Novos Cooper e Countryman 2024. MINI aposta (quase) tudo nos elétricos

Já sabemos que em 2030 a MINI será uma marca de automóveis 100% elétrica, pelo que os novos Cooper e Countryman que aqui mostramos deverão ser os últimos modelos que ainda usarão tanto motores a gasolina como só elétricos.

São, por isso, um passo importante nesse caminho até à circulação sem emissões, que a marca aponta para 50% de vendas de elétricos já tão cedo como 2027.

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Pode ser totalmente novo, mas o MINI Cooper continua a parecer-se com um… MINI. O rosto é marcado pelas tradicionais óticas redondas e pela nova grelha octogonal (substitui a hexagonal) e, tal como a carroçaria no seu todo, os faróis deixam de ter molduras cromadas.

Os elementos iconográficos do design são, portanto, mantidos, assim como as proporções das carroçarias.

Countryman deu um «salto»

No entanto, as proporções do MINI Cooper cresceram, e muito mais no caso do Countryman, a sua terceira geração: nada menos do que 13,6 cm em comprimento (para 4,43 m), 2,1 cm em largura (1,843 m) e 6 cm em altura (1,656 m).

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A superior altura torna ainda mais meritório o trabalho feito na aerodinâmica do novo Countryman, que consegue reduzir o C_x de 0,31 para 0,26; no caso do Cooper, essa diminuição foi menos significativa, de 0,29 para 0,28.

Entre outros recursos, as pegas das portas estão à face dos painéis da carroçaria e os painéis laterais foram desenhados com o mínimo de saliências ou reentrâncias para reduzir a turbulência em torno destes dois modelos (e gerar um visual mais limpo).

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Na traseira, as óticas passam também a estar montadas à face da carroçaria e, como não podia deixar de ser, subsistem as possibilidades de tejadilhos de cores diferenciadas da restante carroçaria.

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Revolução no interior

A sensação que dá quando entramos no novo MINI é a que temos quando entramos num quarto geralmente desarrumado e que alguém arrumou com a máxima dedicação.

Além do espaço físico adicional, há menos elementos apensos ao painel de bordo e consola central, o que permite uma maior liberdade de movimentos e até, de certa maneira, mais paz de espírito.

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A mesma filosofia minimalista foi usada para desenvolver o novo painel de bordo, onde apenas existe um mostrador redondo ao centro (com 240 mm de diâmetro) e um painel estreito de comandos por baixo — tal como no modelo original criado por Alec Issigonis, em 1959.

Isso significa que deixou de haver instrumentação atrás do volante, ainda que seja possível especificar um head-up display. Estranhamente e considerando toda a sofisticação tecnológica presente, continua a usar de lâmina em vez de projetá-la no para-brisas (sistema disponível em várias marcas generalistas e não premium como a MINI).

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Foram usados revestimentos têxteis e iluminação no painel em ambos os modelos, estando a principal diferença entre os dois nas saídas de ventilação: horizontais no Cooper e verticais no Countryman.

O novo sistema operativo 9 tem aqui a sua estreia e permite atualizações remotas (OTA), dados em tempo real sobre o trânsito (os mapas ficam guardados na “nuvem”) ou sobre a distância e ocupação dos pontos de carregamento próximos, no caso dos MINI elétricos.

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Permite também o acesso a uma loja de aplicações, onde existem jogos ou reprodutores de streaming de vídeo, entre outros, sendo compatível com Android Auto e Apple CarPlay, sem necessidade de fios.

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Maiores por fora, maiores por dentro

A marca inglesa nas mãos do Grupo BMW realça o incremento do espaço na segunda fila de bancos do Countryman, anunciando mais 3 cm de largura à frente e 2,5 cm atrás.

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A bagageira tem uma capacidade de 460 l na posição intermédia da segunda fila de bancos, muito similar ao que o anterior Countryman oferecia.

Percebe-se, assim, que grande parte do aumento do comprimento exterior foi usado para fazer crescer o comprimento do habitáculo, isto apesar da distância entre eixos só ter aumentado em 2,2 cm (2,69 m).

A bagageira do mais pequeno Cooper permite o rebatimento das costas em duas partes assimétricas, podendo o seu volume ser ampliado de 200 l até um máximo de 800 l (no antecessor esses valores eram de, respetivamente, 211 l e 731 l).

Countryman também como 100% elétrico

Sobre os motores de combustão ainda pouco se sabe, apenas que continuarão a existir nos próximos anos, tanto a gasolina (“C”) como a gasóleo (“D”). A MINI preferiu, por agora, concentrar as atenções sobre as motorizações elétricas “E” e “SE”, das quais já se sabia praticamente tudo:

• Cooper E — 130 kW (184 cv) e 290 Nm, 0-100 km/h em 7,3s, bateria de 40,7 kWh e 350 km de autonomia;
• Cooper SE — 160 kW (218 cv) e 330 Nm, 0-100 km/h em 6,7s, bateria de 54,2 kWh e 402 km de autonomia.

Ambos melhoram consideravelmente a autonomia do MINI elétrico que conhecíamos, que era de 233 km, consequência da bateria de apenas 32,6 kWh.

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Também o inédito Countryman 100% elétrico vai estar disponível como “E” e “SE” — até agora a eletrificação no SUV compacto só ia até à versão híbrida plug-in.

• Countryman E — 150 kW (204 cv) e 250 Nm, 0-100 km/h em 8,6s, bateria de 66,5 kWh e autonomia de 462 km;
• Countryman SE ALL4 — 230 kW (313 cv) e 494 Nm, 0-100 km/h em 5,6s, bateria de 66,5 kWh e autonomia de 433 km.

A designação ALL4 no Countryman SE indica a presença de tração às quatro rodas, contando com dois motores elétricos (um por eixo).

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À procura da condução como um kart

Um dos desafios da MINI será o de assegurar que os futuros modelos elétricos, sobretudo o Cooper, conseguem aproximar-se da eficácia de comportamento pela qual a marca é mundialmente famosa.

O baixo centro de gravidade ajudará a estabilidade, permitindo que as molas e amortecedores tenham uma regulação mais suave, visando uma razoável capacidade de absorção de maus pisos.

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Redação

O facto de o diâmetro dos pneus ter aumentado para 635 mm não só torna o visual mais desportivo como tem como objetivo favorecer a resposta dinâmica.

O mesmo se pode dizer em relação aos pneus montados nas jantes opcionais de 17″ e de 18” cuja largura superior (respetivamente em 10 mm e 20 mm para 205 mm e 225 mm). Tudo para alcançar a sensação de condução de um kart, que a marca britânica tanto preza.

Quando chegam?

A revelação pública dos novos MINI vai acontecer no Salão de Munique, a partir de 5 de setembro. As vendas começam ainda em 2023, havendo já preços para o mercado alemão. E há boas notícias.

O MINI Cooper E terá um preço na Alemanha a começar nos 32 900 euros, 4900 euros a menos que o MINI elétrico atual.

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O que nos leva a ter a esperança de que em Portugal algo semelhante possa suceder — os preços atualmente começam nos 38 580 euros, sendo admissível que o novo Cooper E possa vir a ficar abaixo dos 35 mil euros, dependendo da especificação.

O MINI Cooper SE vai custar na Alemanha a partir de 36 600 euros, enquanto o Countryman E vê os preços arrancarem nos 43 500 euros.

Joaquim Oliveira

Com mais de 30 anos de carreira, Joaquim Oliveira é um dos mais reputados jornalistas do setor automóvel. Colabora com a Razão Automóvel desde 2019.

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