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Há um novo motor a hidrogénio para competição e não é da Toyota

Este novo motor de combustão a hidrogénio tem como destino os desportos motorizados. Os primeiros números já são conhecidos.

Motor a hidrogénio
© AVL Racetech

O motor de combustão pode ser parte da solução e não do problema para um futuro mais «verde». Para isso terá de prescindir da dieta de combustíveis fósseis por outra com combustíveis mais amigos do ambiente. Entre eles temos os biocombustíveis, combustíveis sintéticos ou o hidrogénio.

E quando falamos de motores de combustão a hidrogénio, temos de falar obrigatoriamente da Toyota. O construtor japonês tem estado na linha da frente a este nível e não se coibiu de testar os seus motores no cenário mais exigente de todos: a competição.

Brevemente deverá deixar de ser o único. Da Áustria tomámos recentemente conhecimento de um novo protótipo de motor de combustão a hidrogénio também destinado à competição, da AVL Racetech.

© AVL Racetech

O seu diretor, Ellen Lohr, tem como objetivo o de “liderar os desportos motorizados em direção a um futuro sustentável”. E este novo motor a hidrogénio de alta performance é “mais um passo para alcançar essa visão”, concluiu.

Mais de 400 cv

O motor apresenta-se com quatro cilindros em linha, 2,0 l de capacidade e é turbocomprimido. Potência não lhe falta.

A AVL Racetech anuncia uma potência específica de 205 cv/l, o que se traduz em 410 cv de potência máxima às 6500 rpm e 500 Nm de binário disponíveis entre as 3000 rpm e 4000 rpm.

Números em linha com o de motores a combustão a gasolina, algo que nem sempre se revelou fácil de alcançar com motores a hidrogénio, devido à própria natureza do combustível.

© AVL Racetech

Para conseguir estes números, a AVL Racetech recorreu a tecnologias como a injeção de água. Esta é injetada em spray nos coletores de admissão de ar de modo a prevenir a ignição prematura ou auto-detonação.

O que também permitiu que a mistura ar-combustível seja estequiométrica, considerada a ideal. A necessidade de ar é assim inferior relativamente a uma mistura ar-combustível pobre e é colmatada por uma válvula wastegate no turbocompressor concebida especificamente para este propósito.

Que futuro?

A AVL Racetech já efetuou várias simulações que demonstraram uma “correlação excelente com os resultados no banco de ensaio”. O próximo passo é colocar este motor a hidrogénio num carro e ir para a pista mostrar o que vale.

Será uma fase crucial, pois dos resultados desses testes «ao vivo e a cores» depende também o interesse de construtores em avançar para a produção deste motor a hidrogénio.