Celica, MR2 e GR GT3. Futuro da Toyota será tudo menos aborrecido

Lembra-se de quando, em janeiro de 2017, Akio Toyoda declarou que a Toyota iria deixar de produzir carros aborrecidos? Bem, desde então ganhámos máquinas como o GR Supra ou o GR Yaris e agora estamos prestes a conhecer uma nova geração de Toyota desportivos.

Nesta espécie de espinha dorsal de desenvolvimento, destacam-se dois nomes bem conhecidos do mundo automóvel e da história da marca: Celica e MR2. Mas há uma novidade grande que, por enquanto, só é conhecida como GR GT3. Em comum, todos vão ter a assinatura da Gazoo Racing no seu desenvolvimento.

Celica e MR2

Um novo GR Celica está mais do que confirmado e com o nome já registado — prevê-se que chegue ao mercado já em 2026.

Além deste, há também um desportivo de dois lugares com motor central traseiro que, seguindo a tradição, poderá receber a designação MR2.

Apesar de não haver confirmação oficial, tudo indica que ambos os desportivos da Toyota serão equipados com o novo motor turbo de quatro cilindros, associado a um sistema elétrico (híbrido), atualmente em desenvolvimento pelo construtor.

Este novo motor da Toyota estará disponível com duas capacidades — 1,5 l e 2,0 l —, podendo alcançar no dois litros (designado por G20E) 400 cv nos modelos de estrada e 600 cv nos de competição.

Usados

Usados Toyota

O mercado de usados inclui mais de 300 propostas da histórica marca nipónica. Entre elas, encontramos alguns modelos mais desportivos.

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No GR Celica, este novo motor estará instalado sob o capô dianteiro; no eventual GR MR2 — que deverá chegar em 2027-28 —, atrás dos dois ocupantes.

O vislumbre mais recente que tivemos deste motor foi num GR Yaris, mas posicionado atrás dos assentos dianteiros (!) — tem de conhecer o GR Yaris M Concept —, ainda associado ao sistema de tração integral.

O posicionamento central traseiro do motor neste GR Yaris «mula de testes» é a maior pista de que também veremos este motor no futuro GR MR2. O que poderá fazer deste desportivo uma proposta muito mais ambiciosa em performance que qualquer outra geração do MR2.

Toyota, Lexus ou GR?

Se os desportivos Celica e o MR2 já geram muito interesse, a Toyota Gazoo Racing ambiciona ainda mais alto com o GR GT3. Revelado em 2022 como Toyota GR GT3 Concept, mais recentemente vimos protótipos de teste — tanto para estrada como competição —, em vários circuitos, incluindo o Nürburgring.

Tudo aponta para que esteja equipado com um motor V8 biturbo, que fará parte de um sistema híbrido. É uma ideia confirmada pelos fotógrafos-espiões, ao referir que os protótipos deste modelo arrancam em silêncio e só ligam o motor de combustão uns metros depois.

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Os rumores mais recentes afirmam que a produção poderá arrancar tão cedo como no próximo verão, e que a potência deste supercarro japonês chegue aos 900 cv (!). Ao que consta, primeiro vamos conhecer a versão de competição — para participar nos campeonatos de resistência em 2026 —, e só depois a versão de estrada.

Mas a grande dúvida que permanece continua a ser sobre a marca deste supercarro. Pode ter sido revelado como Toyota GR GT3, mas há fortes indicações que chegará ao mercado como Lexus LFR — foi assim que o identificámos no artigo dedicado a este modelo —, ocupando o lugar que pertencia ao LFA.

O rumor mais intrigante é que não será nem Toyota nem Lexus, mas poderá ser o primeiro modelo independente da marca GR (Gazoo Racing).

Certo, certo é que este supercarro, assim como o Celica e o MR2 — e está prevista ainda uma nova geração do Supra para 2027 —, vão de encontro às promessas de Akio Toyoda em 2017: chega de carros aborrecidos.

O que podemos afirmar é que estes três automóveis entram diretamente para a nossa lista dos carros mais aguardados para conduzir nos próximos anos.

O que já é certo é que nenhum destes modelos será aborrecido, tal como prometido por Akio Toyoda. Além disso, são três automóveis que entram diretamente para a nossa lista dos carros mais aguardados para conduzir nos próximos anos.

André Mendes

Jornalista automóvel desde o final dos anos 90. Assistiu às grandes transformações do setor e acredita que o melhor ainda está para vir.

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