No futuro da Mercedes-Benz não há lugar para carrinhas nem para muitos coupés

A Mercedes-Benz tem atualmente um dos catálogos de modelos mais vastos da indústria, mas isso vai mudar durante esta década: a maioria das carrinhas e coupés vão desaparecer.

Recorde-se que já no ano passado a marca da estrela tinha revelado o seu plano estratégico a longo prazo, que entre outras coisas envolvia uma redução significativa do portfólio de produtos da marca.

Nessa altura não foram revelados os modelos que estavam em risco, mas agora sabe-se que os tipos de carroçaria que vão sofrer mais perdas são os coupés (SUV incluídos), as carrinhas e os descapotáveis.

A informação está a ser avançada pela Car and Driver que detalha os planos da marca com sede em Estugarda para os próximos anos, onde cita um membro sénior da equipa de estratégia da Mercedes-Benz: “(…) simplesmente não precisamos de carrinhas ou modelos de duas portas de baixa performance comercial para aumentar os volumes”.

“Os elementos mais essenciais dos carros de luxo sustentáveis atuais são o espaço e o tempo… Essa é a nossa prioridade número um — não outro estilo de carroçaria extravagante, um modelo que só funciona na Europa ou uma última tentativa num segmento que está a morrer”, acrescentou o referido membro da equipa de estratégia da Mercedes-Benz.

Menos de metade dos tipos de carroçaria

Contas feitas, “dos 33 tipos de carroçaria que a Mercedes-Benz oferece atualmente na Europa e nos Estados Unidos da América, apenas 14 vão sobreviver”, refere a publicação norte-americana.

Como já aqui noticiámos (sempre suportados por fotos-espia), as variantes Coupé e Cabrio dos Classe C e Classe E vão desaparecer e dar lugar a um só modelo, o CLE.

Este modelo, que pode ser visto como uma alternativa ao BMW Série 4 vai assentar na plataforma do atual Classe C, terá versões Coupé e Cabriolet e deve ser apresentado no decorrer deste ano.

Já as berlinas «coupé» — como o CLS ou o AMG GT 4 Portas — devem desaparecer até 2025, sendo que os «SUV-Coupé», como o GLE Coupé ou o GLC Coupé, vão receber ainda uma nova geração nos próximos anos, mas será a última (permanecem na gama até 2030 ou pouco mais).

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Por fim, as carrinhas, que devem deixar de fazer parte do catálogo europeu da marca até ao final da década. A carrinha Classe C hoje à venda deverá ser a última; depois de 2028, o novo Classe C não deverá contemplar esta carroçaria.

O mesmo deverá acontecer com a Classe E Station — já apanhada em fotos-espia —, cuja nova geração vai ser apresentada este ano, mas que não terá sucessão quando a sua carreira terminar algures em 2030.

Quanto à próxima geração da carrinha CLA, deverá estrear-se em 2025 e será também a última «Shooting Brake» da Mercedes-Benz na Europa.

AMG e Maybach cada vez mais importantes

Apesar dos «cortes» que o portfólio da Mercedes-Benz vai sofrer nos próximos anos, já existem várias novidades alinhadas, a começar logo num novo SUV, denominado GLG — vai posicionar-se acima do GLE — que deve chegar ao mercado em 2026 e que deverá ser exclusivamente elétrico.

A juntar a isso a Mercedes-AMG vai apresentar este ano o novo GT (coupé), que terá como base o novo SL que já conhecemos — também já visto em testes.

E por falar em SL, em 2026 deve ser conhecida a nova geração deste modelo, um novo AMG GT e um novo coupé de quatro portas, todos eles elétricos.

Quanto à Maybach, existem rumores de que um dos próximos modelos terá por base a… Classe V, criando assim um dos monovolumes mais luxuosos e sofisticados do planeta.

E ainda falta a Mythos…

Contudo, uma das maiores apostas da marca da estrela dá pelo nome de Mythos e trata-se de uma nova submarca, como é a Maybach, a G ou a AMG.

A gama da Mythos será formada exclusivamente por versões especiais e limitadas dos modelos da marca da estrela, que já confirmou que as criações da Mythos “serão exclusivas para os entusiastas e colecionadores mais dedicados” da marca.

Fonte: Car and Driver

Miguel Dias

Futebol e automóveis, duas paixões que o perseguem. Começou por trabalhar na primeira mas acabou a perceber que aquilo que o fazia mesmo feliz era a segunda.

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