Crónicas Escolher um carro novo para o nosso pai não é fácil

Dia do Pai

Escolher um carro novo para o nosso pai não é fácil

Os nossos pais não caminham para novos e os carros novos estão cada vez mais complexos. Um problema para meditarmos neste Dia do Pai.

O Dia do Pai é muito propício às recordações de infância. As viagens no banco do meio, as tardes passadas na garagem ou aquelas lições de condução sem carta à revelia do chefe da casa: as nossas mães, claro. Mas à medida que avançamos na idade (e os nossos pais também…), juntam-se ao horizonte da nostalgia preocupações com o horizonte do futuro.

Os nossos pais estão a envelhecer e os carros novos estão a tornar-se cada vez mais complexos. Mais seguros, sem dúvida, mas menos acessíveis e até algo intimidantes de serem conduzidos. Sistemas multimédia sofisticados, comandos digitais sensíveis ao toque, e até mesmo funcionalidades básicas ocultas atrás de menus intermináveis são agora o «novo normal».

Renault Clio 2023 ecrã multimédia central
© Renault

A simplicidade que caracterizava o automóvel tradicional, aquele carro que era intuitivo e facilmente compreendido pelos nossos pais, parece cada vez mais distante. Quando pensávamos num carro para os nossos pais, imaginávamos conforto, fiabilidade e segurança. Hoje, temos de acrescentar outro requisito essencial: a acessibilidade tecnológica.

O Dia do Pai é uma excelente oportunidade para refletirmos sobre esta questão. Estará a indústria automóvel preparada para construir veículos mais intuitivos, acessíveis e realmente pensados para quem não nasceu na era digital?

Para já, acenam-nos com a promessa da condução autónoma. Que, para já, é isso mesmo: uma promessa que tem vindo a ser adiada. Talvez, neste Dia do Pai, seja altura de voltarmos a considerar a simplicidade como uma verdadeira inovação. Este é um tema ao qual vamos regressar, seguramente.