Faz mais de 100 km «elétricos» e ainda tem Diesel. Este é o novo Skoda Kodiaq

Depois de uma longa campanha de teasers, a Skoda revelou finalmente ao mundo o novo Kodiaq, que estreia uma inédita versão híbrida plug-in com uma autonomia em modo elétrico superior a 100 quilómetros.

Apresentado em 2016, o Kodiaq já rendeu quase 850 000 unidades vendidas à Skoda, que agora espera reproduzir este sucesso na segunda geração do modelo, que promete ser mais espaçosa, mais equipada e mais eficiente.

A primeira coisa que reparamos de imediato, quando olhamos para a segunda geração do Kodiaq, é que a Skoda não quis fazer um corte radical com aquilo que já conhecíamos deste modelo. Isto é, no lugar de apresentar uma nova geração com traços totalmente distintos, a marca checa optou por evoluir o desenho do Kodiaq original.

Por isso mesmo, e ao contrário do que vem sendo tendência na indústria, o Skoda Kodiaq resistiu à moda dos SUV Coupé e continua a apostar numa carroçaria SUV tradicional.

Mas existem novidades. A começar logo na dianteira, marcada pela nova assinatura luminosa da marca checa, denominada TOP LED Matrix, e pela grelha frontal de grandes dimensões, com uma barra de luz horizontal (opcional), com 14 elementos. Isto já para não falar da tomada de ar inferior, no para-choques, que é agora bastante mais larga.

De perfil, o que mais salta à vista são as cavas das rodas pronunciadas e mais robustas, que combinam na perfeição com as proteções do para-choques traseiro, que apresenta um difusor de ar mais largo.

Já na traseira, além do pilar C, que agora pode ter um acabamento cromado ou preto, o maior destaque vai para a assinatura luminosa, que agora se estende por toda a largura do modelo.

O resultado é uma proposta com um design mais robusto e impactante, mas que ainda assim declara melhorias ao nível da eficiência aerodinâmica: o Kodiaq anuncia um coeficiente aerodinâmico de 0,282 Cx, contra os 0,312 da primeira geração.

Alguém pediu mais espaço?

Se há coisa que nunca ninguém apontou ao Kodiaq foi falta de espaço. Mesmo assim a Skoda achou que era capaz de mais na segunda geração deste SUV e tornou-o ainda mais apelativo para as famílias numerosas.

Isto porque apesar de ser 18 mm mais estreito (1864 mm), 24 mm mais baixo (1657 mm) e de ter uma distância entre eixos (2791 mm) apenas 3 mm maior, o novo Skoda Kodiaq cresceu 61 mm em comprimento e passou a medir 4758 mm.

Como seria de esperar, isso tem um impacto positivo no espaço a bordo deste SUV, que continua a poder transportar até sete ocupantes: agora quem viajar na terceira fila de assentos tem 920 mm de altura para a cabeça, mais 15 mm do que antes.

Quanto à bagageira, com os bancos da segunda fila na posição mais avançada possível, o Kodiaq anuncia 910 litros, mais 75 litros do que antes. Este número pode ir até aos 2105 litros com os bancos da segunda fila rebatidos, o que representa um incremento de 40 litros.

Já na versão de sete lugares o Kodiaq anuncia 340 litros com as três filas de bancos levantadas, mais 70 litros do que antes, e 845 litros com os bancos da terceira fila rebatidos (mais 80 litros).

A capacidade máxima, nesta versão (com os bancos da segunda e terceira fila rebatidos), são 2035 litros, o que representa um aumento de 30 litros face à primeira geração.

Revolução no interior

Para esta segunda geração, a Skoda renovou por completo o interior do Kodiaq, que recebeu novos acabamentos, materiais mais sustentáveis e mais tecnologia.

Entre as maiores novidades do interior destacam-se o ecrã central multimédia com 13” (as versões de base vão equipar um ecrã mais pequeno, com 10”), que parece estar a flutuar, e o novo sistema de head-up display (opcional), que foi pensado para complementar o painel de instrumentos 100% digital, com 10 polegadas.

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A somar a isso, destacam-se os três novos comandos rotativos montados abaixo do ecrã central, cada um com um display a cores, numa solução que a marca checa apelida de Skoda Smart Dials.

Isto porque cada um destes três comandos pode ser configurado para permitir o acesso rápido a várias funções: os ecrãs dos comandos das extremidades permitem controlar a temperatura interior e o aquecimento/arrefecimento dos bancos; já o ecrã do comando rotativo central pode controlar o volume do sistema de info-entretenimento, os modos de condução, o zoom da navegação, a direção do ar ou a velocidade da ventilação.

Mas há mais. O Kodiaq agora oferece uma Phone Box (opcional) que permite carregar (por indução) dois smartphones em simultâneo a 15 kW, sendo que este sistema conta com arrefecimento integrado, para impedir que os dispositivos aqueçam. E já que falamos em smartphones, importa dizer que o Kodiaq tem quatro portas USB C com potências de até 45 W.

Versão híbrida plug-in com mais de 100 km de autonomia

A maior novidade da segunda geração do Skoda Kodiaq está «escondida» entre as motorizações, já que o SUV da marca checa vai oferecer, pela primeira vez, uma versão híbrida plug-in (PHEV), denominada Kodiaq iV.

Nesta versão, um motor 1.5 TSI de 150 cv surge associado a um motor elétrico e a uma bateria de 25,7 kWh de capacidade, para uma potência total combinada de 204 cv (enviada às rodas dianteiras através de uma caixa DSG de 6 velocidades) e para uma autonomia em modo 100% elétrico superior a 100 quilómetros (ciclo WLTP).

Depois, destaque também para uma versão inédita com tecnologia mild-hybrid de 48V associada a um motor a gasolina de 1.5 l com 150 cv. Acima desta versão encontramos uma variante mais potente, com um bloco 2.0 TSI de 204 cv.

A somar a isso, a marca checa vai continuar a oferecer motorizações Diesel, sempre associadas a um bloco 2.0 TDI, que pode ter dois níveis de potência: 150 cv e 193 cv.

Quer na versão mais potente Diesel (193 cv) quer na variante mais potente a gasolina (204 cv), o Kodiaq conta sempre com tração integral. Nas restantes versões a tração é sempre feita às rodas dianteiras. Comum às duas motorizações Diesel e às duas versões a gasolina é a transmissão, que fica a cargo de uma caixa DSG de 7 relações.

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Quando chega?

A Skoda não revelou quando é que o novo Kodiaq vai poder ser encomendado nem quando vai chegar ao mercado. Mas é seguro afirmar que as primeiras unidades vão chegar às estradas no primeiro semestre de 2024.

Miguel Dias

Futebol e automóveis, duas paixões que o perseguem. Começou por trabalhar na primeira mas acabou a perceber que aquilo que o fazia mesmo feliz era a segunda.

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