Adeus EQS. No seu lugar teremos um Mercedes-Benz Classe S 100% elétrico

Os rumores têm sido muitos sobre o futuro das duas berlinas de topo da Mercedes-Benz: o histórico e paradigmático Classe S e o visionário EQS.

Agora há mais certezas graças às declarações de Ola Källenius, diretor-executivo da Mercedes-Benz, à Autocar. O responsável máximo do construtor alemão revelou que Classe S e EQS irão fundir-se num modelo só no final da década, significando o fim do EQS como modelo independente.

Isto é uma reversão total do que se avançava há vários anos: a segunda geração do EQS, prevista mais para o final da década, deveria tomar o lugar do Classe S a combustão. Agora sabe-se que vai existir não só um Classe S 100% elétrico, como o Classe S a combustão irá conhecer uma nova (e oitava) geração.

Um Classe S com duas plataformas distintas

No entanto, ao contrário do que vemos na arquirrival BMW, onde o Série 7 (combustão) e i7 (elétrico) assentam sobre a mesma plataforma, o futuro Classe S terá plataformas distintas para os dois tipos de motorização.

O Classe S a combustão/híbrido assentará sobre uma evolução da plataforma MRA2 da geração atual (W 223), enquanto o Classe S elétrico assentará sobre uma nova plataforma dedicada para elétricos, a MB.EA Large.

Esta irá substituir a plataforma EVA atual, que serve de base ao EQS, EQE e os SUV correspondentes. Há uns meses tinha sido avançado que o desenvolvimento da MB.EA tinha sido cancelado, à luz das vendas desapontantes destes modelos elétricos. No seu lugar teríamos uma evolução da EVA, de modo a reduzir os avultados investimentos.

Porém, recentemente, Ola Källenius veio a público afirmar precisamente o oposto: “Já estamos atualmente a planear (novos modelos) com a MB.EA Large”. A nova plataforma implica um investimento entre quatro a seis mil milhões de euros.

Apesar das plataformas distintas, os futuros Mercedes-Benz Classe S, a combustão e elétrico, terão um desenho idêntico ou muito similar. Um pouco à imagem do que a Mini fez com os novos Cooper: praticamente iguais por fora e por dentro, mas plataformas distintas para os Cooper a combustão e elétrico.

Renovação antes da nova geração

Ainda teremos de esperar por 2030 para conhecermos a nova geração do Mercedes-Benz Classe S. Antes disso, a berlina de topo irá receber uma importante atualização em 2026. E apesar do fim anunciado do EQS, a berlina elétrica também irá receber uma atualização profunda em 2025.

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99% dos proprietários do Classe G têm um problema fácil de resolver

Que todos os problemas tivessem uma solução tão simples: muita lama, muitas pedras e vários cruzamentos de eixos. Chama-se G-Class Experience Center.

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Ambos os modelos têm passado por grandes dificuldades comerciais: mesmo o «inabalável» Classe S teve uma quebra de vendas de 37% no primeiro trimestre deste ano. A queda é acentuada o suficiente para a Mercedes-Benz ter decidido reduzir a um turno a produção do Classe S na Factory 56, em Sindelfingen (Alemanha) — algo que nunca tinha acontecido desde que a fábrica abriu. O EQS também é produzido na Factory 56.

A renovação do Classe S é mais necessária que nunca, porém, irá chegar dois anos mais tarde que o previsto — deveria acontecer ainda este ano ou no início do próximo. Isto acontece devido à decisão de prolongar a carreira comercial do Classe S atual por mais alguns anos.

Este prolongamento da carreira está a acontecer em muitos mais modelos a combustão de outros construtores, devido não só à introdução da Euro 7 adiada para 2027-28, como ao abrandamento da procura por elétricos.

O que justifica também a decisão da Mercedes-Benz em abrir os cordões à bolsa para reforçar o investimento nos motores de combustão. O que vai prolongar a vida útil destes para as profundezas da próxima década.

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Mercedes vai aumentar investimento nos motores de combustão

Ola Källenius, CEO da Mercedes, admite “vamos investir mais do que tínhamos previsto” nos motores de combustão. Metas ambientais mantêm-se.

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“Os nossos motores estarão sempre a um nível tecnologicamente elevado. De outra forma, acabaríamos por estrangular abruptamente o nosso negócio de motores de combustão em 2027/28”.

Ola Källenius, CEO da Mercedes-Benz

As maiores novidades estarão reservadas, no entanto, para o EQS, que nunca conheceu a recepção comercial esperada. Apesar de ter sido atualizado este ano, em 2025 veremos um EQS com uma cadeia cinemática muito mais avançada que a atual.

A arquitetura elétrica passará de 400 V para 800 V, o que irá permitir tempos de carregamento muito mais rápidos. Também vai receber novos motores elétricos (eATS2.0) e uma nova transmissão que vai adotar uma caixa com duas relações (atualmente tem uma). Por fim, também a química da bateria de 118 kWh será revista.

Fonte: Autocar

Fernando Gomes

Entrou no universo dos automóveis através do design, hoje expressa a sua paixão pelo automóvel na escrita.

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