Notícias 499P é a «arma» da Ferrari para conquistar Le Mans

Apresentação

499P é a «arma» da Ferrari para conquistar Le Mans

A estreia em competição do Ferrari 499P está marcada para as "1000 Milhas de Sebring". A prova disputa-se em março de 2023.

Ferrari 499P, vista dianteira 3/4

A Ferrari levantou finalmente o «pano» do seu novo Hypercar com que quer reconquistar as 24 Horas de Le Mans: o Ferrari 499P.

Criado de acordo com os regulamentos da categoria LMH, o 499P foi totalmente desenvolvido pela Ferrari, tirando partido do know-how da marca italiana no mundo da competição.

Em destaque para lá do aparato aerodinâmico? O motor de combustão que o equipa, uma derivação do 3.0 V6 biturbo que equipa o 296 GT3.

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O V6 a 120º é usado como um elemento estrutural do chassis e ao motor está associado uma caixa sequencial de sete relações. Como os outros LMP, o 499P é também híbrido, com a máquina elétrica a ser composta por um motor de 200 kW (272 cv) e uma bateria de 900 V.

Cada eixo é individualmente motorizado: o motor de combustão move as rodas traseiras enquanto o motor dianteiro move apenas as dianteiras. A potência máxima combinada, definida pelos regulamentos, fixa-se nos 500 kW (680 cv)

Honrar o passado

Com o 499P e como seria de esperar, a Ferrari mantém a tradição de designar os seus protótipos destinados às provas de resistência com um valor numérico que representa a cubicagem unitária do motor, “499” cm3 por cilindro, seguido da letra “P”, de protótipo.

Contudo, não é só a designação do 499P que evoca o passado da Ferrari. A sua pintura vermelha e amarela inspira-se na usada pelo Ferrari 312 P (também conhecido como 312 PB), o último protótipo com que a Ferrari correu oficialmente nas 24 Horas de Le Mans, em 1973.

Ainda no capítulo visual, na dianteira do Ferrari 499P destacam-se os faróis LED muito finos bem como o splitter XXL em fibra de carbono.

Na lateral o 499P adota soluções bem mais simples que as usadas pelo monolugar de Fórmula 1, enquanto na traseira é a enorme asa traseira e a «barbatana de tubarão» que a ela se liga que captam mais atenções.

Original de «fio a pavio»

Como referimos, no desenvolvimento do 499P a Ferrari seguiu a máxima do «orgulhosamente só», devido à opção da casa de Maranello pela categoria LMH e não LMDh — tal como vimos, por exemplo, na Peugeot, com o 9X8.

Segundo Antonello Coletta, diretor da Ferrari Attività Sportive, a Ferrari apostou na classe LMH “porque é importante para a Ferrari produzir todo o automóvel e todas as peças (…) A Ferrari é uma construtora, a fabricante do carro”.

Ferrari 499P interior

Quanto à decisão de regressar à categoria máxima das provas de resistência, Coletta afirmou: “Decidimos voltar aos protótipos quando as regras nos deram a hipótese de fazer todo o carro. O 499P é um manifesto das tecnologias da Ferrari”.

Recorde-se que as equipas que competem na categoria LMDh, como a Porsche, recorrem a um de quatro chassis — Multimatic, Dallara, Oreca ou Ligier —, um sistema híbrido da Williams Advanced Engineering e da Bosch e uma caixa de velocidades da Xtrac.

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