Não olhar apenas para o preço

Híbrido plug-in ou 100% elétrico? Sabemos que provavelmente estão à espera de uma resposta definitiva, mas a verdade é que ela não existe. São muitas as variáveis em jogo, que podem alterar por completo aquilo que se considera ser a «resposta certa».

BYD SEAL U DM-I
© BYD Na versão Boost, o BYD Seal U DM-i reclama 215 cv de potência máxima combinada. Já na variante Design, graças a um segundo motor elétrico, a potência máxima combinada sobe até aos 319 cv

Como mencionámos no vídeo, há duas questões essenciais: vai comprar o seu veículo como particular ou como ENI/empresa? A sua utilização vai ser maioritariamente em trajetos urbanos ou mais longos?

Se o for a título particular, então a matemática simplifica-se. Basta olhar para os preços da gama, que arrancam nos 41 339 euros para o Seal U DM-i e nos 43 789 euros para o Seal U 100% elétrico.

É certo que a versão elétrica é 2450 euros mais cara, mas se fizerem muitos quilómetros em ambiente urbano, não fizerem longas viagens de autoestrada e tiverem condições para carregar de forma regular em casa (naturalmente, também importa negociar um contrato vantajoso com o vosso fornecedor de energia), então este valor será facilmente recuperado.

Por outro lado, se fizerem deslocações grandes regularmente e se passarem muito tempo em autoestrada, então talvez faça mais sentido optar pelo híbrido plug-in, que oferece uma maior versatilidade de utilização.

Explicamos tudo neste vídeo:

Empresas têm benefícios

Em Portugal, cerca de 80% dos automóveis novos vendidos anualmente são comprados por empresas ou empresários em nome individual. Se for o seu caso, então saiba que isso pode mudar tudo, até mesmo o preço.

Isto porque existem uma série de incentivos fiscais para as empresas que comprem automóveis elétricos ou híbridos plug-in. Ora vejamos:

No caso do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA), as empresas podem deduzir a totalidade deste imposto, desde que o valor de aquisição não exceda os 62 500 euros, no caso dos elétricos, ou os 50 000 euros, no caso dos híbridos plug-in. Além disso, é ainda possível obter a dedução total do IVA da eletricidade gasta no carregamento destes dois tipos de veículos.

No que toca à tributação autónoma, os carros 100% elétricos comprados por empresas que tenham um preço de aquisição inferior a 62 500 euros, estão totalmente isentos deste imposto. Os que tiverem um preço igual ou superior a este montante, são tributados autonomamente à taxa de 10%.

porta de carregamento com carregador
© BYD Quando equipado com a maior bateria disponível, o Seal U 100% elétrico admite velocidades de carga de até 140 kW em corrente contínua (DC). Em corrente alternada (AC) o limite está sempre nos 11 kW.

No caso dos híbridos plug-in, desde que tenham uma autonomia mínima em modo elétrico (WLTP) de 50 km e emissões de CO2 (WLTP) inferiores a 50 g/km — ambas as versões do BYD Seal U DM-i cumprem estes dois requisitos —, a taxa de tributação autónoma varia de acordo com o custo de aquisição:

  • 2,5% para viaturas com custo de aquisição inferior a 27 500 €;
  • 7,5% para viaturas com custo de aquisição igual ou superior a 27 500 € e inferior a 35 000 €;
  • 15% para viaturas com custo de aquisição igual ou superior a 35 000 €.

As duas variantes do BYD Seal U DM-i estão inseridas neste último escalão, pelo que serão taxadas com o pagamento de 15% de tributação autónoma, que mais não é do que um imposto adicional aplicado a determinadas despesas feitas por sujeitos passivos de IRC.

Mas as vantagens fiscais dos automóveis 100% elétricos comprados por empresas não se esgotam aqui. Ao contrário dos híbridos plug-in, os elétricos não pagam Imposto Único de Circulação (IUC) e estão isentos do pagamento de Imposto Sobre Veículos (ISV), ao passo que os híbridos plug-in apenas obtém uma redução de 75% — desde que tenham uma autonomia mínima em modo elétrico (WLTP) de 50 km e emissões de CO2 (WLTP) inferiores a 50 g/km.

Vamos a contas?

Dito isto, se estiver a pensar comprar um carro novo e o fizer através de uma empresa, a probabilidade do seu contabilista o aconselhar a comprar um 100% elétrico é quase total.

No caso deste BYD Seal U, com todos os benefícios fiscais em vigor, a diferença no preço de aquisição (que no caso dos particulares era a favor do híbrido plug-in) acaba mesmo por inverter-se. Se tivermos em conta a possibilidade de dedução do IVA a 100%, o Seal U 100% elétrico passa a ter preços a começar nos 33 717 euros.

Por outro lado, se a compra for a título particular, então a opção mais racional pode mesmo ser o Seal U DM-i, com tecnologia híbrida plug-in, simplesmente porque garante uma liberdade de movimentos maior aliada às vantagens da eletrificação.