Contrariando os padrões da época, Maria Teresa de Filippis, hoje com 88 anos, estreou-se na Fórmula 1 aos comandos de um Maserati 250F em 1958.
O nome Maria Teresa de Filippis diz-vos alguma coisa? Saibam que esta mulher e piloto foi uma pioneira no automobilismo mundial, e que com 22 anos já dava cartas no campeonato italiano de velocidade. Um dos campeonatos mais disputados do mundo e onde conseguiu inclusivamente sagrar-se vice-campeã.
Após algumas pedras no caminho, a emancipação da mulher começou a dar frutos e Maria Teresa de Filippis foi um pequeno embrião nessa luta pela igualdade, a Maserati convidou-a para correr na Fórmula 1 aos comandos do 250F em 1958. Disputou cinco Grandes Prémios, quatro pela Maserati e um pela Porsche.
“Eu corria apenas por prazer. Naquela época, em cada dez pilotos nove eram meus amigos. Havia, digamos, um ambiente familiar. Saímos à noite, ouvíamos música e dançávamos. Era totalmente diferente do que os pilotos hoje fazem, em que se tornaram máquinas, robôs e estão dependentes dos patrocinadores. Agora não há amigos na Fórmula 1.” | Maria Teresa de Filippis
Chegou mesmo a ser proibida de correr por ser mulher. O diretor de provas, Toto Roche, foi à conferência de imprensa mostrou uma grande fotografia da Maria Teresa e apontando para a fotografia disse: “uma jovem tão bonita como aquela não deveria usar nenhum capacete a não ser o secador do cabeleireiro.” Quando soube, Maria ficou furiosa e disse que se o visse pela frente o teria esmurrado. A sua carreira na Fórmula 1 terminou 1959, logrando um honroso 10º lugar como melhor resultado.
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Maria Teresa de Filippis: a primeira piloto de Fórmula 1
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