Mais de 8000 km «a fundo!» no Nürburgring. Os desportivos da Audi sofrem…

Que o Nürburgring é o grande centro de testes das principais marcas europeias (e não só), é mais que sabido. O que alguns muitos poderão não saber é que, ao contrário do que alguns vídeo publicitários possam dar a entender, os testes aos modelos de pré-produção não são encarados de animo leve, antes pelo contrário.

Em entrevista à Motor Authority, o chefe de desenvolvimento de produto da Audi Sport, Stephan Reil, falou sobre o processo de desenvolvimento dos modelos RS da «marca dos anéis».

“Nascido em pista, construído para a estrada”

Como todos os modelos da Audi, as versões RS são alvo de uma bateria de testes de durabilidade. Mas ao contrário dos modelos da gama A (A3, A5, …) e até mesmo da gama S (S3, S5, …), os testes em pista às versões RS assumem uma importância redobrada. E é precisamente no Nürburgring Nordschliefe que os engenheiros da Audi põem à prova todos os componentes: suspensão, travões, direção, transmissão, pneus, etc.

“Há uma clara separação na gama Audi. Temos os modelos de base, como o A4 ou o A5, os modelos S, mais performantes e com ligeiros pormenores estéticos, e depois há os modelos RS, que representam o máximo que é possível alcançar em cada segmento em termos de performance longitudinal e dinâmica de condução”.

Stephan Reil revela que um dos testes mais duros é mesmo o teste de durabilidade – mais de 8000 km ao longo do traçado do “Inferno Verde”, por vezes com pilotos de competição ao volante. Só estes testes podem durar duas a três semanas, até porque são realizados seguindo parâmetros rigorosos – nada pode falhar. O teste final cabe ao clientes e à imprensa especializada.

Hugo Espírito Santo

Adora conduzir, principalmente nas longas road trips de verão, onde não pode faltar aquele CD dos White Stripes.

Audi, Nürburgring