Há uma nova marca em Portugal. Chama-se KGM e não vem da China

Os tempos mudaram e há cada vez mais marcas a chegar ao nosso mercado. Depois de uma onda de marcas chinesas, a mais recente a chegar a Portugal vem da Coreia do Sul, é vizinha da Hyundai e da Kia e chama-se KGM.

Apesar de ainda ser um nome desconhecido para a grande maioria dos portugueses, a KGM — que chega ao mercado nacional pelas mãos da Astara Portugal — tem na sua origem uma marca que muitos ainda recordam, a Ssangyong.

A Ssangyong, que chegou a vender-se em Portugal, entrou em insolvência e, no final de 2022, foi absorvida pelo KG Group, que pouco tempo depois a rebatizou como KGM ou KG Mobility.

A estreia da KGM no nosso país aconteceu este verão, com uma gama formada por cinco modelos (ou seis, se considerarmos a versão elétrica do Torres como um modelo independente), que se dividem em apenas dois tipos de carroçarias: pick-up e SUV.

E sem prejuízo dos SUV, o primeiro cavalo de batalha da KGM em Portugal será o segmento das pick-up.

Aposta nas pick-up

Distribuída pela rede de concessionários da Mitsubishi no nosso país, a KGM quer capitalizar o facto de a L200 já não ser comercializada na Europa (devido às normas anti-poluição). Por isso mesmo, aposta na pick-up Musso, que terá um papel de destaque na gama da marca para o mercado português.

Até porque em Portugal, o mercado das pick-up tem estado muito estável ao longo dos últimos anos, representando, de forma consistente, cerca de 3000 vendas anuais.

Disponível apenas com carroçaria de cabine dupla e com possibilidade de contar com 5 ou 3 lugares (para aceder aos benefícios fiscais), a KGM Musso terá versões mais orientadas para o lazer, denominadas Raider, e propostas mais focadas no trabalho, denominadas Grand.

Estas últimas destacam-se por suportar até 1085 kg de carga e por contarem com uma caixa com 1,61 metros de comprimento. Um número muito interessante para uma pick-up com cabine dupla. Nas versões Raider, a caixa de carga é ligeiramente mais curta, com apenas 1,30m.

Comum a todas as versões da Musso é o motor Diesel de 2,2 litros de capacidade, que entrega 202 cv de potência. Quando associado a uma caixa manual de seis velocidades, o binário máximo fica em 400 Nm. Com a caixa automática (também de seis relações) sobe para os 440 Nm.

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Quanto aos preços para a pick-up KGM Musso, arrancam nos 39 500 euros (30 081 euros sem IVA) da versão Grand com três lugares e nos 43 500 euros (32 927 euros sem IVA) da variante Raider equivalente.

Já as propostas de cinco lugares começam nos 46 300 euros para as Musso Grand e nos 50 300 euros para as Musso Raider.

Torres é a estrela

A estrela da companhia no lançamento da KGM é o Torres, que é o único modelo eletrificado da gama, por enquanto. Além de uma versão com motor a gasolina (1.5 turbo com 163 cv e 280 Nm), também tem uma 100% elétrica, denominada Torres EVX.

O KGM Torres EVX é animado por um motor elétrico com 152 kW (207 cv) e 339 Nm de binário, alimentado por uma bateria LFP — fornecida pela BYD — com 73,4 kWh de capacidade. A autonomia anunciada é de 460 km em ciclo combinado WLTP.

Esta bateria admite carregamentos de até 120 kW em corrente contínua (DC) e de até 11 kW em corrente alternada (AC). À velocidade máxima de carregamento é possível passar dos 0 aos 80% de carga em 37 minutos.

Todos os modelos da KGM em Portugal têm garantia de 5 anos ou 100 000 quilómetros. No caso do Torres EVX, a marca resolveu estendê-la para 7 anos ou 150 000 quilómetros, sendo que a garantia da bateria é ainda maior: 10 anos ou 1 milhão de quilómetros.

O Torres, que paga Classe 1 nas portagens com dispositivo de Via Verde, tem preços a começar nos 37 500 euros para a versão a gasolina e nos 45 900 euros para a variante 100% elétrica, denominada EVX.

SUV para todos os gostos

Além do Torres, que está inserido entre os segmentos C e D, a KGM tem mais três SUV disponíveis em Portugal: Tivoli (B-SUV), Korando (C-SUV) e Rexton (D-SUV). Este último partilha o chassis e as motorizações com a pick-up Musso e destaca-se por poder oferecer sete lugares a bordo.

O Rexton tem preços que começam nos 58 900 euros e beneficia de Classe 1 nas portagens quando equipado com o dispositivo da Via Verde.

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Na extremidade oposta está o Tivoli, que é o modelo mais compacto e acessível da KGM. Com 4,22 metros de comprimento, surge posicionado no segmento B, abaixo do Korando, que mede 4,45 metros.

Ambos partilham um único motor 1.5 turbo a gasolina, que pode ter vários níveis de potência: 135 cv (Tivoli) ou 149 cv (Korando), quando associado a uma caixa manual de seis velocidades. Com a automática de seis relações, disponível em opção, a potência sobe para os 163 cv em ambos os modelos.

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Os preços do KGM Tivoli iniciam-se nos 25 950 euros, ao passo que os do Korando arrancam nos 30 450 euros.

SUV coupé híbrido em 2025

Na apresentação que fez à imprensa nacional, a KGM já levantou o véu sobre o que está para vir e confirmou três novos modelos 100% elétricos para os próximos anos, entre eles, uma outra pick-up.

Contudo, o lançamento mais aguardado vai acontecer já em 2025, com a chegada do KGM Actyon, um SUV coupé que irá contar com um sistema híbrido e, mais tarde, com uma variante híbrida plug-in.

Quanto às ambições de vendas para o mercado nacional, a KGM já traçou um objetivo para os próximos três anos: para 2024 a meta é vender, pelo menos, 350 unidades; em 2025 a vontade é superar as 1500; em 2026 a marca quer chegar aos 2500 exemplares.

Miguel Dias

Futebol e automóveis, duas paixões que o perseguem. Começou por trabalhar na primeira mas acabou a perceber que aquilo que o fazia mesmo feliz era a segunda.

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