BYD Seal. O rival chinês do Tesla Model 3 que está a caminho de Portugal

A BYD começa a dar os primeiros passos na Europa, mas não será de «mansinho». A marca chinesa prepara uma enorme ofensiva 100% elétrica e acaba de adicionar mais dois modelos aos três que já conhecíamos: o Dolphin (o mais acessível) e o Seal que damos agora a conhecer.

Antes destes dois novos modelos já tinha revelado o SUV compacto Atto 3 — que já testámos —, a berlina Han e o SUV médio Tang.

O BYD Seal é uma berlina elétrica de quatro portas para o segmento das berlinas executivas médias — onde reside, por exemplo, o Tesla Model 3 —, de linhas muito aerodinâmicas (C_x 0,219) com 4,8 m de comprimento. É mais pequeno que o Han, que atinge os cinco metros de comprimento.

Linhas fluídas “como as ondas do oceano”

A nova berlina da BYD apresenta-se com uma silhueta muito fluída e esguia, indo ao encontro do conceito Ocean Aesthetic (Estética Oceânica), que se inspira nas ondas do oceano, como indica o alemão Wolfgang Egger, que lidera a equipa de design da BYD (ex-chefe de design da Alfa Romeo, SEAT, Audi Group e Grupo Volkswagen).

O nome Seal também nos «transporta» para estes temas marinhos, já que é a palavra inglesa para… foca.

O motivo ondulante pode também ser observado no interior do BYD Seal, ainda que contraste com os retilíneos e proeminentes ecrãs no habitáculo. Sobretudo o central, de 15,6″, que tem a particularidade de poder alternar entre uma posição horizontal ou vertical.

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É através deste monitor que poderemos ter acesso às mais variadas configurações do BYD Seal, mas também a funções como o Apple CarPlay ou Android Auto. O outro ecrã, com uma diagonal de 10,25″ serve de painel de instrumentos.

Destaque ainda para os assentos dianteiros de desenho desportivo, de formato bastante envolvente. Estes podem incluir diversas regulações elétricas, aquecimento e ventilação.

Na consola central, há duas zonas destinadas ao carregamento de smartphones, sem fios. E para os mais audiófilos, a BYD ainda incluiu um sistema de som da Dynaudio com 12 altifalantes.

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BYD Seal usa a bateria como parte da estrutura

Saltando para a cadeia cinemática elétrica do Seal, este contará com duas opções. Uma inclui um motor elétrico de 230 kW (313 cv) posicionado sobre o eixo traseiro (tração traseira). A outra adiciona um motor elétrico sobre o eixo dianteiro, elevando a potência combinada até aos 390 kW (530 cv), e dando tração integral à berlina.

Em comum às duas opções está a bateria Blade de fosfato de ferro-lítio (LFP), concebida e produzida pela própria BYD. Apresenta-se com uma capacidade de 82 kWh, permitindo uma autonomia máxima de até 570 km no Seal de tração traseira e 520 km no de tração integral.

Na hora de carregar, temos acesso a carregamentos rápidos (DC) com uma potência máxima de 150 kW. Segundo a BYD, será o suficiente para ver a bateria passar dos 30% para os 80% em apenas 26 minutos. Em corrente alternada (AC), a potência de carga é de 11 kW.

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A grande novidade ao nível da bateria, contudo, é a estreia na marca da tecnologia Cell-to-Body (CTB). Sucintamente, isto significa que a bateria do Seal também é uma parte integrante da estrutura do carro.

Ao recorrer a esta solução, a BYD afirma que consegue aumentar o volume do sistema de baterias em 66% e melhorar a sua densidade energética em 10%. Mas há mais vantagens.

A tecnologia CTB contribui para a elevada rigidez torcional de todo o conjunto (40 500 Nm/grau) e permite ganhar preciosos centímetros na oferta de espaço no habitáculo. Por exemplo, esta solução permitiu baixar a linha de tejadilho do Seal em 10 mm, sem prejudicar o espaço disponível a bordo.

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Quando chega?

A BYD, sigla para “Build Your Dreams”, chegará às estradas portuguesas muito em breve, com o Seal previsto para o segundo semestre. Os preços serão divulgados em data mais próxima ao seu lançamento.

A BYD terá quatro espaços de venda, dois no norte do país e os outros dois no distrito de Lisboa.

André Mendes

Jornalista automóvel desde o final dos anos 90. Assistiu às grandes transformações do setor e acredita que o melhor ainda está para vir.

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