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Os futuros Alfa Romeo Quadrifoglio acabaram de ficar mais interessantes

A eletrificação vai fazer parte do futuro da Alfa Romeo, mas será que isso inclui as versões mais desportivas decoradas com o Quadrifoglio?

Alfa Romeo Giulia Quadrifoglio
© Alfa Romeo

O futuro da Alfa Romeo sofreu recentemente uma reviravolta, com os planos de eletrificação total já em 2027 a serem descartados. A eletrificação da marca continua a estar nos planos, é certo, mas nos próximos anos não será a 100%.

Mas… e as emblemáticas versões Quadrifoglio, com o trevo de quatro folhas, o que lhes vai acontecer? Cristiano Fiorio, responsável pelo marketing da marca, acabou por responder a isso mesmo, em entrevista à britânica Car Magazine.

Para Fiorio, um Alfa Romeo Quadrifoglio deve continuar a “rugir”. Para ele, não faz sentido um modelo com estas características, sem a sonoridade e a emoção de um motor de combustão.

Alfa Romeo Giulia Quadrifoglio 100 Anniversario frente
© Alfa Romeo Alfa Romeo Giulia Quadrifoglio, ao fim destes anos todos, continua a estar entre os melhores.

“Pessoalmente, não vejo um Quadrifoglio elétrico. Vejo um Quadrifoglio que tem o som de um motor real. Isto hoje. Talvez daqui a cinco anos as coisas mudem. Mas hoje, o Quadrifoglio para mim — para nós — devia ser alguma coisa com um rugido”.

Cristiano Fiorio, diretor de marketing da Alfa Romeo

Cristiano Fiorio reforçou que este é um desejo expresso pelos fãs — os clientes — e que a marca pretende responder a essa procura.

Esse futuro inclui o 2.9 V6 biturbo?

Essa é a pergunta do milhão de euros, que Cristiano Fiorio não chegou a confirmar à Car Magazine. Este motor, com origem na Ferrari, continua a ser uma das principais razões de atração do Giulia e Stelvio Quadrifoglio. E com o suavizar da Euro 7, já tinha sido sugerido pelo ex-CEO da marca, Jean-Phillipe Imparato, que o V6 tinha mais anos de vida pela frente.

Por isso, manter o motor V6 de 2,9 litros em futuros modelos como o Giulia e o Stelvio não está fora de hipótese. Mas há outro candidato para motorizar a próxima geração de Alfa Romeo Quadrifoglio: o seis cilindros em linha biturbo que já equipa alguns Jeep e o Dodge Charger. Designado de Hurricane (Furacão), tem 3,0 l de capacidade e a sua versão mais potente chega, atualmente, perto dos 550 cv.

Uma coisa parece certa, os futuros Quadrifoglio vão ter, pelo menos, seis cilindros: “(…) não vejo dois, três, quatro cilindros. Não sei. Talvez seja mais fácil com seis cilindros”, afirmou Fiorio. Certamente a experiência da AMG com o C 63 — híbrido plug-in com quatro cilindros —, tenha alertado a navegação.

protótipo testes Alfa Romeo Stelvio
Fotos-espia

Primeiras imagens do novo Alfa Romeo Stelvio e há boas notícias

O novo Alfa Romeo Stelvio só chegará ao mercado em 2026 e, ao contrário do inicialmente planeado, não será exclusivamente elétrico.

Fernando Gomes

Independentemente da escolha, a plataforma STLA Large, que vai servir de base aos sucessores dos Stelvio e Giulia, permite múltiplas soluções mecânicas. Segundo Fiorio, será possível integrar motores térmicos sem grandes limitações técnicas.

“A plataforma foi desenvolvida para ser multi-energias. Por isso, não há problemas em adaptar a plataforma para qualquer tipo de motor. Foi desenvolvida para não ficar limitada apenas à eletrificação. Não há problema nenhum.”

Cristiano Fiorio, diretor de marketing da Alfa Romeo

Menos tecnologia, mais prazer de condução

Além do motor, Fiorio mostrou-se crítico da complexidade dos carros atuais. Na sua visão, a nova geração do Giulia e do Stelvio deverá oferecer uma condução mais pura, com menos distrações.

“Hoje os carros têm demasiada tecnologia”, disse. “Quando serve para salvar vidas, faz sentido. Mas um Alfa deve ser feito para conduzir, não para ver filmes ou jogar.”

Alfa Romeo Stelvio Quadrifoglio, traseira 3/4
© Thom V. Esveld / Razão Automóvel O Alfa Romeo Stelvio Quadrifoglio foi a versão mais potente do SUV da marca de Arese e terá um sucessor no próximo ano.

A marca leva-nos assim a acreditar que o foco se mantém no prazer de condução e Fiorio confirma, ao referir que os novos modelos devem responder aos desejos do condutor de forma intuitiva e direta.

Com estas declarações, a Alfa Romeo reafirma o seu compromisso com a tradição e a emoção ao volante, que sempre caracterizaram os seus modelos ao longo de décadas. E para os alfisti, são excelentes notícias.