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Vai mesmo acontecer. Novo Porsche Boxster será 100% elétrico

Nada menos do que uma revolução é o que reserva a próxima geração dos Porsche 718 Boxster e 718 Cayman que serão apenas e só elétricos.

fotos-espia Porsche 718 Boxster elétrico
© Razão Automóvel

A Porsche não vai esperar por 2035 (o ano que a UE impôs uma redução de 100% das emissões de CO2 para os automóveis novos) para lançar o seu primeiro desportivo 100% elétrico.

Será já em 2025 que iremos conhecer o sucessor elétrico (nome de código 983) dos atuais 718 Boxster e 718 Cayman (982), com a revelação a acontecer ainda, muito provavelmente, este ano.

© Razão Automóvel

Os protótipos de desenvolvimento já estão em testes dinâmicos, como pode ver nas fotos-espia deste artigo, que mostram o futuro Boxster elétrico nos habituais testes de inverno.

Para mais, o protótipo «apanhado» pelas objetivas apresenta menos camuflagem do que outros vistos antes, deixando ver as óticas dianteiras definitivas — com a assinatura típica de quatro pontos de luz —, e a barra luminosa que se estende por toda a traseira.

Visualmente, é de esperar uma grande proximidade ao protótipo Mission R, revelado em 2021. Relembramos que a Porsche anunciou o Mission R como um potencial futuro para a Porsche Cup, mas atendendo à sua forma e silhueta, era impossível não ver neste o sucessor dos 718 Boxster e 718 Cayman.

Além de deixar ver as óticas, a natureza da sua cadeia cinemática elétrica é reforçada pela ausência de saídas de escape, assim como pela ausência das entradas de ar que marcam as laterais dos 718 atuais a combustão. Sendo elétrico, as necessidades de refrigeração são outras e bem menores.

Próximo do novo Macan

Ainda não são conhecidos muitos detalhes deste inédito par de desportivos elétricos da Porsche. Contudo, os alemães da Auto Motor und Sport avançam que serão tecnicamente próximos do novo Macan — também exclusivamente elétrico — e do Audi Q6 e-tron.

Isto significa que na sua base está a plataforma PPE (Premium Platform Electric), que terá de ser extensivamente modificada ou só será aproveitada em partes. Afinal, terá de ser bastante encurtada e a posição da bateria totalmente distinta.

Ao invés de ficar no chão da plataforma, por baixo dos passageiros, a bateria vai ficar posicionada nas «costas» destes, entre o eixo traseiro e o habitáculo, no mesmo local onde está o motor de combustão nos 718 atuais, o que terá reflexo nas suas características dinâmicas.

© Razão Automóvel Proporções idênticas às dos 718 Boxster e 718 Cayman a combustão, só que no lugar do motor estará a bateria.

Esta solução tem, desde logo, duas vantagens: primeiro permite uma posição de condução baixa, como se quer num desportivo; segundo, a distribuição de pesos ficará muito próxima da dos 718 a combustão.

A distribuição de pesos até poderá ser semelhante às dos 718 com motor boxer, mas o mesmo não deverá acontecer com o peso destes desportivos elétricos. Novamente, de acordo com a publicação alemã, estima-se que os futuros Boxster e Cayman elétricos rondem os 1600 kg, quase 200 kg mais que a geração atual.

A diferença é substancial, mas não é colossal, o que deixa supor que a capacidade da bateria também não venha a ser «gigante»: tudo indica que a autonomia seja de 400 km. E tal como acontece com o Macan, a arquitetura elétrica será de 800 V, prometendo carregamentos superrápidos.

Um ou dois motores elétricos?

O Porsche Mission R foi apresentado com dois motores elétricos, capazes de entregar até perto de 1100 cv — esperem números mais modestos no futuro Boxster e Cayman elétrico.

Os rumores divergem quanto aos valores de potência — vão dos 400 cv a perto de 700 cv —, havendo mais certezas sobre a configuração mecânica.

Como já vimos no Taycan, espera-se uma versão de entrada com apenas um motor traseiro e uma versão de topo com dois motores, com o segundo a ser montado sobre o eixo dianteiro. Serão, assim, os primeiros Boxster e Cayman com tração às quatro rodas.

Por fim, a chegada de um Boxster e Cayman elétrico não significa o fim imediato dos equivalentes a combustão. Prevê-se que se mantenham simultaneamente em comercialização durante algum tempo.

Porém, esse era também o plano para o Macan, mas a sua incompatibilidade com as regras de cibersegurança, levou à sua saída prematura do mercado europeu.