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Apresentação

Aston Martin Valhalla finalmente apresentado e com muito mais potência

A Aston Martin diz que o Valhalla é um "carro de estreias". Descubra quais são e conheça todos os números, que são maiores que o anunciado.

Aston Martin Valhalla - 3/4 de frente
© Aston Martin

Se excluirmos o Valkyrie — desenvolvido para oferecer o máximo desempenho em pista, mas com autorização para circular em estrada —, o novo Aston Martin Valhalla representa a entrada da marca de Gaydon num novo formato.

Até agora, todos os modelos da Aston Martin (além do Valkyrie) tinham o motor à frente do habitáculo, independentemente do seu tamanho. Mas no Valhalla, este passa para trás dos assentos, numa posição central traseira.

Além disso, faz parte de um sistema híbrido plug-in, sendo o primeiro Aston Martin do género. O Valhalla é, por isso e como a marca diz, um “carro de estreias”: da motorização híbrida plug-in, à posição do motor e à linguagem de estilo.

Os números

Com uma dose maciça de ideias e tecnologias desenvolvidas na Fórmula 1, este grupo propulsor inclui o V8 biturbo a gasolina de 4,0 l, que vem da AMG. Aqui desenvolve 828 cv de potência, e três motores elétricos (dois de fluxo axial na frente e um integrado na caixa atrás), que adicionam 251 cv.

Em conjunto, o rendimento máximo do sistema é de 1079 cv e 1100 Nm de binário — bem mais que os 950 cv e 1000 Nm originalmente anunciados em 2021.

Valores que, com a ajuda de uma caixa de velocidades automática de dupla embraiagem e oito relações, e um diferencial eletrónico no eixo posterior, conseguem levar o Aston Martin Valhalla dos 0 aos 100 km/h em 2,5s.

A velocidade máxima anunciada é de 350 km/h e é eletronicamente limitada. Uma vez que se trata de um sistema híbrido plug-in, não foi dispensada a possibilidade de circular com o motor de combustão desligado e consegue-o fazer durante 14 km, usando apenas os motores dianteiros, podendo atingir os 140 km/h.

Desempenho dinâmico

O Valhalla é construído à volta de uma monocoque em fibra de carbono, concebida pela Aston Martin Performance Technologies (AMPT) — a consultora da equipa de Fórmula 1 —, com subestruturas em alumínio à frente e atrás. Solução que contribui para uma elevada rigidez estrutural e um peso a seco de 1655 kg.

Para manter o Valhalla «colado» ao asfalto, a Aston Martin não se coibiu de ir buscar soluções à Fórmula 1, como a suspensão dianteira do tipo push rod, com amortecedores e molas montados inboard. Para a suspensão traseira foi adotada uma solução multibraços de cinco apoios.

Em ambos os casos estão presentes amortecedores adaptativos DTX desenvolvidos pela Bilstein, capazes de controlar os movimentos da carroçaria eficazmente durante uma sessão em pista, mas também de oferecer um bom nível de conforto para as deslocações mais convencionais.

Aston Martin Valhalla - jante e sistema de travagem
© Aston Martin

O sistema de travagem brake-by-wire permite um doseamento mais controlado do tato do pedal e inclui discos de carbono da Brembo com 410 mm de diâmetro à frente e 390 mm atrás.

A cereja no topo do bolo para a o desempenho dinâmico do Aston Martin Valhallla é a presença do evoluído sistema de vetorização de binário — estreado no DB12 —, capaz de atuar de forma independente nas quatro rodas, com a ajuda dos motores elétricos dianteiros e do diferencial eletrónico (E-diff) traseiro.

Para terminar, resta falar na aerodinâmica ativa do Valhalla, capaz de gerar mais de 600 kg de força descendente (downforce) a partir dos 240 km/h (mantém o valor a partir desta velocidade). Em função da velocidade, as asas dianteiras e traseiras vão ajustando o seu ângulo, oferecendo a melhor combinação entre desempenho e eficiência aerodinâmica.

O elemento mais visível é, talvez, a enorme asa traseira ativa, que, em Race Mode, se eleva 255 mm e também pode ser usada como travão aerodinâmico.

Embrulho cativante

Por último, aquilo que vemos em primeiro lugar, a estética do Aston Martin Valhalla. A marca britânica optou por muitos dos detalhes que já tinha estreado com o Vakyrie, mas usados de forma menos extrema. Ainda assim, isso não quer dizer que o Valhalla seja muito pior aerodinamicamente.

É, sem dúvida, muito mais elegante e capaz de satisfazer mais clientes, também pela sua utilização mais prática. O habitáculo está posicionado mais à frente do que o habitual num Aston Martin, uma vez que inverteu posições com o motor e, por isso, a secção dianteira é também mais baixa, curta e aerodinâmica.

Para um pouco mais de teatralidade, as portas apresentam um sistema de abertura diédrica e claro que não a fibra de carbono é o material de eleição, que inclui todos os painéis da carroçaria, que podem (ou não) ter este elemento exposto. A bordo, acontece o mesmo, sendo que a imagem mais minimalista também inclui uma posição de condução ao jeito de um Fórmula 1.

Produção limitada

A produção do Aston Martin Valhalla vai ser limitada, mas não tanto como a de um Valkyrie — a marca refere mesmo a “produção em série”.

Ainda assim, a marca anuncia um máximo de 999 unidades, com o início da produção previsto para o segundo trimestre de 2025 e as entregas para segundo semestre do próximo ano. Os preços ainda não foram anunciados.