Clássicos Parece que foi ontem mas estes 10 automóveis já são clássicos

Veículos de Interesse Histórico

Parece que foi ontem mas estes 10 automóveis já são clássicos

Trinta anos é a idade mínima exigida em Portugal para registar um veículo de interesse histórico. Estes são os novos clássicos de 1994.

Volkswagen Polo - traseira
© Volkswagen

Nós sabemos, o tempo passa a correr. Ainda parece que foi ontem que assistimos ao lançamento de alguns dos modelos que constam desta lista. E alguns destes automóveis, agora clássicos, ainda são uma presença relativamente comum nas nossas estradas.

A nossa proposta é recuarmos até 1994. Ano em que a Sony lançou a primeira PlayStation, em que a gasolina custava apenas 0,77 cêntimos — menos de 1€ ajustando este valor à inflação — e em que o mundo assistiu à despedida de Ayrton Senna.

O que pretendemos é recordar alguns automóveis que este ano já podem ser certificados como veículo de interesse histórico. De acordo com a lei portuguesa, além de outros critérios (originalidade e bom estado geral, etc), 30 anos é a idade mínima para um veículo receber esta certificação.

Alguns podem ser um bom investimento, outros podem ser apenas uma boa recordação para ter na garagem.

Alfa Romeo 145

Os anos 90 foram uma «era dourada» para os hatchback. Não havia nenhuma marca que não apostasse «forte e feio» neste segmento. Por isso, a Alfa Romeo decidiu tentar fazer «bonito» e lançou o modelo 145. A plataforma era partilhada com o Fiat Tipo mas o estilo… o estilo era muito próprio.

Alfa Romeo 145 - Foto de conjunto
© Alfa Romeo

Volvidos trinta anos desde o lançamento do Alfa Romeo 145, se virem alguma unidade em bom estado e com poucos quilómetros, guardem-na, ou então liguem para nós.

Audi A4, A8 e RS2

A história da Audi é longa, mas as suas linhas mais importantes começaram a ser escritas apenas nos anos 80, graças às muitas conquistas na competição.

Por isso, os anos 90 foram dedicados a capitalizar esse reconhecimento em vendas e a colocar todo o know-how ao serviço dos clientes. Finalmente, em 1994, assistimos ao nascimento da Audi tal como a conhecemos hoje: uma marca premium cujos valores estão fundados na tecnologia.

Foi neste ano que nasceu o Audi A8 — o primeiro Audi de produção com carroçaria em alumínio; a primeira geração do A4, que foi um verdadeiro sucesso de vendas; e a toda poderosa RS2, na época, a carrinha mais desportiva do mundo.

Três modelos muito importantes, que, nas condições certas, podem ser interessantes para alguns colecionadores. Exceptuando a Audi RS2, que é sempre interessante, independentemente das maldades que tenha sofrido.

BMW Série 7 (E38)

Há precisamente 30 anos nascia aquela que é considerada uma das gerações mais elegantes e consensuais da história do BMW Série 7, o E38.

BMW Série 7 - frente
© BMW

Naquela época, era este o porta-estandarte da marca de Munique e nem o James Bond resistiu à sua elegância. Hoje, esse estatuto foi entregue ao gigante, pesado e polémico BMW XM.

É um testemunho «mecânico» de uma época em que a BMW apresentou alguns dos seus modelos mais aclamados de sempre. Parece que o tempo não passou por ele.

Fiat Cinquecento Sport

O Fiat Cinquecento Sport foi a «última bolacha do pacote». Embora este modelo tenha sido lançado em 1991, tivemos de esperar até 1994 para conhecer a sua versão desportiva.

Ao seu serviço tinha um motor 1.1 FIRE que desenvolvia 54 cv de potência — temos um artigo muito completo sobre esta família de motores que revolucionou a indústria — que, aliado a um peso muito baixo, fazia deste pequeno «foguete» uma delícia nos momentos de condução mais animada.

Em Portugal, chamava-se Cinquecento Sport, mas no resto do mundo o nome era outro. Uma história interessante, que mete futebol ao barulho e que nós já contámos aqui na Razão Automóvel.

Infelizmente, encontrar uma unidade em bom estado e digna do nome «clássico» é cada vez mais difícil. Afinal de contas, já passaram 30 anos.

Opel Tigra

Tinha tudo para ter sido um desportivo memorável mas faltava-lhe uma gama de motores, um chassis e umas suspensões à altura do desafio. Ou seja, faltava quase tudo ao Opel Tigra.

Opel Tigra

Só não faltava um design tão marcante que quase fazia esquecer todos estes detalhes herdados do competente Opel Corsa. Sim, porque o Opel Tigra era precisamente isso: um Corsa com um fato mais bonito. E com mais probabilidade de se tornar um clássico.

Range Rover (P38)

Após 24 anos em produção, o Range Rover original, que terminou a sua carreira comercial com a designação Classic, deu lugar a uma segunda geração em setembro de 1994.

Este, foi um modelo que rapidamente ganhou uma legião de fãs devido ao seu design e conforto de rolamento, e que, com a mesma velocidade, também os perdeu. Equipado com um motor de origem BMW, o P38 veio a revelar-se um modelo dispendioso de manter.

Range Rover P38 - 3/4 de frente
© Land Rover

Os valores deste modelo no mercado de usados refletem esses mesmos custos de utilização elevados. É importante dizer também que, entretanto, se encontraram soluções para alguns desses problemas, nomeadamente de suspensão. Nunca subestimem a capacidade de improvisação de um apaixonado pelo seu Land Rover

Renault Laguna

Já passaram 30 anos desde que o Renault Laguna surgiu no mercado, pelo que, tecnicamente, as primeiras unidades já podem ser registadas como clássicos ou de interesse histórico.

Renault Laguna - 3/4 de frente
© Renault

O seu design claramente «anos 90» e o elevado número de unidades ainda em circulação, tornam difícil olhar para ele como um clássico, mas sendo um capítulo tão importante na história da marca francesa, uma unidade em bom estado tem o seu interesse.

Skoda Felicia

Sim, um Skoda Felicia. Garanto-vos que, se encontrem uma unidade deste modelo em ótimo estado, original e com poucos quilómetros, vão sair de qualquer entidade certificadora de veículos de interesse histórico com um «carimbo verde».

Skoda Felicia Fun - 3/4 de frente
© Skoda

Quando foi lançado, em 1994, era aborrecido. Volvidos 30 anos continua a ser aborrecido, mas ganhou outro encanto. Hoje, olhamos para ele como o primeiro testemunho da presença da Volkswagen nesta histórica marca checa, que, nos anos 70, com menos recursos, chegou a fazer frente a marcas como a Porsche nos campeonatos de ralis e de turismo.

Talvez para sacudir algum desse «aborrecimento» da carroçaria, surgiu mais tarde uma Skoda Felicia Fun, uma simpática pick-up de cor amarela (ou cinza) que conquistou a simpatia de muitos consumidores.

Toyota RAV4

Podemos dizer que foi aqui que começou a «febre dos SUV». O Toyota RAV4 foi o percursor dos SUV modernos. Tinha tração integral para enfrentar saídas do asfalto, uma plataforma sobrelevada e um bom comportamento em estrada.

Toyota RAV4 - lateral
© Toyota

Os preços já não são tão interessantes como há uns anos, e o interesse por este modelo — cuja fiabilidade continua a ser um ponto a favor — continua a fazer os valores subir. As versões de três portas são as mais procuradas e o design passou bem a prova do tempo.

Volkswagen Polo (MK3)

Apresentada no verão de 1994, a terceira geração do popular Volkswagen Polo foi produzida na Europa durante oito anos. Uma das grandes novidades foi a estreia de uma carroçaria de cinco portas.

Volkswagen Polo Harlekin - 3/4 de frente
© Volkswagen

Em 1995, a Volkswagen apresentou uma versão muito especial do Polo, limitada a apenas 3000 unidades e que se tornou num verdadeiro clássico por ser tão diferente das restantes. Era designada por Harlekin e identificava-se pelas cores diferentes nos diversos painéis de carroçaria e portas.

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Pode encontrar a resposta aqui:

Encontrámos o AUDI A8 ASF de 1993. Ainda hoje surpreende