Este é o sucessor do Lexus LFA e o som não podia ser mais diferente

Mencionar o Lexus LFA é apontar diretamente ao coração dos petrolheads que no instante seguinte vão recordar os sons divinais emitidos pelo seu V10 naturalmente aspirado.

Desde que o último dos 500 LFA saiu da linha de produção em 2012, muito se tem especulado sobre quando a Lexus nos arrebataria novamente com um supercarro. E a primeira resposta foi dada em 2022 com a revelação do Toyota GR GT3 Concept.

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Sim, ostenta o símbolo da Toyota e não da Lexus, mas como agora sabemos, este coupé de proporções dramáticas com motor dianteiro e tração traseira é o ponto de partida para um sucessor — mais espiritual que direto — do seminal LFA.

O nome do protótipo diz tudo: a última criação da Gazoo Racing tem como destino as pistas e campeonatos como o WEC (resistência) na classe GT3. E, por isso, sabemos que teria de estar nos planos um desportivo «a sério» da terra do sol nascente: os GT3 derivam obrigatoriamente de carros de produção.

E é precisamente isso que podemos ver nas fotos-espia que ilustram este artigo, tiradas no circuito alemão do Nürburgring e imediações:

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Começar pelo fim

A abordagem a este projeto, no entanto, é a contrária do esperado: ao invés de começarem pelo carro de estrada começaram pelo carro de competição. E faz muito sentido. Basta recordar o Maserati MC12 ou o último Ford GT para perceber os benefícios que isso pode trazer em circuito e traduzir-se em muitas vitórias.

O que faz do sucessor do Lexus LFA uma máquina digna dos melhores especiais de homologação, o que o torna bastante distinto do antecessor.

Os fãs do LFA vão-me recordar de que o supercarro começou por se estrear em circuito antes de chegar à estrada. É verdade. O LFA participou nas 24 Horas de Nürburgring em 2008, 2009 e 2010 e só depois chegou a versão de produção.

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Só que o LFA não foi concebido de raíz para competir em nenhum campeonato ou categoria. Foi concebido para ser primeiro um carro de estrada, só depois um de competição. O seu sucessor vai seguir o caminho oposto.

Não há V10 estridente, mas há um V8 de voz grave

Afinal, o que podemos esperar do sucessor (espiritual) do Lexus LFA? Primeiro, o nome não será LFA, obviamente. Não sabemos ainda que nome terá, mas LFR é o que tem sido mais badalado — teremos de aguardar pela confirmação oficial.

Apresentação

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De resto, não são conhecidos muitos detalhes, mas as proporções gerais, a fazer lembrar um Mercedes-AMG SLS, deixam muitas pistas. O capô é longo o suficiente para ter dois códigos postais e o condutor está sentado praticamente em cima do eixo traseiro.

Isto deixa adivinhar um motor dianteiro colocado na posição mais recuada possível por debaixo do longo capô. Não só para conseguir a melhor distribuição de pesos possível, como também um baixo momento polar de inércia e centro de gravidade.

Lamento informar, mas o motor em si não será um glorioso V10 naturalmente aspirado. Apesar de ainda não haver nenhum anúncio oficial, o som dos protótipos em Nürburgring não deixam muitas margens para dúvidas: é um V8.

Depois da desilusão sonora que foi ouvir o abafado V6 biturbo do Ferrari F80, o som do sucessor do Lexus LFA parece o trovejar dos deuses. Um rugido grave e profundo que, esperemos, não seja muito abafado pelos regulamentos anti-ruído.

Outra quase certeza é de que será híbrido. Não sabemos ainda em que moldes, mas o V8 deverá ter algum tipo de assistência elétrica. O que é certo que estes protótipos de teste já foram vistos e ouvidos a arrancar em silêncio e só momentos depois é que se começa a ouvir o motor de combustão.

Potência ou qualquer dado de performance? Não sabemos.

Gerir o ar

De resto, o que sobressai é o aparato aerodinâmico e as múltiplas entradas e saídas de ar para efeitos de refrigeração.

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Os protótipos de teste ainda parecem estar algo longe da versão final de produção: os retrovisores, as janelas laterais, até as saídas de escape ou parecem ter saído do carro de competição (já visto em testes na Bélgica), ou parecem ser apenas uma solução temporária.

Também já foram vistas duas asas traseiras fixas distintas. Apesar de, mesmo com camuflagem, percebermos que o sucessor do Lexus LFA obedecerá a códigos visuais distintos, há uma característica que nos remete de imediato para este. A presença de dois radiadores traseiros que são vistos através das saídas de ar por debaixo das óticas.

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Quando chega?

Ainda não há datas concretas, mas segundo consta, o carro de competição será estreado nas 24 Horas de Daytona em 2026.

O que nos indica que o sucessor do Lexus LFA poderá ser conhecido uns meses antes, no final de 2025.

Fernando Gomes

Entrou no universo dos automóveis através do design, hoje expressa a sua paixão pelo automóvel na escrita.

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