Crónicas Antigamente é que era bom? Conduzi o novo Mercedes-AMG GT 63

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Antigamente é que era bom? Conduzi o novo Mercedes-AMG GT 63

Durante uma tarde, conduzi o novo Mercedes-AMG GT 63 em condições muito difíceis. Aquilo que fizemos juntos não seria possível há uns anos.

Há carros que ocupam um lugar especial no nosso coração e, quando temos sorte, também na nossa garagem. Carros que pela sua história, impacto no mercado ou resultados desportivos são inquestionáveis.

Tudo isso é verdade, mas também é inquestionável que os automóveis modernos continuam, ano após anos, a subir a fasquia. O nível de engenharia está tão elevado que o resultado final radica em modelos como este Mercedes-AMG GT 63 com 585 cv de potência.

Uma potência que há uns anos colocava um regimento do exército em sentido, hoje, em 2024, permite brincadeiras a mais de 160 km/h junto à margem do Rio Tejo:

Vitória do binómio homem-máquina

Curvas apertadas, ganchos, mudanças bruscas de direção, asfalto de várias qualidades (e às vezes sem qualidade nenhuma…) e muitos buracos. Foi este o cenário deste meu encontro com o Mercedes-AMG GT 63.

Mercedes-AMG GT 2024 Lisnave
© Razão Automóvel O nosso contacto decorreu nos antigos estaleiros da Lisnave, em Almada. Aproveitámos a pista improvisada para os clientes do concessionário C Santos VP e levámos a nossa equipa.

Dificilmente podíamos encontrar um cenário mais desafiante para conduzir um «monstro» com 4,7 m de comprimento, quase dois metros de largura e 1970 kg de peso. Mas como explico no vídeo, o tal «monstro» foi domesticado pela tecnologia. É uma clara vitória do binómio homem-máquina.

Hoje estes níveis de potência são controláveis. Estão acessíveis a quase todos os condutores — não exigindo dotes de piloto profissional para tentar explorar os limites do carro. E quando queremos emoções ainda mais fortes, basta desligarmos todas as ajudas eletrónicas. Nesse caso é melhor calçarem as luvas e agarrarem-se bem ao volante…

Mercedes-AMG GT 2024 frente
© Razão Automóvel O Mercedes-AMG GT mudou de forma substancial nesta nova geração (C192). Ganhou tração integral, um eixo traseiro direcional, suspensões mais evoluídas e um chassis ainda mais rígido.

O estado de arte da indústria automóvel

Haverá sempre quem diga que antigamente é que era bom — e neste particular todas as opiniões são válidas —, mas, sem beliscar o valor de os carros de outrora, nunca se fizeram carros assim. Foi isso que tentei explicar ao longo destes 16 minutos de vídeo onde torturei os pneus do AMG GT «sem dó nem piedade».

Mais do que um teste a este Mercedes-AMG GT 63, este foi um teste ao estado de arte da indústria automóvel. Num modelo que tanto pode ir até ao Estoril fazer um track day, como rumar em direção ao Algarve para um fim de semana de férias.

Mercedes-AMG GT 2024
© Razão Automóvel Há vinte anos, quantos superdesportivos com quase 600 cv permitiam esta polivalência?

Brevemente vamos encontrar-nos novamente com o Mercedes-AMG GT 63 para um teste mais profundo, para apurar aspetos mais mundanos como os consumos e aprofundar mais as novidades no interior.

O nosso agradecimento à C Santos VP pela cedência desta unidade e a Motorsponsor pelo apoio logístico que permitiu um contacto que seria impossível na via pública. Para a Razão Automóvel é sempre um motivo de orgulho voltar a um local onde já fomos felizes.